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domingo - 16/08/2020 - 10:44h

Infraestrutura tem investimento, mas precisa de maior zelo

Por Josivan Barbosa

Aos poucos a Secretaria Municipal de Infraestrutura, Meio Ambiente, Urbanismo e Serviços Urbanos da Prefeitura Municipal de Mossoró vai aplicando os recursos do empréstimo de R$ 147 milhões junto à Caixa Econômica Federal (CEF) em importantes obras para o município. As ruas, avenidas e bairros que estão sendo contemplados adquirem uma nova realidade no aspecto de urbanismo. Como exemplo, podemos citar os bairros Três Vinténs, Pousada dos Termas, Costa e Silva, Alto do Sumaré, Bela Vista entre outros.

As novas ruas pavimentadas são feitas, quando possível, em vias duplas com critério de qualidade atendendo aos projetos de meio-fio com material pré-moldado de bom acabamento e durabilidade, canteiro central, calçadas e acessibilidade para pessoas com deficiência de mobilidade. Além disso, as avenidas são dotadas de um espaço lateral para que o contribuinte possa plantar uma pequena faixa de grama ou, ao seu critério, um outro tipo de paisagismo.

Claro que o ideal seria que a Prefeitura tivesse condições de fazer esse investimento sem ter que recorrer a empréstimos em bancos oficiais ou privados, mas, quem conhece o atual orçamento municipal sabe que não há como fazer milagre. A opção pelo empréstimo foi a única forma da municipalidade não deixar caminhar para um colapso na infraestrutura.

Infraestrutura do município II

A municipalidade está também recuperando a malha viária que após o último longo período chuvoso (janeiro a julho) ficou em péssimas condições. Há exemplos de bairros, como o Abolição III, que estava praticamente inviável para o trânsito de veículos e que aos poucos está sendo recuperado.

Calçamento no conjunto Vingt Rosado, feito há poucos dias, já está profundamente deteriorado (Foto: cedida)

Claro que não há condição para uma recuperação total em apenas um semestre porque como se trata de uma obra pública, precisa de uma supervisão criteriosa por parte dos fiscais da PMM para que a obra tenha durabilidade.

É melhor demorar um pouco na recuperação do que acelerar sem preocupação com a qualidade. Nesse caso, qualidade é melhor do que quantidade e a responsabilidade do gestor tem que ser direcionada para tal.

Infraestrutura do município III

Um outro aspecto importante na infraestrutura do município é a recuperação contínua das estradas vicinais. Já está passando do tempo para que a municipalidade avance no tipo de contrato que precisa ser feito para esse tipo de estrada. Nesse caso precisa ser copiado o Programa de Recuperação e Manutenção Rodoviária (CREMA) do Governo Federal lançado em 2008. O importante para as comunidades rurais é a recuperação contínua dos trechos de estradas vicinais que representa muita coisa no município de Mossoró.

Para isso, o processo licitatório teria que estabelecer como critério básico a manutenção por quilômetro da estrada vicinal em plenas condições de trafegabilidade. O processo licitatório com o objetivo de apenas recuperar o trecho não resolve o problema. Pelo contrário, acentua as reclamações por parte dos usuários, pois em alguns trechos a recuperação só funciona no período da seca. Um exemplo disso, é a conhecida Estrada de Alagoinha que foi totalmente recuperada no meio do período de chuvas e no final do inverno já estava em péssimas condições.

Construção civil

Há um setor da economia em Mossoró e região que está em pleno desenvolvimento, mesmo diante da pandemia da Covid-19. Trata-se da área de construção civil. Há algumas extensões de bairros em Mossoró em pleno crescimento, como exemplo temos o Parque Verde como uma extensão do Santa Delmira e o Por do Sol como uma extensão dos novos conjuntos habitacionais Américo Simonetti (Abolição 5) e Santa Júlia (Abolição VI).

Há também um amplo desenvolvimento de unidades habitacionais nos loteamentos Campos do Conde e Bela Vista, ambos localizados no entorno do Partage Shopping.

Engenharia de Energia

A nova gestão da Universidade do Semiárido vai ter que repensar sobre o fechamento do curso de Engenharia de Energia se quiser continuar integrada ao desenvolvimento regional em termos de geração de energia sustentável. O curso foi fechado e transformado em Engenharia Elétrica na atual gestão diante do argumento de que o Conselho Regional de Engenharia e Agricultura (CREA/RN) tinha dificuldade no reconhecimento da profissão e que as empresas não conheciam o potencial dos engenheiros de Energia. Mais uma vez a instituição fez a opção pelo mais cômodo, não envidou esforços para avançar com o incremento da profissão, cuja responsabilidade number one era da Ufersa.

O curso de Engenharia de Energia da Ufersa foi o terceiro a ser criado no país e a justificativa para a sua criação foi embasada no desenvolvimento de novas fontes de energia no Semiárido, como a eólica, solar e das marés. A importância desse curso pode ser exemplificada pela valorização dos profissionais dessa área que atuam nos parques eólicos da região. Hoje são mais bem remunerados dos que os engenheiros de petróleo.

Um engenheiro de energia que planeja parques eólicos chega a ter salário de R$ 25 mil mensais. Portanto, não há outro caminho que não seja a reativação do curso de Engenharia de Energia sem o fechamento do curso de Engenharia Elétrica. Ambos podem funcionar sem qualquer problema, mesmo porque os docentes inicialmente contratados para o curso de Engenharia de Energia podem lecionar conteúdos programáticos em ambos os cursos.

Hospital Universitário

A nova gestão da Universidade do Semiárido terá um grande desafio já nos primeiros dias de setembro. Abrir processo licitatório para a elaboração do projeto de engenharia do Hospital Universitário, o qual precisa está pronto até o final do ano para que possa viabilizar uma Emenda de Bancada para iniciar a sua construção.

Nesse aspecto, a reitoria não precisa inventar a roda. Basta seguir o modelo do que fez a Universidade Federal do Amapá que conseguiu avançar e com o pragmatismo da bancada federal daquele Estado construiu um hospital modelo para toda a região Norte. Além de atender aos discentes dos cursos de Medicina do município, o hospital universitário de Mossoró preencherá uma importante lacuna nos serviços de saúde e captará centenas de vagas de concurso  para os profissionais da área através da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH). Na próxima semana falaremos sobre a opção que a Ufersa precisa adotar para que, enquanto o hospital não seja construído, o discente não seja prejudicado por falta de local para as atividades práticas do curso de Medicina.

Josivan Barbosa é professor e ex-reitor da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA)

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Categoria(s): Artigo

Comentários

  1. Q1naide maria rosado de souza diz:

    Parabéns, Prof.Josivan. Artigo que mostra benefícios atuais e futuros. Esperanças! Na saúde, importantíssimo o Hospital Universitário, esteio do estudo da Medicina. Tenho sempre atenção à LMECC, menina de meus olhos, mas na energia, sonho com a eólica instalada.

  2. Yaho jr diz:

    Se vossa senhoria fosse mais ajustado e nao tivesse colocado os pés pelas maos, tinha muito o que ajudar nessa cidade. Rifou o capital politico, como um senhor da construção civil da urbe está fazendo. Devia contratar um assessor político profissional (nada desses leões da chacara da velha politica que gosta tanto) para lhe dar umas direçoes.
    #ficaadica

    Ps – rosaria é uma desgr…mas comprou a city e seus “mau-m..ditos” parlamentaries

  3. Yaho jr diz:

    Merda…

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