Entre muitas surpresas, as urnas no Rio Grande do Norte produziram números que contrariaram previsões – inclusive desta página – de maciça carga de “não voto”. Em vez dessa modalidade de protesto, o eleitor majoritariamente preferiu se manifestar de forma proativa: votou. Fez suas escolhas e exclusões pelo voto.
A abstenção ficou num patamar praticamente igual à eleição de 2014. Este ano, em 17,12%. Em 2014 foi de 16,83% de Abstenção.
Na disputa ao governo estadual, os votos em branco chegaram a cair. Foram 7,05% àquele ano e agora atingiram 4,38%de Branco.
Em 2014, os votos nulos somaram 16,29% e agora caíram para 13,21%.
O total de não voto em 2014 foi de 40,17%.
Neste ano, acabou recuando para 34,71%, percentual surpreendente.
Tivemos 82,41% de votos válidos neste primeiro turno. No pleito de 2014 foram 76,66%.
Paralelamente, houve pequeno aumento no quociente eleitoral para eleições à Assembleia Legislativa e à Câmara Federal.
À AL, em 2014, chegou a 69.097. Já agora, 70.274.
Quanto à Câmara Federal, o quociente foi de 197.608 na última eleição estadual e neste ano chegou a 201.229.
O grande número de candidatos (116 à Câmara Federal, 330 à Assembleia Legislativa, oito ao Governo, 15 ao Senado) e o acirramento da campanha presidencial e estadual (sobretudo nas redes sociais) podem ser fatores listados para justificarem essa elevação de votos válidos, num tempo de tanta descrença da política.
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Quem sabe o despertar…quem sabe o preciso me manifestar…quem sabe o estou desobrigado pela idade, mas tenho lucidez e preciso votar…
É a votação pela necessidade de mudanças, pelo horror aos roubos nem mais encobertos, escancarados, na certeza da impunidade. Patrimônio público espoliado.
Suponhamos que o voto não fosse obrigatório, mesmo assim compareceríamos. Questão de sobrevivência.