• Cachaça San Valle - Topo - Nilton Baresi
domingo - 28/05/2017 - 07:10h

Adiamento irresponsável

Por François Silvestre

Estamos irresponsavelmente adiando o inadiável. Postergando o impostergável. Acobertando o inacobertável. Camuflando o inescondível.

A ordem institucional nascida em 1988 esgotou-se. Exauriu-se. Atrofiou e padece de infecção generalizada, septicemia que paralisa poderes, órgãos e gestões.

Essa conversa de que as Constituições devem envelhecer para consolidar democracias não se refere à nossa cultura político-institucional. Somos, os latinos dessa América, sociedades movidas pela transitoriedade.

É da nossa tradição. Do nosso jeito de ser. Pois que sejamos o que somos e não o que são os nossos dessemelhantes.

O Brasil é um país ainda experimental. Em formação de povo e de instituições. Nossa História se faz em ciclos e não em amadurecimento continuado. Um ciclo morreu. Que nasça outro. Como a morte e coroação nas antigas dinastias.

Dizia Sartre que o Direito e a Moral não determinam as relações sociais, cujos matizes têm causas nas condições econômicas. Mas acentuou que tanto o Direito quanto a Moral exercem uma ação de retorno na infraestrutura, que muitas vezes você pode julgar uma sociedade pelos critérios morais e jurídicos que ela estabeleceu.

Há, no país, um esgarçamento político tão visível e marcante a influenciar negativamente a economia, que você fica na dúvida para localizar o que é causa ou consequência.

O esgarçamento institucional, acima referido, começa a tomar contornos fora do “controle” estabelecido. Os privilégios desqualificam o poder de controlar. E a pobreza retornando à condição de miséria.

A cada adiamento da solução mais simples, e por ser simples a mais eficiente, o esgarçamento institucional vai aprofundando o abismo.

A falta de credibilidade do poder “constituído” escancara-se. A falta de legitimidade de quem combate esse “poder” retira a chance de solução pelas vias “normais”.

Pelo tocar do comboio, logo teremos desobediência civil generalizada. Num quadro de economia em processo falimentar, descrédito político, bagunça institucional, e confusão de prerrogativas, quantos serão “obedientes”? E quando essa desobediência generalizar-se quem vai controlar?

A superação de um ciclo é o nascimento do ciclo novo. E isso só será possível com a feitura de nova ordem institucional. Pela força de uma Constituinte Originária.

Exclusiva. A ser dissolvida após a promulgação da carta Constitucional. Quarentena dos constituintes, proibidos de participarem, como candidatos, nas eleições seguintes e gerais que formarão o novo poder constituído.

Com candidaturas avulsas. Com isso, as corporações e entidades da sociedade civil, não profissionalmente politizadas, sem o corporativismo da hipocrisia atual.

Qualquer outra saída será remendo, no rasgão da estopa.

Té mais.

François Silvestre é escritor

* Texto originalmente publicado no Novo Jornal.

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Categoria(s): Artigo

Comentários

  1. Vicente diz:

    Uma constituinte exclusiva foi a proposta feita por Dilma em 2013, no auge das manifestações. A dela, porém, se limitaria à reforma política. Uma nova constituição, com poderes amplos e irrestritos, o que é dado ao poder constituinte originário, tendo em conta as forças que ora dominam circunstancialmente o cenário nacional, seria trágico. Um retrocesso assombroso. A nossa constituição não é ruim, ao contrário dos responsáveis por defendê-la.

  2. François Silvestre diz:

    As candidaturas avulsas terão exatamente o condão de evitar o domínio dos “atuais”. O problema maior do Brasil é esse medo de fazer-se. Um país que nunca fez uma revolução. A desculpa do “retrocesso” é a cavilação de manter o status quo. O “exclusiva” de Dilma era adjetivo restritivo, só para uma coisa. O “exclusiva” do texto é extensivo, isto é, com uma única finalidade, não para uma única coisa. A finalidade de elaborar uma Carta escoimada de corporativismo, demagogia e normas desnecessárias ou irreais. Quer ver uma: “Saúde é direito de todos e dever do estado”. Desnecessária porque esse é um direito natural, quase como respirar. Irreal porque nunca foi cumprida. Retrocesso o é o que vivemos. E com essa Carta de 88, os mesmos vão continuar mandando, mamando, prometendo reformas e assustando o povo, para que fujam da feitura e esperem a mentira da refeitura.

