• Cachaça San Valle - Topo - Nilton Baresi
quinta-feira - 27/12/2007 - 00:29h

Bye bye, 0800

Era bom demais para ser verdade.

Não é que o almoço de confraternização de final de ano "bancado" pelo senador Garibaldi Alves Filho (PMDB), terminou cancelado. Estava tudo marcado para um hotel da Via Costeira na capital, nessa sexta (28), ao meio-dia e meia.

Muitos colegas jornalistas estavam comentando que finalmente um Alves ia abrir a mão. Não foi dessa vez.

Snif! snif! snif!!

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quinta-feira - 27/12/2007 - 00:22h

Gerais… Gerais… Gerais… Gerais…

Parabéns a Eduardo Colin, acadêmico de Comunicação – e jornalista empírico de valor, que substitui a Chrystian de Saboya no Desaboya.com, à ausência do titular.  O Eduardo começou a atuar na FM 95 (Mossoró), hoje está na FM 96 (Natal).

Quem merece vivas também é o jornalista Isaías Oliveira, incansável em sua atividade. Agora aposta no "Tribuna do Oeste", com a editoria do jornalista Amâncio Honorato, a quem conheço de longas datas. Sucesso a todos.

O governo estadual programa inauguração – finalmente – da Rodovia Grossos-Tibau. A obra está concluída há vários meses. A entrega oficial será no dia 10 de janeiro, com a presença da governadora Wilma de Faria (PSB).

Obrigado à leitura deste Blog ao advogado Alcimar Antônio, jornalista Ivo Freire e Everton Cardoso.

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  • Pastel Premium Mossoró - Pastel de Tangará - Aclecivam Soares
quinta-feira - 27/12/2007 - 00:04h

Eliot Ness

Titular da 11a Promotoria na Comarca de Mossoró, o promotor Eduardo Medeiros retoma o trabalho nessa quinta. Ele passou alguns dias em viagem.

Eduardo comanda investigação em torno da Câmara de Vereadores, na "Operação Sal Grosso". Não deve demorar muito o torpedeamento de alguns implicados, numa série de denúncias formais.

Os procedimentos estão sendo acelerados, com a colaboração de equipes integradas que se originam de outros órgãos, como Receita Federal, Controladoria Geral da União (CGU) e a Polícia Civil, entre outros. 

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quarta-feira - 26/12/2007 - 23:57h

Na câmara com bofetes

A tensão na Câmara de Mossoró não diminuiu, apesar do recesso parlamentar. Os nervos estão à flor da pele.

As divergências agravadas com a investigação do Ministério Público, denominada de "Operação Sal Grosso", levaram dois vereadores a acirrado bate-boca com servidores em situações distintas.

Em um dos casos, a degeneração descambou para a troca de bofetes.

Este 2007 é para ser esquecido na câmara. Mas há muita coisa a ser lembrada e citada em juízo.

Aguarde.

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  • Pastel Premium Mossoró - Pastel de Tangará - Aclecivam Soares
quarta-feira - 26/12/2007 - 23:48h

Governador Dix-sept deve ter campanha em tom de revanche

A revanche. Eis a atmosfera que deve marcar a campanha municipal de Governador Dix-sept Rosado, em 2008. De um lado o prefeito Adail Vale (PSB). Na oposição, a ex-vice-prefeita Lanice Ferreira (PMDB).

No município, o confronto "marcado" terá outra vez os dois frente a frente, caso não ocorra qualquer surpresa. Uma ação investigativa corre contra Lanice, quanto à suposta acumulação indevida de cargo à época em que era vice-prefeita. Isso pode lhe criar embaraços à postulação.

Em 2004 os papéis eram inversos.

Lanice, apoiada pelo então prefeito (reeleito) Gilberto Martins (PMDB), venceu Adail nas urnas com maioria superlativa. Perdeu na Justiça Eleitoral, acusada de aliciamento de eleitores de forma ilegal.

Lanice alcançou 5.097 votos (63,43%), contra 2.322 votos (28,89%) de Adail Vale, que já fora prefeito anteriormente de Governador Dix-sept Rosado.

O município fica a mais de 300km de Natal e a 32km de Mossoró, na região Oeste do RN. Com 10.005 eleitores computados, conforme informação oficial do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em novembro-2007, e pouco mais de 13 mil habitantes, Governador está dividida politicamente entre Adail e Lanice. 

