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segunda-feira - 25/06/2018 - 12:50h
COLUNA DO HERZOG

Salvação do RN não aparece no vazio de sua pré-campanha

Por Carlos Santos

Nenhum pré-candidato ao governo do RN tem qualquer esboço de plano de governo à mão. As evasivas vão desde clichês retóricos à fuga física de entrevistas, em que possam ser cobrados. A prioridade é falar de pessoas, em vez de ideias.

Ninguém espere que esse cenário mude, seja alterado, com a elevação de debate (que não existe nessa pré-campanha). Daí, para pior.

A crise vivida pelo Rio Grande do Norte tem explicações diversas, que se intercalam, mas a principal é a incapacidade de nossa classe política em tratar a gestão pública como prioridade e com eficiência.

Nessa fase da disputa, a pré-campanha, o mais interessante é produzir críticas ou acusações – caso do governador Robinson Faria (PSD) e ex-prefeito natalense Carlos Eduardo Alves (PDT).

Já a senadora Fátima Bezerra (PT) evita se desgastar com qualquer pronunciamento ou posicionamento. Opta por mexer apenas com questões nacionais e do interesse partidário.

O vice-governador dissidente Fábio Dantas (PSB) segue cada dia mais atrofiado, mas já se arriscou a promessas mirabolantes, como acabar com déficit previdenciário de uma canetada e defender o fim das oligarquias (ele, integrante de uma delas).

Bate desânimo. Não é pessimismo, mas retrato de observações de fácil percepção. Estamos ferrados.

PRIMEIRA PÁGINA

O “não voto” se confirma mais uma vez – O segundo turno das eleições suplementares ao Governo do Estado do Tocantins ratificou o que parece ser mesmo uma tendência capaz de alcançar seu ápice nas eleições gerais de outubro próximo no país. O “não voto”, soma de votos nulo-branco com abstenções, atingiu 527.868 votos (51,84%). Mauro Carlesse (PHS), governador interino que foi eleito, e Vicentinho Alves (PR), seu adversário, receberam 490.461 votos (48,16%) do eleitorado tocantinense (veja AQUI). Estavam aptas a votar na eleição do Tocantins 1.018.329 pessoas. No primeiro turno, a revolta popular com políticos, partidos e a política já tinha sido expressiva. Leia o que esta página tem antecipado há tempos: Eleitor diz no Tocantins o que está “guardado” para outubro.

Aliança entre PT e PR não tem apoio de Tião e Jorge – O diálogo aberto entre PT e PR com vistas à campanha deste ano no estado não deve prosperar. Pré-candidatos à Câmara Federal e à Assembleia Legislativa pelo PT, os ex-candidatos a prefeito e vice de Mossoró Tião Couto e Jorge do Rosário, respectivamente, não demonstram animação com o enlace. Freiam seu avanço.

Tião e Jorge: veto (Foto: Arquivo)

Estimativa de quociente eleitoral à Câmara Federal precisa ser revista – Refaça suas contas, comece ou recomece a fazê-las a partir de patamares realistas. Em 2014, últimas eleições, o quociente eleitoral à Câmara Federal foi de 197.608 votos. Os campeões de voto foram dois estreantes: Walter Alves (PMDB) – 12,09% (191.064) e Rafael Motta (PROS, hoje no PSB) – 11,15% (176.239). Fábio Faria (PSD) – 10,53% (166.427) – obteve Reeleição. Salve o surgimento de algum fenômeno ou deslocamento de algum campeão de votos (como os senadores José Agripino-DEM e Garibaldi Filho-MDB) para essa faixa de disputa, o quociente terá boa baixa.

Wilma de Faria atrai atenção em memorial – Vai até o próximo dia 30, de 10 às 22h, no Shopping Midway Mall em Natal a exposição Memorial Wilma de Faria. Começou no último sábado (23), após ter percorrido vários municípios do estado, com várias peças e documentos que mostram a trajetória política da ex-governadora do RN.