    • Vicente diz:

      Respeito o seu ponto de vista, mas continuo discordando. Pelo que entendi, uma nova constituição, como o senhor imagina, poderia até dispensar, entre outras coisas, o que deveria ser considerado “direito natural”. Universalização da saúde tanto não é um direito natural, que o modelo dos Estados Unidos não é igual ao do Brasil, que não é igual ao do Canadá. Para alguns a saúde deveria receber na seguridade social o mesmo tratamento dado a assistência social, disponível a quem não tiver condições de prover a própria. Para outros o mesmo que é dado a previdência, ou seja, caráter contributivo. Ela é irreal porque não é cumprida a contento, daí que repito o que disse: culpa de quem deveria defendê-la. A proposta de Dilma era exclusiva para a reforma política, o que me parece ser realmente a matéria que mais urgente e seriamente precisa de uma reforma para que, a partir dela, as demais sejam feitas. Além disso, quem convocaria essa constituinte? Temer? O Supremo? Este congresso que aí está?

  3. FRANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO diz:

    Tenho no articulista François Silvestre um grande escultor de idéias, frases e palavras que semanalmente nos chega e brindam com a sinfonia daqueles, para quem o ato de escrever e produzir literatura é tão simples e cotidiano como o ato de respirar o belo e saudável clima sob a brisa da Serra do Martins.

    Não obstante, tenho comigo sérias dúvidas se realmente, a simples CONSTITUINTE contributo de brasileiros ditos notáveis e em um mometno tão afeto ao retrocesso e mungangas da extrema direita, teria esse condão sonhado e traria como resultado prático a redenção de uma nova governança e institucionalidade à terra de pindorama.

    Data Máxima Vênia, do ponto de vista teórico a idéia de forma nenhuma parece absurda, a grande questão é, quem ou quais seriam os escolhidos na direção dessa retumbante porta das transformações, sobretudo institucionais de que todos sonham…!!!???

    Nesse sentido, há que se não perder de vista, um simples e meridiano detalhe… Posto que, os atuais mandatários da nação vão importar uma classe política da Islândia e um eleitorado da Suécia? Se não vão, de onde tiram a certeza de que tal assembléia “exclusiva” seria dotada de um saber e estofo moral superiores aos de qualquer Congresso jamais eleito por aqui?

    Entendo que, ser ou não “exclusiva” nada revela sobre a qualidade dos eleitos, embora sirva de engodo para tolos. A propósito, lembro que a Islândia faliu outro dia em virtude dos atributos morais e políticos de seus homens públicos.

    Em todas as plagas daqui e de alhures, com panfletarismo e desinformação a idéia de “reforma política” continua a ser um ardil: quem me garante que a Assembléia exclusiva, formada por equivalentes dos atuais representantes, não aproveitarão para cancelar precisamente as conquistas sociais e, sobretudo os diretios gantias na ordem civil, entre tantas, aqui mencionadas?

    Sei Mestre François, do seu profundo conhecimento sobre a nossa história política, e, deveras é, exatamente em função desse conhecimento que o eminente articulista detém, que me assusta sobredita idéia como solução mágica ao esgarçamento institucional de Vossa Senhoria entende, demarca e pauta.

    Nesta senda, é sabido e consabido, o quanto ainda temos que caminhar em termos de processo civlizatório a conduzir e nortear o Stablishment político, e não como contrariamente ainda ocorre, exatamente para que possamos oportunizar e criar uma nova cultura política pra que tal e qual o espelho de sofia, possam refletir vozes e vontades da base da nossa pirâmide social, historicamente esquecidos.

    Por último, oportuno não esquecermos, que, via de regra, grande parte dos paises e nações que atualmente podem servir de modelo de estabilidade social e política, dado o empoderamento e amturidade das suasinstituição, mais ainda seu estofo político, institucional e civilizatório, como cojunto de sociedade, cultura, povo e nação modernas, repise-se, grande parte possuem 2, 3, 4 e até 5 (CINCO) mil anos de história. Nesse contexto, obervemos que ainda estamos vrdadeiramente a engatinhar, posto que temos tão somente 500 (Quinhentos) anos de história.

