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sexta-feira - 12/06/2015 - 20:48h
Apamim

MPF denuncia Laíre Rosado por desvio de recursos públicos

O Ministério Público Federal (MPF) em Mossoró denunciou o ex-deputado federal Laíre Rosado Filho (PSB) pelo crime de peculato. De acordo com a denúncia, em conluio com outros agentes públicos e empresários, Laíre Filho desviou recursos repassados pela União à Associação de Proteção e Assistência à Maternidade e Infância de Mossoró (APAMIM).

Laíre: MPF tem mais procedimentos (Foto: Web)

Para o MPF, o crime de peculato foi praticado por mais de 15 vezes e, juntamente com muitas outras irregularidades praticada pelo denunciado, ex-presidente da Apamim, são responsáveis pela situação de calamidade instalada na Associação.

“A situação de desmandos na Apamim perdurou até meados de 2014, quando a administração passou a ser desenvolvida por uma Junta Interventora. A intervenção judicial foi inicialmente instituída pela Justiça do Trabalho e posteriormente pela Justiça Federal, a pedido do MPF”, explica o procurador da República Emanuel de Melo Ferreira, que assina a ação.

Onze procedimentos

A utilização indevida dos recursos, liderada especialmente pelo denunciado, bem como outras irregularidades renderam aos gestores da Apamim, ao longo dos anos, o ajuizamento de uma outra ação penal e de duas ações civis públicas. Além disso, ainda tramitam no MPF em Mossoró 11 procedimentos administrativos que apuram as ilegalidades.

“Se sobrava dinheiro desviado, inegavelmente faltava para a aquisição dos mais singelos instrumentos de trabalho da unidade. O Auto de Infração nº 002576, emitido em 2014 pela Vigilância Sanitária do Município de Mossoró, noticiou a absurda reutilização de seringas na Apamim, assim como a inexistência de filtros de incubadoras.”

A denúncia do MPF destaca que, em pouco tempo de intervenção judicial, a entidade tem sido reestruturada aos poucos, conseguindo sanear os problemas e, inclusive, prestar um serviço qualificado à população. “Apamim, com os mesmos recursos de sempre, conseguiu fazer em poucos meses (setembro de 2014 até os dias atuais) o que nunca tinha feito em sua história: uma administração séria e transparente para, com isso, implementar um serviço de saúde eficiente no município de Mossoró”, enfatiza a denúncia.

Desvio

Em 1999, a Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) firmou convênio com a Apamim, com o objetivo de dar apoio financeiro para aquisição de medicamentos e material de consumo hospitalar, no valor de R$ 200 mil. Foram repassadas quatro parcelas iguais de R$ 50 mil, todas no ano de 2000.

Para praticar os crimes de peculato, o ex-deputado Laíre Rosado utilizava-se, em especial, de três modus operandi: a) “contratação de empresa X e pagamento posterior à empresa Y (desvio em proveito alheio); b) contratação e pagamento de bens e serviços diferentes daqueles permitidos no objeto do convênio (desvio em proveito alheio); e c) “contratação” de uma determinada empresa e posterior saque dos respectivos valores do pagamento pelo próprio denunciado, ante a emissão dos cheques em favor do Banco do Brasil (desvio em proveito próprio).

Os documentos contidos na prestação de contas apresentada pela Apamim e as cópias dos cheques efetivamente expedidos a débito da conta específica do convênio constam-se diversas falsidades ideológicas. Em muitos casos a empresa que, na prestação de contas consta como beneficiária da dispensa de licitação ou vencedora de algumas licitações não é a mesma que, nos cheques, aparece como destinatária efetiva dos recursos.

“Isso somente demonstra o indiscutível intuito do réu em promover o desvio dos recursos”, frisa a denúncia.

Com informações do Ministério Público Federal no RN – AQUI.

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Categoria(s): Administração Pública / Justiça/Direito/Ministério Público / Política

Comentários

  1. caninde do santo Antônio diz:

    E a operação Sangue suga???. E o que dizem barco perdido e bem carregado. Isso ai esse não falam naquele programa de radio as 12:00h. É um silêncio só.

  2. ROSANA diz:

    Vocês acham que essa família e a família dos Alves, fizeram fortunas só trabalhando honestamente? Esse é um dos motivos por Larissa ser tão rejeitada em Mossoró, a fortuna “estranha” da família.

  3. Alexey diz:

    Ahh novidade, que essas famílias tradicionais usufruem do dinheiro tirado do povo…
    A briga desse povo pelos contratos de hospitais não é por outro motivo, senão decidir quem vai controlar os repasses do governo federal…

  4. Airison diz:

    Qualquer um que desvie dinheiro público tem que pagar,deveria aproveitar essa reforma política e acrescentar leis que protegessem o cidadão de bem, punindo os verdadeiros bandidos, os ladrões que impedem o crescimento de toda uma nação.

  5. Marcos Pinto. diz:

    O Estranho é que a Rosana – que não é Rosana, fala em “estranha” fortuna da família ROSADUS atrelando-se unicamente na Larissa ROSADUS, se fazendo de lesada para omitir voluntariosamente a riqueza acumulada pela incompetente e desastrosa gestora Rosalba ROSADUS, que só com os salários de Prefeita, senadora e governadora jamais daria para ela e o marido comprarem quatro rádios AM – Rádios Tapuyo de Mossoró e de Alexandria, Rádio Centenária de Caraúbas e Rádio Gazeta de Areia Branca, e ainda mais o “Jornal de Fato”, além de imponentes edifícios residenciais. Faço remissão à célebre frase de repúdio do nosso saudoso Zé Roberto : “Homi, vá cagar ! “.

Trackbacks

  1. […] A entidade segue na mira do Ministério Público Federal (MPF), que recentemente imputou outra denúncia a Laíre Rosado (veja AQUI). […]

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