Agripino e Jácome podem alterar chapa majoritária – O jornal Tribuna do Norte deste domingo (24) noticiou que o senador e presidente estadual dos Democratas (DEM), José Agripino (DEM), não tentará a reeleição ao Senado Federal. Será mesmo candidato a deputado federal. A decisão será anunciada oficialmente nos próximos dias. Com a decisão de José Agripino, o deputado federal Antônio Jácome (Podemos) seria um dos candidatos ao Senado na coligação PDT, MDB e DEM. A chapa majoritária ficaria Carlos Eduardo (PDT) para o governo, Garibaldi Alves Filho (MDB) e Antônio Jácome (Podemos) para o Senado. E mais, o deputado Felipe Maia (DEM) ficaria fora das eleições de 2018, abrindo espaço para a médica Carla Dickson (PROS), vereadora em Natal e esposa do deputado estadual Albert Dickson (PROS), concorrer a uma vaga na Câmara Federal. Assim, Carla iria em busca de conquistar as bases de Antônio Jácome no segmento evangélico. (Do Blog da Chris).

Antônio Jácome quer surpreender como no passado – O atual deputado federal Antônio Jácome (Podemos) pode ser apresentado como nome ao Senado, na chapa a ser encabeçada pelo pré-candidato a governador Carlos Eduardo Alves (PDT). Em 2002, ele foi o vice de Wilma de Faria (PSB), uma chapa vista como fragil, mas TB, mas terminou eleito ao lado dela ao governo estadual. Nesse momento, o cenário é outro e com outros objetivos, como garantir reeleição do filho Jacó Jácome (PSD) à Assembleia Legislativa. Jácome tem a corrida à Câmara Federal comprometida pela concorrência de Carla Dickson (PROS) na faixa dos evangèlicos, além de outros fatores.

EM PAUTA

Carlos Cavalcante – Âncora do Cidade em Debate na Rádio Difusora de Mossoró, o radialista Carlos Cavalcante vai estrear programa com mesmo nome no próximo dia 2 (segunda-feira), às 18h, na TV Cidade Oeste (sistema cabo Brisanet), Canal 172. Sucesso.

Literatura – O XVI Seminário Literário do Colégio Mater Christi (Mossoró) será lançado no próximo dia 30, com cortejo literário saindo às 8h da Praça dos Esportes em direção ao Mater Christi. Já no período de 02 a 06 de julho de 2018, haverá apresentações elaboradas pelos alunos por turmas no Teatro Municipal Dix-Huit Rosado.

Zenóbio: foco poético (Foto: Web)

O livro de Zenóbio – “Verbo Sertanejo” é o título do livro do jornalista e cinegrafista Zenóbio Oliveira, o “Zenóbio das Aguilhadas”, a ser lançado no mês de agosto próximo. O prefácio será do jornalista Sérgio Farias, com diagramação do poeta e jornalista Caio César Muniz. O livro contém sonetos, cordéis e outros estilos poéticos. As vendas estão sendo antecipadas. Quem desejar garantir o exemplar basta depositar a quantia de 30 reais nas seguintes contas: Caixa Econômica Federal, Agência – 0560, Operação – 013, Conta poupança – 00068949-9. Banco do Brasil, Agência – 3526-2, Conta Poupança – 36.732-X, Variação – 051. As duas em nome de Zenóbio Francisco de Sousa Oliveira.

Religiosidade sertaneja – O presidente do Grupo de Estudos do Cangaço do Ceará (GECC), pesquisador Ângelo Osmiro Barreto, convidou o professor Benedito Vasconcelos Mendes para fazer uma palestra sobre “Religiosidade Sertaneja”, no próximo dia 5 de julho (quinta-feira ), na reunião mensal do GECC, que se realizará no apartamento do professor-doutor e renomado cientista brasileiro, Melquíades Pinto Paiva, em Fortaleza.

Programa na TV – O jornalista Saulo Vale é nome cogitado para compor programa jornalístico na TV Terra do Sal (Canal 14 aberto e 173 na Brisanet), em Mossoró.

