A aprovação do projeto que altera legislação sobre o ICMS não é uma vitória apenas de 148 dos 167 municípios do Rio Grande do Norte.
É uma vitória pessoal do prefeito de Lajes, Benes Leocádio (PP). Mais ainda.
É algo emblemático e revela um paradigma, num tempo em que o comum é gestor público choramingar miséria e andar com pires à mão. Ele, mostrando liderança, fez acontecer. Foi à luta, alterou o curso da história e a cultura das lamúrias.
O movimento desencadeado por Benes, através da Federação dos Municípios do RN (FEMURN), levou a Assembleia Legislativa (veja matéria abaixo) a mexer com o que parecia imutável. Bateu de frente com gigantes, caso da Prefeitura do Natal.
O papel cumprido por Benes deixa clara a diferença entre quem lidera e quem chefia. O primeiro conduz, o segundo manda (e nem sempre é atendido).
Claro que o projeto que se transformará em lei não é a panaceia. Não vai sanear ou minimizar a crise quase que perene na maioria dos município. Porém prova que muito pode ser feito com boa articulação e ideias.
Chega de chororô. Agentes públicos precisam sair da cadeira giroflex e pensar além do convencional.
Benes mostrou como se faz.
Este Sr. Benes mostrou que fazer política não é só ficar sentado numa cadeira em uma sala fria, ao lado de um computador e cercado de babões esperando ordens, pensando que são os donos do “pedaço”. Agora uma coisa há de se analisar: mais dinheiro nos cofres dos pequenos municípios, irá de fato, resolver os problemas dos seus munícipes, ou a conta bancária dos seus “administradores”??
Muda apenas o destino do dinheiro dos contribuintes. A roubalheira do dinheiro público continua como sempre vem acontecendo: com a certeza da impunidade. Continua tudo como dantes no quartel de Abrantes.