Na campanha de 2004, entre pessoas muito próximas, Adail comentava que sabia da derrota iminente para Lanice. Participaria das eleições apenas para "marcar posição". Terminou beneficiado por investigações da Polícia Federal e denúncia do Ministério Público Eleitoral, que indentificaram abuso do poder econômico em favor da adversária.

* Veja abaixo, a matéria complementar desta reportagem analítica.

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quarta-feira - 26/12/2007 - 13:35h

Rega-bofe

O presidente do Senado, senador Garibaldi Filho, recebe a imprensa do RN na próxima sexta (28) para o almoço de confraternização.

Será a partir do meio-dia e meia, no Hotel Parque da Costeira, área de Eventos.

O senador potiguar, escorregadio como um muçum ensaboado, peixe de enorme capacidade de resistência e hábitos noturnos, vai impondo seu estilo em Brasília. A cadeira de presidente não está sobrando.

E obrigado pelo convite. Como o muro é baixo, é até possível que eu apareça.

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  • Art&C 25 anos - Institucional - 19-12-2023
quarta-feira - 26/12/2007 - 13:15h

Avante, camaradas!

Areia Branca dos jovens e do sonho socialista está viva. Vivinha da silva. Quem me conta é Pablo de Sampaio Barros, secretário de Formação do PC do B.

"A situação política em Areia Branca para o processo eleitoral de 2008, também é formada por outra força, além das tradicionais já tão citadas e conhecidas. O PCdoB lançou há alguns dias o nome do cardiologista Afonso Henrique, candidatíssimo a prefeito", relata Pablo.

A proposta do partido é ir à luta entre o rochedo e o mar, as estruturas que bipolarizam a política do lugar. Também, com propósito de eleger nomes à Câmara de Vereadores.

Haverá chapa completa a vereador, afirma Pablo. Vai contar com "nomes de conselheiros tutelares, o atual presidente do Centro Estudantil Areia-Branquense (eleito por voto direto) Jocsã Cerqueira, profissionais liberais, lideranças comunitárias, pessoas ligadas ao esporte, entre outras".

Pablo argumenta que assim, o PC do B espera "dar contornos mais populares ao quadro político municipal."

Ótimo, Pablo. A juventude na política é a esperança de renovação de verdade e oxigenação dessa atividade nobre e superior. Areia Branca precisa.

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quarta-feira - 26/12/2007 - 07:42h

Vinde a mim

A Prefeitura Municipal de Mossoró promove às 20h de hoje no Requinte Buffet, a sua confraternização 2007. A imprensa é a convidada especial.

Não poderia ser diferente. A PMM é o principal anunciante do setor e em alguns casos assume o papel de ama-de-leite.

– Que maravilha! – exclamaria um bem-humorado professor universitário, com seu jeito próprio de interpretar ironicamente o que está escrito.

A prefeita Fafá Rosado (DEM) e sua equipe recepcionam os convidados.

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  • Art&C 25 anos - Institucional - 19-12-2023
quarta-feira - 26/12/2007 - 07:08h

Faz tempo…

Só para lembrar: faz 22 anos que o PMDB venceu pela primeira e última vez uma disputa municipal em Natal. O ano? 1985.

Um tempão. 

Época do engatinhar da transição democrática, o nascedouro da chamada "Nova República"; vitória do então deputado estadual Garibaldi Filho. Venceu a professora Wilma Maia, hoje Faria.

De lá para cá, o partido só colecionou derrotas na era Wilma.

Quando venceu, não levou. Foi como a eleição do deputado estadual Carlos Eduardo Alves, na condição de vice da própria Wilma, em 2000.

O atual prefeito de Natal terminou se bandeando para o wilmismo e, no sistema, obteve eleição à prefeitura em 2004. Derrotou PMDB e companhia, com a força direta de sua nova tutora, Wilma de Faria.

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quarta-feira - 26/12/2007 - 06:56h

Dia de curvar, mais ainda, a cervical

Acho que deve ser algo atávico, de origem colonial, coisa herdada mesmo de além-mar. Mas está aí, resistindo até hoje.

Os fugazes "donos do poder" gostam. Esbaldam-se com o faz-de-conta e aquela fila indiana de súditos sorridentes, todos envergando a cervical, na aclamação ao soberano.

É hoje, minha gente! Engome sua melhor roupa, não deixe de aspergir uma boa loção e corra para o cumprimento de final de ano – em tese facultativo -, ao prefeito Carlos Eduardo Alves (PSB) e à governadora Wilma de Faria (PSB).