Frete e sal – O setor salineiro do Rio Grande do Norte e, em especial da região de Mossoró, está asfixiado com o impasse quanto ao frete rodoviário, desde a paralisação nacional dos caminhoneiros. O escoamento da produção está seriamento comprometido. Queda de mais de 50% no fluxo do produto para os centros de consumo, pela via rodoviária.

SÓ PRA CONTRARIAR

Não existe impossível na política, mas o improvável.

GERAIS… GERAIS… GERAIS…

Acontece nessa terça-feira(26), a missa de um ano pela morte do professor e engenheiro José Henriques Bittencourt, na Igreja de São Camilo de Lellis, às 19h, bairro de Lago Nova em Natal. Ele foi um dos fundadores da Escola de Engenharia em Natal e membro-fundador da Academia Norte-Riograndense de Ciências do Rio Grande do Norte, da qual foi presidente.

Obrigado à leitura do Nosso BlogJosé Antônio Nunes (Pau dos Ferros), Raimundo Nonato Sobrinho, o “Cinquentinha” (Mossoró) e Vagner Araújo (Natal).

Veja a edição anterior da Coluna do Herzog (18/06) clicando AQUI.

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Categoria(s): Coluna do Herzog

Comentários

  1. João Paulo diz:

    José Agripino se deslocar da disputa ao Senado Federal para à Câmara dos Deputados? Que coisa. Não que fazer tal deslocamento seja necessariamente vexatório. Mas no caso de Agripino o é. O senador é nome de envergadura nacional, com vasta experiência política e vencedor de quase todas as disputas eleitorais que participou. Sua substituição na chapa ao Senado na coligação que se avizinha entre PDT-PMDB-Dem, representa um vexame e tanto na carreira de Agripino. O senador não está fazendo tal movimentação tão somente para abrir espaço na coligação. O real motivo talvez seja um só: José está apreensivo, e com medo danado, de ir à disputa ao Senado e perder, e com isso ficar sem foro privilegiado, e ver diminuir sua influencia política estadual e nacional. Se a saída de Agripino a disputa ao Senado se confirmar, a tendência de vitória de Zenaide e Garibaldi aumenta ainda mais. Ambos já tinham uma leve dianteira sobre Agripino. Já, Já em 2018 parece que optará mesmo é pela sobrevivência política.

  2. George diz:

    Tião+Jorge vão se aquietar homens. Deus me livre guarde.

  3. Naide Maria Rosado de Souza diz:

    A preconizada mudança no quadro político não aconteceu. Os nomes, os mesmos, assim como mesmas as pessoas.
    Preciso falar do Taylor. Assisti um bom documentário sobre famílias russas residentes no Brasil. Focaram uma linda, de várias gerações louras, de Ivanoviches e Sergeis, de Balalaika e babuskas. Belo clã. Chegando à quarta geração, protegida , ainda, no ventre da mãe.
    Eis que o jornalista indaga ao pai do bebê como será o nome dele. Assustada, assim como o comando da reportagem, ouvimos um estrondoso Taylor. Como, Taylor, onde as matrioscas moram na alma?
    Diz o pai: ” é nome americano, mas gostamos dele.”
    Pois bem, por favor, me apresentem um Taylor aí no RN, não aguento mais os mesmos nomes daí.
    Quero um Taylor.

  4. Elves Alves diz:

    O RN não pode prever seu futuro, por mais que pese o pleonasmo.
    A razão é crua e simples: esta taba de Poti não tem futuro politicamente.
    Em pleno século 21, só lhe resta o lodo de suas oligarquias famélicas e insaciáveis – familiares quanto sindicais.
    A corrupção ancestral, o filhotismo legatário dos piores vícios, o nepotismo cruzado e descruzado, o cinismo sem fim.
    Como tirar o estado do caos absoluto, quando a “prioridade” assumida dos partidos são nomes, ainda que reles almas sujas e sebosas, habitués da mais sórdida crônica policial?
    Ô povinho para gostar de afagar ladrões só é o potiguar.

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