    Um baraço

    FRANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO.
    OAB/RN. 7318.

  4. François Silvestre diz:

    Sem falar na sugestão de quarentena, impeditivo de candidaturas dos constituintes para as eleições seguintes. Só aí ficariam fora dela os “profissionais políticos” do PT, PMDB,PSDB, DEM e et caterva. Essa coisa toda apodreceu. Só não ver isso quem encasquetou no fanatismo, dos dois lados. Uma Constituinte Originária será o “lado de fora” dessa patifaria estabelecida. Retrocesso significa recuar do progresso. Pergunto: que progresso nós vivemos? Vivemos a ressaca de um progresso de mentira, sustentado na esmola; e um porre de corrupção, lambuzado de “éticos” da demagogia.

  5. François Silvestre diz:

    Também respeito as opiniões de Vicente e Fransuêldo. O debate nesse nível engrandece a discussão. Também discordo de vocês, mas reconheço o interesse comum na busca de oferecer soluções. Meu abraço.

  6. João Claudio diz:

    ” 2, 3, 4 e até 5 (CINCO) mil anos de história”(?????).

    brasil e EUA têm a mesma idade. Os EUA foi descoberto em 1492, e o país das bundas em 1500. Apenas 8 anos aninhos separam os dois países.

    Passados 500 anos, os EUA é o país mais desenvolvido do mundo e o povo é 100% civilizado, enquanto que o pobre brasil ainda ”engatinha”…na lama.

    Ah, a maioria do povo adora ver a ”gata” no lamaçal (volta Lula KKKKKK).

    ”Vivemos a ressaca de um progresso de mentira, sustentado na esmola; e um porre de corrupção, lambuzado de “éticos” da demagogia”.

    Palmas para François Silvestre.

  7. FRANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO diz:

    Oh!!! Meu Caro Cinetista Pólitico Sr. JOÃO CLÁUDIO, os USA jamais foram ou será uma democracia, trata-se de um Estado IMPERIALISTA a invadir paises daqui e de ahures sob os mais absurdos, antidemocráticos e autoritários disparates travestidos de razões de governança mundial democráticas a objurgar e solapar de forma sistemática e permanente a própria democracia, a soberania dos Estados e os direitos humanos.

    Repise-se, trata-se na verdade de um Estado Político, Militar e Industrial que desde a primeira guerra mundial, e, sobretudo após a segunda guerra mundial tenta impor ao mundo o seu projeto ditatorial e terrorista de poder.

    Lembra das supostas razões que recentemente levaram o maior Estado Terrorista do muno, mais precisamente os USA, a invadir (NA VERDADE COM UM ÚNICO OBJETIVO SEJA ELE GEO-POLÍTICO, E, PRICIPALMENTE PARA SE APODERAR DAS RIQUEZAS MINERAIS…PETRÓLEO) a Libia, o Iraque, o Afeganistão sob as mais fantasiosas, estúpidas e estapafúrdias alegações…!!!???

    ÔOOOO MIDIOTA, LEMBRA DAS ARMAS DE DESTRUIÇÃO EM MASSA QUE , SUPOSTAMENTE O IRAQUE POSSUIA….!!!???

    Aos midiotas de plantão, apenas e tão somente um recado, o fundamentalismo e, consequentemente o fanatismo disfarçado de abalizadas opiniões políticas, sociais, culturais e econômicas, apenas traz à lume a real necessidade de que essas FIGURAS, quem sabe, num porvir não tão distante, se submetam à Urgencia Urgentíssima etapa de de um severo e profundo tratamento psiquiátrico.

    Logo após, quem sabe, na remota possibilidade de que sobredito tratamento psiquiátrico se revele exitoso, trabalhos de reeducação, se necessário, forçados.

    O saudoso, desenvolvimentista e democrata JUSCELINO KUBITSCHEK Presidente da República Federativa do Brasil entre os anos 1956/1961, assim afirmava aos que tentavam negar o curso dos fatos e da história:

    “É inútil fechar os olhos à realidade. Se o fizermos, a realidade abrirá nossas pálpebras e nos imporá a sua presença.”