Suas assessorias informam o horário: 16h.

Como serão em prédios próximos, o Palácio Felipe Camarão e o Palácio da Cultura, imagine só o engarrafamento de plebeus diantes dos seus respectivos monarcas. 

Governantes país afora, menos deslumbrados com o poder, bem que poderiam acabar com essa degradante sacralização.

Mas barnabé que é barnabé, tem que passar por essa, antes de fechar o ano.

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  • San Valle Rodape GIF
quarta-feira - 26/12/2007 - 06:38h

Profissão: embromador

Na campanha presidencial de 1989, Paulo Maluf esteve em Natal (RN) e foi entrevistado no programa do jornalista Petit das Virgens, na TV.

Espaçoso, foi chegando e saudando o entrevistador como a um velho amigo. Pouco mais de um mês depois, Maluf rasgaria a máscara.

Ele retornou ao mesmo programa da TV Tropical e lá estava outro jornalista, Miranda Sá, substituto e fisicamente muito diferente do primeiro.

Maluf o saudou, efusivo:

– Olá, grande Petit das Virgens, aqui estou de volta. Como vai a família?

Nota deste Blog: Essa história é narrada hoje pelo jornalista Cláudio Humberto, em sua coluna de circulação nacional.

Imagino a cara do grande Miranda Sá, brizolista de quatro costados, enroscado pela malevolência de Maluf, a quem se atribui uma memória "mnemônica" (resultado da associação de nomes a lugares, objetos etc, decorrente de muito treino).    

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quarta-feira - 26/12/2007 - 02:11h

A banalidade do mal e o absurdo da impunidade

Às vezes é chato acompanhar debates sobre a violência. Em alguns momentos, desanda e chega à apelação. Os remédios sugeridos – que possam aplacar a erva daninha – passeiam da pena de morte à dilatação do tempo de carceragem ao réu.

O comum é que se estabeleça maior radicalismo após algum crime bárbaro, quando aflora a comoção popular. Mesmo que tenhamos a dor da perda a nos fustigar à solução final e à lei de Talião, no "olho por olho, dente por dente", é necessário equilíbrio.

Não precisamos nos refugiar no discurso primitivo que institucionaliza o crime de Estado. Existem outros canais democráticos e humanísticos para defendermos a sociedade e os cidadãos de bem.

Num passado ainda próximo, criminólogos, antropólogos, sociólogos, psicólogos e doutrinadores do Direito, entre outros cientistas, tiveram teses se desmanchando após décadas ou séculos de supremacia. Verdades que se volatizaram diante de outras verdades. 

A crença de que o ambiente de pobreza faz o criminoso, não se sustenta mais. Se fôssemos partir desse raciocínio, morros e favelas deveriam estar cercados e o Congresso Nacional seria a Suíça brasileira. 

A força-motriz da violência que avança em escala geométrica, é mesmo a impunidade. Não precisamos de penas maiores quanto à sua duração ou decretos de morte. Em canto nenhum do mundo os bons resultados no combate à criminalidade vieram dessas vertentes. O que estimula o crime é a certeza da ampla possibilidade de não ser punido ou pegar atalho, numa brecha legal.

Eis um caso que chega à superfície, em pleno período natalino: O ex-juiz Francisco Lacerda, condenado a 35 anos de prisão por ser mandante na morte do promotor Manoel Pessoa, há quase dez anos, em Pau dos Ferros, está livre. Ganhou flexibilidade na pena. Em pouco tempo estará zanzando por aí. Da mesma forma acontece com milhares de pés-rapados da militância marginal, nas periferias das pequenas e grandes metrópoles. A vítima está sob sete palmos de terra e sua família continua com um gosto acre na boca. 

O país tem uma legislação feita para ser camarada com a bandidagem. A Lei de Execuções Penais trata delinquente com o espírito dos "Direitos Humanos", mas é míope às suas vítimas. O cúmulo do absurdo. Faz-me lembrar Albert Camus em seu necessário "O mito de Sísifo". Mais claro, impossível: "O absurdo é essencialmente um divórcio." A lei é divorciada da realidade e inimiga do bem comum. Insultante.

Durante tempos, a visão de que o bandido tinha traços físicos próprios permeou a compreensão humana, no raciocínio "lombrosiano" do criminologista Cesare Lombroso. Outros estudiosos venderam a informação de que sendo preto e pobre, a soma resultaria num marginal. O preconceito trata de mantê-la.

