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segunda-feira - 09/09/2019 - 08:23h
História

A independência do dia 8

Por François Silvestre

O Sete de Setembro é apenas mais uma das mirabolantes mentiras da nossa historiografia, mascarando a História. Não pelos fatos narrados, que ocorreram, mas pela informação de heroica decisão unilateral. Não foi. Ocorreu o desfecho de um acordo montado e arquitetado de muito tempo passado, quando da decisão de retorno de D. João VI a Portugal.

Quando as Cortes de Lisboa exigiram a ida do Príncipe D. Pedro para Portugal, deixando o Brasil sem o comando de um Bragança, foi o sinal para a consumação do acordo. “Antes que um aventureiro lance mão”.

No dia O8 de Setembro foi definida uma indenização à Portugal, pela perda da Colônia, de quantia satisfatória para acalmar as Cortes. Dinheiro muito, uma parte oficialmente declarada e outra que nunca se soube o montante.

Os militares portugueses aqui sediados, insatisfeitos, foram abandonados pela metrópole e lutaram em vão, acreditando que o Príncipe Pedro traíra sua pátria. Tudo farsa, menos o sacrifício deles, que lutaram e perderam.

Tanto é mentira que o mesmo príncipe “traidor”, ao abdicar, voltou a Portugal e lá tornou-se rei, com o título de D. Pedro IV. Essa festa do dia Sete tem o erro do dia e a marca do número da mentira.

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Categoria(s): Artigo

Comentários

  1. Amorim diz:

    Só Mestre; perco amigo mas não ” perdo” a piada, o fato verridico a história omite.
    O que aconteceu no dia sete de setembro ao chegar as margens do rio ipyranga SP, o Dom Pedro sentiu uma necessidade fisiológica, esvasiar o barro, em tendo realizado tal ato, ordenou ao intedente, traga-me papel! Gritou.
    Quando ouviu a resposta negativa; gritou: Essa Intendência é de Morte!
    Todos que o acompanhavam entederam, Independência ou Morte e gritaram juntos!
    Independência ou Morte!!!
    Dom Pedro olhou, ouviu e pessou, aí tem e brandou também!
    Tai o fato real.
    Kkkkkkkkk
    Ignobeis,
    Saudades com estima e admiração!

  2. François Silvestre diz:

    O cavalo vistoso do quadro era tão somente uma burra de sela, braiadeira. Mas esses fatos no campo de ridículo ajudama a escamotear a gravidade da nossa cultura política. Qual país da América espanhola pagou indenização à Espanha? Nenhum. Lá houve independência fruto de luta dos nativos. Aqui foi negociação entre o servo e o amo. O filho do Rei da metrópole, imperador da Colônia. Aliás, sub metrópole. Porque Portugal era apenas um país lacaio da Inglaterra, a metrópole de todos.

  3. Odemirton Filho diz:

    Bem dito. Interesses obscuros sempre se sobrepuseram a verdade dos fatos
    neste país. De ontem e de hoje.
    Saudações, mestre.

  4. Inácio Augusto de Almeida diz:

    Fico imaginando o Mestre François Silvestre nos relatando o que realmente aconteceu no dia 13 de maio de 1888.
    Se entrar pelas razões da assinatura da Lei Áurea…

  5. Q1Naide Maria Rosado de Souza diz:

    As cartas da Corte exigindo a volta de D. Pedro, as de sua esposa, D. Leopoldina e do amigo José Bonifácio, pedindo que ele proclamasse a independência não existiram? Há quase 40 anos repito essa farsa. Santo Inácio de Loyola!