    Por último, meus sentimentos de pena, sobretudo aos Discípulos descerebelados atônitos, atomizados e alienados do PIG, e, uma dica.. LER NÃO TEM CONTRA-INDICAÇÃO….!!!!

    Um baraço

    FRANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO.
    OAB/RN. 7318.

  8. João Claudio diz:

    Brasil, uma usina de reprocessamento de lixo.

    Vale a pena ler o texto que jornalista J.R. Guzzo escreveu nas páginas da revista Veja.

    O presidente Michel Temer, no fim das contas, não conseguiu atravessar nem mesmo a miserável pinguela que tinha pela frente para usar a faixa presidencial até o último dia oficial de seu mandato. Era o seu sonho, ou seu único objetivo real ─ cumprir o curtíssimo prazo que a lei lhe deu para despachar no Palácio do Planalto. Chegou até mesmo a montar um bom ministério, e não só na área econômica. Estava começando, enfim, a anotar bons resultados. Mas não deu, e nem poderia dar. Temer assumiu a Presidência da República em situação de D.O.A., como dizem os relatórios hospitalares e policiais nos Estados Unidos ─ dead on arrival, ou morto na chegada. Chegou morto porque só sabe fazer política, agir e pensar para um Brasil em processo de extinção, onde presidentes da República recebem em palácio indivíduos à beira do xadrez, discutem com eles coisas que jamais deveriam ouvir e não chamam a polícia para levar ninguém preso. Desde a semana passada, com uma colossal denúncia criminal nas costas de Michel Temer, as datas oficiais da sua certidão de óbito como presidente deixaram de fazer diferença. Seu governo não existe mais. A atual oposição (até ontem governo) do PT-esquerda não existe mais; eles estão rindo, mas riem no próprio velório. Os políticos, como classe, não existem mais. Querem viver de um jeito inviável e manter de pé um país inviável. Acabaram por tornar-se incompreensíveis.

    Na verdade, como já ficou claro há um bom tempo, não se poderia mesmo esperar algo diferente do que está acontecendo. É simples. O Brasil de hoje é governado como uma usina de reprocessar lixo. Entra lixo de um lado, sai lixo do outro. O que mais poderia sair? Entre a porta de entrada, que é aberta nas eleições, e a porta de saída, quando se muda de governo, o produto fica com outra aparência, altera o nome, recebe nova embalagem ─ mas continua sendo lixo. Reprocessou-se o governo do ex-presidente Lula; deu no governo Dilma Rousseff; reprocessou-se o governo Dilma; deu no governo Michel Temer. Não houve, de 2003 para cá, troca no material processado pela usina. Não houve alternância de poder, e isso inclui o finado governo Temer. Continuou igual, nos três, a compostagem de políticos “do ramo”, empreiteiras de obras públicas, escroques de todas as especialidades, fornecedores do governo, parasitas ideológicos, empresários declarados “campeões nacionais” por Lula, por Dilma e pelos cofres do BNDES. É esse baixo mundo que governa o Brasil.

    Michel Temer, na verdade, faz parte integral da herança que Lula deixou para os brasileiros. Tanto quanto Dilma Rousseff, é pura criação do ex-presidente ─ só chegou lá porque o PT o colocou na Vice-Presidência. Ou alguém acha que Temer foi incluído como vice na chapa petista contra a vontade de Lula? Ninguém votou nele, não se cansam de dizer desde que Temer assumiu o cargo, no impeachment de Dilma. Com certeza: quem fez a escolha foi Lula, ninguém mais. Foi dele o único voto que Temer teve ─ e o único de que precisava. É tudo parte, no fim das contas, da “política de alianças”. A respeito do assunto, ainda outro dia tivemos direito a uma aula de ciência política dada pelo próprio ex-­presidente da República, durante seu interrogatório pelo juiz Sérgio Moro. Lula explicou ao juiz, e a todos nós, que é impossível governar sem “aliados”. E o que isso tem a ver com a corrupção em massa durante seu governo? Tudo a ver, segundo o que deu para entender: você precisa dar cargos públicos aos partidos que apoiam o governo, e aí eles vão roubar tudo o que virem pela frente. No seu caso, o PMDB foi a principal aliança que fez ─ na verdade, o alicerce da coisa toda, uma obra-prima de “engenharia política” que seria depois completada com a aquisição do PP, do PR e de outras gangues partidárias.