Seguem os estudos no campo da "eugenia." Apostam na melhoria e pureza racial in vitro. O nazi-facismo chegou a propagar a superioridade de branquelas de olhos azuis, os "arianos", para condução do Império de mil anos – o "III Reich". 

Imagine a perseguição sofrida pela filósofa judia Hannah Arendt, depois de produzir "Eichmann em Jerusalém". Em seu livro, ela faz a conjectura de que a crueldade não tinha conotação étnica, psicológica, social ou de âmago político no nazista Adolf Eichmann, julgado e morto em Israel no início dos anos 60. Eichmann era resultado de uma ambientação formada por vários fatores, criando o que Hannah denominou de a "banalidade do mal".

Nós, neste país de pouco mais de 118 anos de República, continuamos a produzir as condições ideais à prosperidade dos fora-da-lei. Sejam brancos, pretos, pobres ou ricos, a impunidade é o que os une contra o cidadão de bem e o Estado Democrático de Direito. 

O caso do juiz Lacerda (veja AQUI) atesta o que escrevo. Matar é o trivial.

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terça-feira - 25/12/2007 - 23:53h

Saia da frente

São assustadoras as informações até aqui, sobre o estrago do feriadão natalino nas rodovias brasileiras. Parece que teremos um recorde negativo.

São muitos acidentes com mortes e incontáveis feridos.

Isso, em parte, é resultado da explosão nas vendas de carros usados e novos. Temos nas ruas e estradas uma manada de deslumbrados, imprudentes e a imperícia pondo vidas em risco.

Deus nos livre e guarde. 

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Categoria(s): Nelson Queiroz
terça-feira - 25/12/2007 - 23:30h

É para rir ou chorar?

O PTB nacional está no ar. Na TV, o seu espaço de inserções da propaganda "gratuita" é usado em forma de clip, musical pra lá de risível.

Vários figurões engravatados do partido aparecem num coro desafinado, ao lado de familiares, saudando os brasileiros em meio à atmosfera natalina. Bem que poderiam prestar contas do trabalho ou convocar o povo famélico à gravação.

Não sei se é para rir ou chorar.

E olha que em meio à turma ainda aparece o Roberto Jeferson, com cara de tenor italiano.

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terça-feira - 25/12/2007 - 03:24h

Jaime e Cascudo

Bem que a Livraria Siciliano do "Mossoró West Shopping" poderia lançar "No caminho do avião – Notas de reportagem aérea (1922-1933)."

Em Natal a obra de Câmara Cascudo foi lançada no dia 18 passado, na Siciliano do "Midway Mall".

Já a "Editora Queima-Bucha" de Mossoró, ainda não tem data para fazer lançamento de outro título, dessa feita reproduzindo cartas do crítico literário e jornalista Jaime Hipólito.

É uma coletânea de correspondências, trocadas por Jaime com familiares e amigos, enquanto batia perna pelo Velho Mundo. 

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Categoria(s): John Deacon
terça-feira - 25/12/2007 - 03:16h

A eleição seguinte

O que todo e qualquer analista precisa estar atento, em se tratando de sucessão na capital, é o fator "2010" para o prefeito Carlos Eduardo Alves (PSB). Seus olhos estão postos adiante.

Antes conhecido "apenas" como sobrinho do líder Aluízio Alves, filho do prefeito parnamirense Agnelo Alves e primo do senador Garibaldi Filho (PMDB) e do deputado federal Henrique Alves (PMDB), Carlos engrossou o "cangote". Deve se robustecer mais ainda em 2008, ano de eleições.  

Apoiando um deputado federal (Rogério Marinho-PSB ou Fátima Bezerra-PT), ele pode ter a seu favor um vácuo na Câmara Federal, para se viabilizar rumo a Brasília em 2010. Mas aí tem um porém.

Quem seria mais confiável, a Carlos, para fazer esse escambo?

Depois retomo o assunto, numa análise mais profunda e minuciosa, sobre a sucessão natalense.

De antemão, é interessante adiantar que nenhum pré-candidato possui nutrientes para vencer a disputa em faixa própria. Vale quem tiver maior poder de agregar apoios significativos.

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terça-feira - 25/12/2007 - 03:03h

Honrarias e honrarias

Não estamos sós.