    • Inácio Augusto de Almeida diz:

      As cartas existiram, como a presença de José de Bonifácio foi marcante.
      Mas acreditar que tudo aconteceu num rompante…
      A história é escrita pelos vencedores. A senhora sabe disto muito mais do que eu.
      A independência não aconteceu por conta do grito às margens de um riacho.
      Muito sangue correu.
      No Piauí, Campo Maior, existe o RIO DO SANGUE.
      O rio ganhou este nome porque durante uma batalha entre brasileiros e tropas portuguesas, anos após o famoso grito de independência, o rio ficou vermelho. Vermelho de sangue.
      No Maranhão e vários outros estados muitos deram a vida para que os portugueses fossem expulsos.
      A senhora não repete uma farsa há 40 anos. A senhora repete a história bonitinha que lhe foi repassada.
      O caso da Lei Áurea é de causar revolta ouvir que tudo se deu por conta da bondade de uma princesa.
      Nada se conquista sem muita luta.

  6. João Claudio diz:

    Me permita-me Amorim:

    Naquela época o ( * ) não era limpo com papel, produto esse que só era usado para escrever atos dos Dom’s durante as nomeações de parentes, amigos e indicados pelos ministros do ‘éssi tê éfi’.

    A realeza carregava em seus bolsos sabugos de milho para limpar os digníssimos. Se você reparar na pintura original onde se vê o tal do Dom erguendo o braço, vai ver também vários peões tangendo uma tropa de burros que transportavam grandes balaios em seus lombos. Os balaios estão e cheios de sabugos, detalhe esse que o pintor se esqueceu-se de registrar no pincel.

    Os sabugos de milho verde (soft) eram usados pelas madames. Já os de milho seco (tipo hard) eram usados pelos Dom’s e pelos ministros do ‘éssi tê éfi’ (o Boca de Cururu Tei Tei não usava sabugo. Lavava com a água corrente do Riacho do Ipiranga, cujo local foi comprado depois pela empresa Vale das Cascatas que por sua vez vendeu uns tais passaportes para o povo da rua ter acesso. A Vale era só cascata, faliu e foi embora levando o dinheiro dos trouxas. Fato, fato e fato.

    Finalizando, Amorim, eu gostei muito de ler o seu poema, um dos meus favoritos. Nele, você se despe-se de palavras sábias, ricas, difíceis de interpretar e de fácil interpretação. Entende?

    Continuando, Amorim, acho você muito idiossincrásio, tipo….grand plié. Mesmo assim acho o seu poema tristemente belo e lisonjeado. Entende?

    Quer ler os seus poemas dominicais viu?

    P.S – Tónha avisa que vai sair candidata a vereadoA e para isso conta com o seu voto para chegar à câmara municipal.

    Tónha quer se ‘arrumá’. Entende?

    Eu já me adiantei-me e comecei a escrever os seus ‘disCUrsos’. Entende?

  7. François Silvestre diz:

    As cartas existiram, os fatos narrados também. Só que não são causas, mas elemntos secundários no conjunto causal que ja estava acertado. Tudo devidamente combinado. Era só a espera do momento oportuno, pois havia parte das Cortes que não concordava com o desfecho. Foi preciso uma motivação pra dar a partida do motor. E a Inglaterra monitorava tudo. Trouxe e levou de volta a família real.

  8. François Silvestre diz:

    Outra curiosidade do número sete ser o da mentira, na imaginação popular. Setembro era o mês sétimo do calendário Juliano, antecessor do atual Gregoriano, que reformularam o calendario primitivo de Rômulo. Outubro, oito; Novembro, nove; Dezembro, dez. Janeiro, deus Jano,(mudança) Fevereiro, (Februa) purificação; Março, deus Marte (guerra); Abril, abertura; Maio, deusas Maia e Flora (planta e floes); Junho, deusa Juno (maternidade); Julho, chamdo Quintilis mudou de nome para homenagear Júlio César; Agosto, chamado Xestilis mudou de nome para homenagear Augusto César, ganhando um dia a mais tirado de Fevereio, para equiparar-se ao homenageado anterior.

    • Q1Naide Maria Rosado de Souza diz:

      Beleza, François Silvestre. Dá gosto ler você!
      Cá para nós…sempre imaginei D. Leopoldina uma esposa apaixonada e participativa na vida do marido, raro em época que não nos cabia parte no latifúndio.

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