    Com o PMDB veio Michel Temer ─ mais Eduardo Cunha, Renan Calheiros, José Sarney e família, Romero Jucá, Eliseu Padilha, Eunício Oliveira, Geddel Vieira Lima, e daí para pior. Hoje são odiados nos discursos de Lula e do PT. Ontem eram os melhores amigos e, principalmente, sócios. A isso aí vieram juntar-se os empresários “nacionalistas” de Lula e Dilma: os Joesley e Wesley Batista, que ocupam agora o centro do palco, os Marcelo Odebrecht, os Eike Batista e tantos outros capitães de indústria que já foram, continuam sendo e em breve serão inquilinos do sistema penitenciário nacional. Juntos construíram a calamidade moral, econômica e administrativa que está aí. E com certeza vão tentar, de algum jeito, beneficiar-se da gosma constitucional hoje formada em torno do pós-Temer.

    Essa gente toda, com Lula e o PT à frente e bilhões de reais atrás, nos deixou o seguinte país: um dos maiores empresários do Brasil, e também um dos mais investigados por crimes cometidos em suas empresas, entra na residência presidencial e, numa ação nos limites da bandidagem, grava pessoalmente uma conversa do pior nível com o presidente. Com isso, ao menos até agora, protege-se da cadeia, ganha uma soma não calculada de milhões e vira um herói da Rede Globo, no papel de “justiceiro”. O ex-presidente Lula oscila entre duas possibilidades: ir para o xadrez ou para o Palácio do Planalto. Sua sucessora é trazida, por denúncia de pessoas íntimas, para o centro do lodaçal. Seu adversário nas últimas eleições, Aécio Neves, recebe malas de dinheiro vivo desses Joesley e Wesley que atiram para todo lado. O governo do Brasil, e o conjunto da vida política, passou a depender inteiramente de delegados de polícia, procuradores públicos e juízes criminais. O voto popular nunca valeu tão pouco: o político eleito talvez esteja no próximo camburão da Polícia Federal. Os sucessores mais diretos de Temer podem estar em breve, eles próprios, a caminho do pelotão de fuzilamento; fazem parte da caçamba de detritos que há na política brasileira de hoje. Um país assim não pode funcionar ─ não o tempo inteiro, como tem sido nos últimos anos. Trata-se de uma realidade que está evidente há mais de três anos, quando a Operação Lava Jato passou a enterrar o Brasil Velho. Era um país que, enfim, começava a agonizar: pela primeira vez na história, seus donos tinham encontrado pela frente a aplicação da Justiça ─ ou, mais exatamente, o princípio de que a lei tem de valer por igual para todos. Não acreditaram, e tentam não acreditar até hoje, que aquilo tudo estava mesmo acontecendo. O único Brasil possível, para eles, é o Brasil que tem como única função colocar a máquina pública a serviço de seus bolsos. Gente como Lula, Odebrecht, Joesley, empresários campeões etc. simplesmente não entende a existência de pessoas como Sérgio Moro; eles têm certeza de que não há seres humanos que não possam ser comprados ou intimidados. O resultado está aí ─ um país que não consegue mais ser governado, porque os governantes não conseguem mais esconder o que fazem, nem controlar a Justiça e a Lava Jato, que a qualquer momento pode bater à sua porta.

  9. João Claudio diz:

    Aff! Golfei!

    Os EUA continua sendo o país mais desenvolvido do mundo e sem nenhum concorrente à vista nos próximos 500 anos, continua sendo uma super potencia em todos os sentidos, a nação é inteligente e civilizada.

    Quem conhece ou visitou aquele país sabe que eu não estou inventando.

    É fato que os comunistas vermelhos e os PTralha$ xiitas odeiam as terras do Tio Sam, ao ponto de desejarem que bombas inimigas destruam o país que comanda a economia mundial, se esquecendo do rabo, se esquecendo que a republiqueta de bananas está, atualmente, exportando corrupção para todos os continentes.