Em Brasília, os deputados distritais já concederam 957 títulos de cidadania de 1993 a 2007. Entre os agraciados, muita gente sequer conhece a capital federal. Outros até foram presos por atos de delinquência e há casos como o do líder palestino Yasser Arafat, que bateu as botas.

Menos mal tem feito a Câmara de Mossoró. 

No dia 9 de novembro último entregou o título de cidadania ao promotor do Patrimônio Público, Eduardo Medeiros – por unanimidade. Um benfeitor.

A honraria foi justificada dias depois.  

No dia 14 do mesmo mês, Eduardo comandava a "Operação Sal Grosso", que ocupou a própria sede do legislativo para cumprir mandado de busca e apreensão.

Parece que os vereadores não deram o "mimo" em vão.

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terça-feira - 25/12/2007 - 02:53h

Ufa! Dois micos a menos

Afeita a pioneirismos que não resistem a uma revisão residual da história, Mossoró será poupada em 2007 de dois micos. Ainda bem.

A prefeita Fafá Rosado (DEM) não conseguiu juntar dinheiro para promover o "reveillon" com três dias de antecedência da data tradicional, o 31 de dezembro. O que é ótimo.

Já os promotores do "Octoberfest" agendado para dezembro do ano passado, terminaram aconselhados a não fazê-lo em 2007. A própria prefeitura apoiaria a iniciativa.

Os mossoroenses agradecem. São dois achincalhes a menos.

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terça-feira - 25/12/2007 - 02:16h

Depois de Noel

Já é Natal! E daí? Quem disse que eu dou folga a você?

Esticando as canelas e espichando os braços longilíneos, volto já já.

Sei lá por que, lembrei-me de padre Huberto Bruening, Câmara Cascudo e Jaime Hipólito Dantas. Cartas, e-mails e livros fervilham. Devem significar alguma coisa, quando arrumar as idéias.

Não, não estou grogue.

Meu Natal há anos tem sido quase de um asceta, sem a paganização dos shoppings ou o farisaísmo do "amigo secreto." Se é amigo, por que escondê-lo? 

Bem, mas isso é outra conversa.

Aguarde-me.

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segunda-feira - 24/12/2007 - 21:00h

A vida após Oscar Peterson

Que coisa! A vida e a morte, parceiras, não escolhem dia para bater à porta. De qualquer um, mesmo os semideuses.

Em pleno domingo (23), quase Natal, eis a notícia chata: morreu Oscar Peterson

Considerado o maior pianista do jazz em todos os tempos, Peterson era canadense e faleceu aos 82 anos de insuficiência renal. Dele, em especial, lembro "Mas que nada", de Jorge Ben Jor, numa interpretação flutuante.

Não sou crítico, músico menos ainda. Apenas admirador. Leigo mesmo no assunto.

Veja AQUI mais dados sobre a morte do pianista.

Já clicando AQUI, um vídeo supimpa: Oscar Peterson Trio, a voz única de Nat King Cole e o sax tenor idílico de Coleman Hawkins

A vida continua…

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segunda-feira - 24/12/2007 - 18:38h

Oposição em Areia Branca está unida e forte, diz Cleodon

Depois de ler a reportagem especial postada hoje neste Blog (três matérias mais abaixo), sobre a sucessão em Areia Branca, o ex-vereador Cleodon Bezerra (PMDB) pronuncia-se. E é firme nas palavras.

"A oposição em Areia Branca nunca esteve tão unida", alerta. "Quando 2008 chegar, quem estiver vivo verá", complementa.

Segundo Cleodon, que é presidente municipal do PMDB e nome cotado à disputa à prefeitura, "iremos fazer a mesma revolução democrática que fizemos em 1996, 2000 e 2004."

Conversando com o Blog, Cleodon reitera que as forças que compõem a oposição, entre elas os ex-prefeitos Manoel Cunha Neto – Souza (PP) e o Bruno Filho (PMDB), sabem da necessidade de se promover uma mobilização articulada para 2008. 

– Vamos continuar o que foi iniciado nas importantes gestões de Bruno e Souza, reconhecidas pelo povo. A cidade começou a se transformar para melhor – comenta. "A prioridade não é encontrar candidatura ou formar chapa; nós vamos de novo apresentar idéias e um projeto para todos os areia-branquenses."

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segunda-feira - 24/12/2007 - 18:22h

Conto de Natal

O trânsito nervoso e congestionado não era empecilho para a frágil bicicleta. Cruzou o amarelo da Lucas Mateus feito uma bala. Por pouco não colidiu com o entregador de pizzas, que avançara cerca de um metro sobre a faixa de pedestres.

