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sexta-feira - 18/04/2014 - 08:15h
Mundos parecidos

O árbitro e o juiz, o futebol e a política

Uma máxima do futebol atesta que quando o árbitro aparece muito, quem perde é o próprio futebol.

Na política, a proeminência do juiz mostra que algo vai muito mal com a política.

Mossoró é um atestado disso.

Sua elite política parece ter esgotado vasto repertório de espertezas. Não tem muito mais a apresentar, anda longe de atender às demandas da sociedade, respeitar princípios da democracia e de fazer da política um fim – e não um meio de vida.

Sinceramente, não devemos xingar o magistrado. O árbitro, aqui e acolá, não tem como escapar da força do hábito das arquibancadas.

Como no futebol, na política sempre existem os insatisfeitos, até porque é mais fácil arranjar culpados do que aceitar suas próprias fraquezas, limites e deslizes.

O futebol sempre tem o que nos ensinar. A política ainda nos fará aprender muito.

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Categoria(s): Artigo / Opinião da Coluna do Herzog

Comentários

  1. Samir Albuquerque diz:

    É de impressionar a falta de bom senso de certas pessoas…
    Vi esses dias ofensas a pessoa do magistrado que me deixam a pensar os motivos de tanta indignação.
    Se revoltam por crerem mesmo de que o juiz foi injusto ou porque estão vendo a “boquinha” com que zombavam da cara dos contribuintes indo embora?
    Sinceramente, me parece que a segunda é a resposta. Aqueles mais inflamados, dos que vi, ou perderam esta “boquinha” ou alguém próximo perdeu, bem como no futebol, onde costumamos reclamar do arbitro quando sentimos que nosso time foi prejudicado, mesmo que o arbitro não tenha culpa da violência e atitudes do time, em desrespeito às regras do jogo.
    Só esquecem alguns, que não estamos no futebol e não estamos falando de um arbitro, mas sim de um juiz leitoral, representante da Justiça Eleitoral e que, se a ofensa a honra de um arbitro já é naturalmente grave, a ofensa a honra de um juiz eleitoral é bem mais seria, isto porque, não apenas atinge a si e/ou a sua família como alguns que tenho visto, mas também, a própria Justiça Eleitoral e a Constituição.
    E ainda terminam dizendo que dizem o que quiser e que ninguém pode impedir. Até pode ser verdade, mas, as consequências jurídicas, com repercussão civil (No bolso) ou até penais (restrição a direitos e outras penalidades como multa) podem mostrar que tal direito não é absoluto e abrir a boca para falar asneiras de quem cumpre seu papel constitucional pode ser, dicamos assim, desconfortável.

  2. naide maria rosado de souza diz:

    Carlos. Ontem, estive aqui tantas vezes que perdi a conta. Queria saber, por fonte fidedigna, o resultado dessa contenda sem fim que abala Mossoró. Vi-me ansiosa atrás da decisão de digno juiz, a quem em nenhum momento ofereço crítica. Cheguei ao entendimento da “proeminência do juiz” na questão política.
    Volto a considerar aquilo que disse há algum tempo. A ingerência do Judiciário no Legislativo e no Executivo. Lembro que a relevância do Judiciário chegou a tal ponto de o povo querer o Ministro Joaquim Barbosa candidato à presidência do Brasil e no povo, estava eu.
    Preciso ressaltar, no entanto, que os trâmites judiciais que desaguam nos resultados levaram estes últimos a eclodir em cima da hora de uma eleição no segundo município do RN.
    Reforço a presença da espada de Dâmocles sobre quase todas as cabeças dos candidatos, até o último instante.
    Por mais incrível que pareça a tensão chegou em mim. Posso dizer que a aflição por Larissa tenha sido a maior. Temos o mesmo sangue. Além disso, meu padrinho amado, avô de Larissa, é Vingt Rosado, cuja lembrança não sai de meu coração. Não falo sobre a admiração que tenho por ela para não parecer que é por conta dos laços familiares. Sorte a pouca idade de Larissa porquê há, a sua frente, vasta estrada a ser percorrida. Sofri por Cláudia Regina, minha Rainha, corajosa e determinada, que conquistou o meu afeto, bem-querer.
    Agora, sofro pelo povo. Um povo que ainda não sabe em quem vai votar. Pelo que sei há ainda possibilidades de mudanças.
    Então, se temos que aprender com a política que este acontecimento não se repita. E, se, de algum modo o Judiciário continuar , assim, tão necessário aos outros poderes, que haja um modo mais célere de proceder.

  3. Hermiro Filho diz:

    Temos que conviver com tantos recursos (constituição brasileira) podendo na maioria das vezes prescrevermos o delito.
    Convivemos com esse mal diariamente.
    Juízes e promotores não tem culpa, simplesmente cumprem a lei.
    Fazer o quê.

  4. Nizinho diz:

    Infelizmente para que um POLÍTICO seja considerado FICHA SUJA criaram ( OS POLÍTICOS CORRUPTOS )tantas APELAÇÕES JUDICIÁRIAS que podem se dar ao LUXO de deixar aos TRINETOS oxalá a herança de saber quão SUJO foi seu TRIAVÒ!

  5. COLLINS AQUINO diz:

    CARO AMIGO CARLOS SANTOS, COMO VOCÊ EXEMPLIFICOU O FUTEBOL, NO JOGO VASCO E FLAMENGO, ARBITRO DA PARTIDA ERROU, (TODO MUNDO VIU SÓ ELE NÃO) PREJUDICANDO O VASCO. AÍ EU PERGUNTO; NA POLÍTICA DE MOSSORÓ, O JUIZ NÃO ESTÁ ERRADO E PREJUDICANDO CLAUDIA REGINA ? ….. A JUSTIÇA OBRIGA O CIDADÃO A SAIR DE CASA PARA VOTAR E ELEGER OS GOVERNANTES, DEPOIS NÃO ACEITA A ESCOLHA DO POVO. JUIZ ACERTA SEMPRE ? QUEM PODE ME RESPONDER ?

    • Carlos Santos diz:

      NOTA DO BLOG – Collins, bom dia. O juiz não acerta sempre. Às vezes, podemos nos deparar com aqueles que costumam errar muito e existem os que agem com má-fé. Mas para isso existem as escalas recursais, as chamadas “instâncias” do Judiciário. No caso de Msosoró, os juízes locais tomaram decisões que foram ratificadas em sua grande maioria pelo TRE, a segunda instância. Houve situações em que até inocentaram as candidatas Cláudia Regina e Larissa Rosado, mas o TRE terminou as condenando. Aì tem-se que perguntar se o TRE acerta sempre, ou erra sempre? E ainda temos o TSE. Lá existe outro colegiado que tem poder final de julgamento. Abraços

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