    Vi muitas Ptralha$ lamentarem a falta de centenas de aviões caindo sobre aquele país naquele 11 setembro de 2001. Vi ainda os mesmos PTralha$, adeptos do comunismo, desejarem vivas a Bin Laden e morte a Bush.

    Hoje, os EUA cresce, o brasil desce e todos os PTralha$, sem exceção, estão no olho da rua chupando bila, cagando rodando e torcendo pelo retorno do chefe corrupto, cinco vezes réu e próximo a ser agraciado com o Hexa Réu.

    Enfim, peço que lave a boca antes de falar dos EUA, onde mora um dos meus filhos, e, aproveito ainda para pedir que…RESPEITE TIO SAM, RESPEITE TRUMP, RESPEITE A POLIIIIIIIIIIIIIÇA.

    Mais: caso um dia vá aos EUA, fique bem caladinho, caso contrario, não passa da porta do aeroporto.

    Agora, vou me limpar da golfada.

    Pensando bem, pior seria limpar a bunda após cagar rodando e aos gritos de: VOLTA LULA.VOLTA DILMA.

    P.S – Sabia que há cura para o ”encantamento” a que se submeteu? Nem ”desencantamento”, viu?

    Quando o ”Encantador” encanta, tá encantado e c’est fin. Ou… ”babau” se assim preferir.

    João Claudio – S/N (sem numero)

  10. João Claudio diz:

    Errata.

    Sabia que NÃO há cura para o ”encantamento” a que se submeteu?

  11. FRANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO diz:

    Oh…!!! Bastou assinlar a suberviência rarefeita suberviência que ecoam das palavras e modo verbal que o coxinha João Claudio, indicutivelmente dedica o culto à qualquer preço devotado aos IANQUES, e aí, não mais que de repente Vossa Insolência Cientista Político da ala à extrema direita UDENISTA, Sr. João Cláudio passa a revelar seus manifestos interesses patrimoniais e familiares indelevelmente vinculados ao pretenso eldorado americano do norte.

    Sei Sr.JOÃO CLÁUDOI, Vossa Insolência é tão obtuso, alienado e suberviente que, claro, assim são se sente como tal. Mesmo por que, fazendo um pouco de analogia histórico e sociológica, seria em pleno século 18, alguém exigir que os escravos tivesse a conciência do preconceito e dos mecsnismos de escravidão de que foi vitima e era, deveras internalizado.

    Nesse contexto, dos “maviosos e bem elaborados” escritos produzidos pelo Cientista Político, Sr. JOÃO CLAÚDIO, evidenciasse e muito, o chamado complexo de vira latas, aquele, àquele sentimento de inferioridade explicita que demanda sistemática e diuturna negação dos valores e virtudes nacionais pelos próprios e “supostos” brasileiros.

    Não osbtante, fosse um anticomunista bastante conhecido, Nelson Rodrigue com aimpar capcidade de pensar/filosofar e escrever delegada à poucos, com maestria peculiar dscreveu e bastante, aspectos correlatos á esse sentimento escravo e doentio, que não só nega valores e virtudes nacionais, mais ainda , intenta esconder por sob a miopia profunda do cinismo e da hipocrisia, tão comuns no bojo do esporte nacional, deveras mais praticado, qual seja a omissão.

    Em grande parte das suas crônicas, sobretudo direcionadas ao mundo do futebol, Nelson tinha um pressuposto – o futebol brasileiro seria o melhor do mundo e venceria sempre que o complexo de vira-latas não prejudicasse seu desempenho. Nacionalista, traçava um raciocínio pendular entre o futebol e a nação brasileira como um todo. Papel especial nessa equação, a seleção brasileira que ele, em expressão tornada lugar-comum, batizou de “a pátria de chuteiras”. A seleção seria a imagem do país em campo. Levaria para o gramado as nossas virtudes e os nossos defeitos. A nossa inventividade, mas, também, o tão temido “complexo”.

    Essa formação sócio-psíquica, digamos assim, se deveria mais à nossa formação de caráter do que a influências externas. Desse modo, o próprio brasileiro seria o responsável último por suas inibições. E vencer essas inibições estaria perfeitamente ao seu alcance. Dependia apenas dele deixar de ser esse “Narciso às avessas, que cospe em sua própria imagem”.