Na velocidade em que vinha, inclinando-se ao extremo, fez a curva da João Batista com arrojo e destemor. Quase raspou sobre o asfalto novo da rua a ponta do joelho.

De dentro de um veículo estacionado em frente a uma agência bancária, o menininho gorducho o fitou com surpresa e fascínio, ajeitando sobre o nariz sardento os óculos de grau. No bagageiro da bicicleta, preso por uma dessas borrachas com ganchos metálicos nas pontas, o disforme saco dos brinquedos tremulava ao sabor dos catabis e do vento.

Na junção da Pedro Malaquias com a Judas Cordeiro, desviou-se de uma boca de esgoto com imprevista agilidade. Era um Papai Noel esguio, de porte atlético e bastante seguro nos pedais. Cortava o ar da noite impulsionado por trinta e três anos de rudez e explosão muscular.

Abrigava ainda nas fibras do corpo os reflexos adquiridos sobre os carrinhos de rolimã na quadra da escola. Fazia ele mesmo os brinquedos que pudesse engendrar com folhas-de-flandres, pedaços de madeira e peças imprestáveis que adquiria nos arredores de casa.

Ao cabo das aulas, em conjunto com outros garotos pobres da escola, investia contra as goiabeiras, sapotas e cajás-mangas do monsenhor André Cardoso. Ali se esbaldava até o pôr-do-sol no festivo recreio da infância periférica. Depois, sem dar pelo cansaço ou distância, regressava ao modesto lar no Morro do Belém.

Agora, no entanto, a cena era bem menos pueril. Entre uma e outra pedalada, Nazareno voltava agilmente a cabeça, como a querer certificar-se de que não estava sendo perseguido. Poderia o pulha do gerente ter acionado alguém para prendê-lo em flagrante com o produto do crime.

Uma moça da loja, justamente a que mais lhe enfeitiçara os olhos pirilampos, seria arrolada como testemunha ocular. Dera um azar tremendo em ser flagrado logo por Madalena — era este o nome impresso no crachá da funcionária.

Ainda repicava-lhe na concha dos ouvidos o estridente e acusador alarma: — Pega ladrão!… Pega ladrão! — gritou Madalena ao vê-lo escapulindo com o saco nas costas.

— Pega ladrão!

Na disparada, Nazareno livrou-se primeiro da obesidade postiça que lhe haviam enxertado por entre a roupa vermelha. Até alcançar a bicicleta (já em ponto de fuga no outro lado do muro), deixou cair a reluzente faixa de ‘Boas Festas!’, que usava atravessada sobre o peito viril.

Depois, ao longo das curvas e retas da cidade, foi-se embora o pequeno gorro e a sedosa peruca de cabelos brancos. Somente uma parte da nívea barba de algodão permanecia grudada à pele suarenta da face. O resto se despregara ao longo do caminho.

Os olhos, vivamente azuis e precipitados para fora das órbitas, tinham neste momento um quê de marginalidade e ternura. Teria a cor dos olhos do rapaz influenciado de algum modo o gerente ao ter escolhido a ele, Nazareno, para a função de Papai Noel da loja? Decerto que sim.

Pois um sujeito de físico muito mais de acordo com o posto fora sumariamente dispensado pelo empregador, que fez o seguinte comentário ao avistar Nazareno: 

— Ora, vejam só… Os olhos dele são azuis como anil!

Mas, dissolvendo a amenidade do comentário, o alarde da funcionária ainda ecoava-lhe nos tímpanos feridos:

— Pega ladrão!… Pega ladrão!

Era a primeira vez que lhe aplicavam o famigerado título da marginalidade com tanta ênfase. Decidira-se pelo furto a partir do momento em que o gerente da loja, de nome Bartolomeu, recuou no preço acertado por uma diária de Papai Noel.

Ao fim de uma semana na “pele” do Bom Velhinho, recebera apenas dois terços do valor combinado.

— Não foi isso que acertamos.

— Sim, é verdade, mas as vendas também estão fracas. Ao menos por enquanto não posso lhe pagar mais que esse valor.

— O senhor não está sendo justo.

— Ora, meu rapaz, não seja mal-agradecido.

— Mal-agradecido, eu?

— Isso mesmo. Estou lhe dando uma oportunidade, aproveite. Há outros por aí que a essa hora gostariam de ficar com esse trabalho.