    Neessa direção igualmente, podemos vislumbrar de forma objetiva, que, na obra de Caio Prado Junior, temos ensinamentos e fundamentos de ordem idelógica e sociológica, que bem explicam os nefastos efeitos do escravismo de 03 (Três) séculos, que, ainda hoje demonstram claramente, não apenas os not´roios efetios doescravismo sobre os próprios escravoe e a raça negra, mais ainda, a internalização da cultura dos colonizadores sobre os colonizados.

    Caro João Claúdio, já disse e repito, independente da idade, LER NÃO TEM CONTRA INDICAÇÃO, desde que não seja a Bíblia indicada por JIM JOnne$$$>>>>!!!

    O pensamento do Caio Prado tem conseqüência na cultura atual de subserviência do brasileiro. Ou seja, complexo de inferioridade cultural quanto a outras sociedades. De acordo com a psicologia e psicanálise é um sentimento de que se é inferior a outrem, de alguma forma. Alguns sociólogos propuseram um complexo de inferioridade em diversos níveis, por exemplo, a inferioridade cultural.

    “O passado colonial do Brasil – cujo razão de ser era a produção em larga escala visando o mercado externo, com sua necessária dependência do trabalho escravo – está profundamente impresso nas instituições econômicas, políticas e sociais de hoje. Anacronismos e tradições persistem retardando o pleno desenvolvimento do país.” – extraído do livro Formação do Brasil Contemporâneo, do próprio historiador.

    Acredita-se que o Brasil sofre até hoje as conseqüências de ter sido um país colonizado e ainda se atribui a uma época a que não pertence. O país ainda dá uma grande importância às outras nações, principalmente as desenvolvidas, quando já deixou de ser uma colônia para se tornar uma provável potência mundial. Talvez pelo Brasil não ter sido formado para constituir uma sociedade organizada, com raízes nacionais firmes, faltou a criação de uma identidade nacional própria. Por isso, o brasileiro costuma fazer referências positivas a tudo que está fora do país. Como por exemplo, as pessoas acharem que só no Brasil existe corrupção e no mundo afora não. Ou que produtos importados são de maior qualidade do que as nacionais. Outro caso, são pessoas que preferem realizar tratamentos médicos no exterior.

    Caio Prado Júnior afirma que o Brasil enquanto colônia teve sua riqueza exportada e com isso financiou a industrialização dos países desenvolvidos. No caso de Portugal, o país não desenvolveu uma economia própria e nem uma política de industrialização. Primeiro por que achavam que a riqueza brasileira era eterna. Segundo, por que os portugueses não possuíam conhecimento e técnica em plantação. Vale ressaltar a notável capacidade do Brasil de desenvolvimento, além de ter sido fundamental para o crescimento econômico de outras nações, tem se destacado no âmbito internacional. Isso ainda acontece, no que diz respeito à extração de recursos no território brasileiro pela disponibilidade ou pela abundante mão-de-obra. Esses recursos são mandados para outros países, que revendem com uma porcentagem de lucro altíssima, inclusive para os próprios brasileiros.

    Outro aspecto importante a ser mencionado, é a concepção estudada pelo antropólogo Gilberto Freyre, de hibridismo. Ou seja, união das diferenças que se incorporam a uma cultura. Ele acredita na mistura de etnias, mas vai além e afirma que o Brasil é uma mistura em vários níveis. No seu estudo constata que o português já era um povo miscigenado, possuindo, por exemplo, a descendência árabe. Por conseqüência, o brasileiro possui essa mistura de etnias, o que não justifica o sentimento de inferioridade do brasileiro. Afinal, possui na sua essência, características do exterior.

    Prova contrária a essa subserviência, há características do brasileiro que atraem os estrangeiros. Por exemplo, a cordialidade, que de acordo com o escritor Sérgio Buarque de Holanda é a identidade brasileira. Essa se faz presente em conseqüência da falta de instituições firmes na estruturação do país. A fotógrafa suíça Cláudia Andujar, nacionalizada brasileira, afirma em entrevista a admiração pelo acolhimento recebido no Brasil. Ela demonstra isso através de um trabalho na causa pela preservação do povo indígena Yanomami.

    O Brasil está deixando de ser um país subdesenvolvido para se tornar uma referência de uma economia desenvolvida. Pode-se notar a inserção do Brasil nos eventos mundiais e na economia. Como é o caso do país sediar a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Além disso, as especulações do Brasil em ocupar uma das cadeiras permanentes do Conselho de Segurança da ONU.

    Oswald de Andrade, no Manifesto Antropófago, critica esse esquecimento da identidade brasileira e a adesão absoluta de valores estrangeiros. Por isso faz uso da palavra antropofagia de forma metafórica baseando-se nas crenças dos índios antropófagos. Ou seja, supunham que comendo seus inimigos adquiriam sua força e qualidades. Então a idéia do manifesto antropófago era devorar a cultura estrangeira e reelaborá-las com autonomia e adaptá-las aos traços brasileiros. Antropofagia, denotativamente, é o ato de consumir uma parte, ou várias partes de um ser humano. Conforme as informações argumentadas acima, não há necessidade de implementar uma cultura alheia. De acordo com a característica híbrida do brasileiro, deve-se unir as diferenças e criar uma cultura própria. Não só isso, mas respeitá-la e acreditar na sua validade.

    Um baraço

    FRANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO.
    OAB/RN. 7318.

  12. FRANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO diz:

    Oportuno mais uma vez, ressaltar o quanto a desinteria verbal ipisis literis escrita diariamente pelo suposto comentarista Sr. João Cláudio em seus abjetos enunciados contra corrupção.

    Nesse contexto, calha transcrever parágrafo do próprio Cientista Político quando em sua insana e recalcada subserviência cultural, assim afirma:

    Os EUA continua sendo o país mais desenvolvido do mundo e sem nenhum concorrente à vista nos próximos 500 anos, continua sendo uma super potencia em todos os sentidos, a nação é inteligente e civilizada.

    Denote-se que, a pérola que se arvora em sabe tudo e comentarista, sempre e sempre tem como fonte de “informação” A VEJA, O SITE O ANTAGONISTA, A REDE GLOBO E ASSEMLEHADOS.

    Ora Senhores Web-Leitores, se o USA fossem esse eldorado que o coxinha mor tenta evidenciar nos seus escritos que mais se assememlham à um DISCO aranhado. Como explicar essa realidade factual abaixo transcrita e provada diaramente, através dos próprios meios de comunicação por eles comandadà à décads sob mão de ferro…!!!??

    Sempre falando coisas sem sentido… vamos aos fatos, a industria da guerra move toda a politica dos estados unidos, se isso não fosse verdade, as guerras do iraque, siria, libia, yemen, o afeganistão ETC. Prá não retroagirmos um pouco no tempo e falarmos do Vietna, ações intervencionistas no Panamá, Cuba e outros paises centrais e caribenhos. Para quem não sabe, o senado dos estados unidos teria aprovado o ataque coisa que não fez, e os estados unidos vendeu mais de 450 BILHÕES DE DOLARES EM ARMAS para a arabia saudita, principal fornecedor de recrutas do estado islamico e nada é feito… será que não existe investigação sobre isso? a arabia saudita sacrifica mulheres cortando suas cabeças na rua com espadas e os direitos humanos não falam nada…enquanto isso nos estados unidos, o próprio processo eleitoral é fraudado pela DITA SUPREMA CORTE qaundo de um Julgametno insólito, lembram da decisão que levou o sanguinário e golpistsa George W Bush filho à sua eleição a frente da Casa Branca…!!!?? E os seguidos escândalos de HILLARY CLINTON e seu MARIDO (também conhecido como predador sexual de crianças) ainda não foram presos, mesmo com provas escancaradas.

    Nessa tai , há que se ter a verdadeira diermnsão do qaunto a corruapção tem uma dimensão mastodontica no âmago da soceidade americans, mesmo porque lá ela, a corrup´ção , deveras é leglaizada.

    LEMBRAM-SE DOS LOBBYS….!!!???

    procure saber o que é loby, e como, deveras ele funciona nas engrenagens políticas e econômicas da suposta e prefeita sociedade americana….!!!???

    Um baraço
    FRANSUÊLDO VIEIRADE ARAÚJO.
    OAB/RN. 7318.

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