— Mas nós…

— Você é um privilegiado, lembre-se disso. Veja como anda o desemprego neste país. Claro que o seu salário ainda é pequeno, mas tem essa oportunidade que lhe dei. E outras podem surgir aqui na loja. Deixe terminar o mês. Não se afobe. Aguarde as vendas melhorarem. Agora vá se trocar, já está atrasado.

— Mas não é correto. O senhor me prometeu que…

— Depois! Agora vá se vestir.

Nazareno não atravessaria essa noite de Natal sendo explorado pelo unha-de-fome do Bartolomeu. Além de mal pago, havia ainda a chatice de cumprir horário. Postava-se à entrada da loja das oito da manhã até as nove da noite. Uma horinha só para o almoço e outra para o jantar.

Engolia à pressa e retornava ao trabalho, vestido a caráter, para atrair os supostos clientes, que passavam arredios.

— Você é um privilegiado — a frase o insultava.

Antes houvesse permanecido na incerta rotina de flanelinha. Ao menos havia mais liberdade e o pedágio feminino no entorno da Praça do Vigário era muito mais sortido.

No biscate da loja só baixavam por ali aquelas mãezonas com a filharada de nariz empinado. Raramente algum moleque se deixava atrair por sua personagem.

— Você é um privilegiado.

Sentia-se mais no papel do Homem Invisível do que em qualquer um outro.

Entendia que as crianças de hoje já não alimentavam essa lorota de Papai Noel. Ele próprio, filho unigênito de um simples carpinteiro e de uma humilde dona-de-casa, constatara muito cedo a tal farsa natalina.

Pobrezinhos de jó, os pais de Nazareno não tinham dinheiro para presenteá-lo com os brinquedos da moda. — Não seja mal-agradecido. Não era. Muito menos devia gratidão ao picareta do gerente. Então, para vingar-se do unha-de-fome e descolar um trocado no comércio clandestino do Morro, ele saltou o muro da loja com o saco cheio de brinquedos.

Venderia alguns artigos e distribuiria o restante com os moleques da comunidade. O jipe com controle remoto seria ofertado ao menininho Baltazar, sempre tão resignado em sua perpétua cadeira de rodas. A locomotiva ficaria nas mãos do extrovertido Belchior, filho de um amigo guardador de carros. O circunspeto Gaspar ganharia os soldadinhos de borracha da ONU. A boneca Barbie e o jogo de maquilagem iriam para a filhinha da lavadeira Ester.

Nazareno pedalava a plenos pulmões.

Alcançou o bairro de Nova Canaã e atravessou a ponte Ezequiel Habacuque. Descia agora em alta velocidade a íngreme ladeira do Bom Pastor. De quando em quando virava a cabeça para trás, perseguido pela desconfortável idéia de que a polícia poderia surgir a qualquer momento no seu encalço.

— Pega ladrão! — a voz da garota parecia ecoar em cada esquina.

Por viver à margem da sociedade, embora com outros meios de entendimento e raciocínio, sabia-se marginal. Mas ninguém lhe marcara ainda com o infame título.

— Pega ladrão!

Não era um bandido, não tinha antecedentes criminais nem índole malfazeja. Até se considerava um elemento de bom coração, figura benquista no meio social de que era integrante.

Daria o jogo de damas com estojo de fórmica ao estudioso Davi, filho caçula do amigo Moisés. As vaquinhas, os bois, os cavalinhos e a fazendola de plástico seriam do moleque Jonas, que não tinha nem pai nem mãe e era criado pela benzedeira Rute.

Tudo teria transcorrido na mais completa felicidade, caso o semáforo da ladeira do Bom Pastor não houvesse bruscamente saltado do verde para o vermelho.

Essas lâmpadas costumam queimar e os filisteus deste lado do mundo levam tempo demasiado longo para fazer a troca. Daí acontece de alguns sonhos e ilusões se apagarem com as lâmpadas que queimam nos sinais de trânsito.

Pois de nada adiantaram a enorme freada e o esforço do motorista para conseguir livrar Nazareno. Junto à bicicleta destruída, em meio aos brinquedos espalhados sob o caminhão-tanque da White Martins, uma frágil bailarina rodopiava em sua caixinha de música.

Marcos Ferreira é poeta e escritor – (escrivaninhamarcos@hotmail.com)

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Categoria(s): Nair Mesquita
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