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sábado - 12/05/2018 - 08:40h
Política e mídia

O poder letal da “ditabranda”

Num editorial publicado em sua edição do dia 17 de fevereiro de 2009, sob o título “Limites a Chávez”, com críticas ao endurecimento do regime discricionário do Governo Hugo Cháves na Venezuela, o jornal Folha de São Paulo utilizou o termo “ditabranda” (aglutinação das palavras ‘ditadura’ e ‘branda’) para compará-la com o regime militar brasileiro (1964-1984).

Na avaliação do impresso, o Brasil teria abrigado uma ditadura “branda” (ou seja, amena), que bancou o funcionamento das instituições de estado e da sociedade como um todo, sem maiores excessos, ao contrário da crescente asfixia imposta pelo ditador venezuelano ao seu país.

Agora, com as recentes revelações de que os presidentes militares brasileiros Ernesto Geisel e João Batista Figueiredo transformaram o assassinato de inimigos do regime numa política de estado (veja AQUI), como o jornal avalia seu disparate?

* A expressão ditabranda surgiu na Espanha (“dictablanda”) nos anos 30, em pleno regime ditatorial do general Dámaso Berenguer. Vendeu a imagem de que seu governo era mais flexível do que o de seu antecessor, o general Primo de Rivera, tido como violento. Entretanto, oficialmente promoveu mais penas de morte do que Rivera.

Nota do Blog – Toda ditadura é nojenta. De direita à esquerda e vice-versa. Não existe ditadura boa.

Todo poder absoluto tende a agir sem limites. A palavra “ditadura” tem origem latina (‘dignidade de magistrado ou regente supremo, dignidade do ditador’), definindo manifestação de poder nascida na república romana.

O ditador era escolhido pelo cônsules (colegiado de maior poder nessa fase), tendo um período específico (a princípio eram seis meses) para agir em defesa da preservação da república em momentos delicados como revoltas internas ou cerco inimigo. Mas com o passar do tempo se transformou no que conhecemos hoje.

“O poder corrompe e o poder absoluto corrompe absolutamente” (Lord Acton).

Leia também: Cai a máscara.

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Categoria(s): Comunicação

Comentários

  1. fernando diz:

    Coxinha:” Elemento da classe média”,verdadeiro capitão-do mato, o pau-mandado da lasse dominante.Sonha sempre em ser elite, mas está sempre pronto pra bajular, chalrá aclasse dominante.Pra agradá-la, o coxinha,passar a defender, golpes,tortura, ditadura chegando ao ponto de defender a volta de ditadores ao poder.

  2. Marcos Pinto. diz:

    Nasce Daí o meu nojo abissal ao candidato Nazifascista e psicótico Bolsonazi, defensor abjeto do estupro e da negra e funesta Ditadura Militar. Vade retro satanás !.

    • Amorim diz:

      -“Nasce Daí o meu nojo abissal”, por TODOS os canidatos a clarear nosso suado numerário.
      Bom dia.
      Tião e Simão também manda estimadas considerações.

  3. Marcos Pinto. diz:

    O pior é que ainda existe uns meliantes que defendem ardorosamente a macabra e asquerosa Ditadura Militar às escâncaras, com um cinismo de fazer inveja ao mais detestável dos psicóticos do Hitlerismo, sendo certo que este chegava a atingir o orgasmo ao aplaudir insanamente o maluco Hitler. Xô satanás !.

  4. João Claudio diz:

    Lembrando que, durante a ditadura, o alcagüete Lula da Silva era carinhosamente chamado pelos militares pela alcunha de ‘O Barba’.

    Fato, fato e fato.

  5. François Silvestre diz:

    Houve dois encontros de Lula com Golbery do Couto e Silva, promovidos pelo Cardeal Evaristo Arns. Lula nunca negou isso. Nem dedurou ninguém. Quando isso aconteceu, no cansaço da Ditadura, os chamados “linha dura” ficaram furiosos e prometeram reagir. Golbery explicou: “Durante duas décadas nós combatemos o getulismo sem sucesso. Esse barbudo, lá do ABC, está fazendo o que não conseguimos. Vamos deixá-lo à vontade, depois veremos o que fazer”. Foi assim. Isso foi divulgado e ninguém desmentiu. Ninguém. Nessa época, Lula jurava que não queria ser político nem participar de partido político. O que veio depois é o que aí está. Uns berram e outros rincham. O problema é afinar o ouvido para cada som, sustenido de cada amor ou ódio.

  6. FRANSUELDO VIEIRA DE ARAÚJO diz:

    Oportuno não esquecermos, que, sem o apoio seja das Sports Press da vida, bem como mui especialmente da nossa magnânima, isenta, democrática e gloriosa imprensa escrita , falada e televisada, seja pelo fato da omissão, manipulação dos acontecimentos, assim como da cumplicidade e (ou) conveniência política/ideológica a “ditabranda” jamais teria durado duas décadas.

    Nesse contexto, peço Vênia ao nosso ilustre articulista, Sr. FRANÇOIS SILVESTRE, que não escreve por ouvir falar, mas, sobretudo por ter, de maneira direta e (ou) indireta vivenciado os acontecimentos e ocorrências em nossos tempos de chumbo,os quais, ao longo da nossa história, foram sabidamente omitidos e manipulados pela nossa venal e ignorante imprensa, só vindo á tona, quatro décadas após, através de documentos disponibilizados pela matriz dos torturadores e mantenedores das muitas DITADURAS PATROCINADAS, sobretudo no cone sul, se não vejamos:

    “Houve dois encontros de Lula com Golbery do Couto e Silva, promovidos pelo Cardeal Evaristo Arns. Lula nunca negou isso. Nem dedurou ninguém. Quando isso aconteceu, no cansaço da Ditadura, os chamados “linha dura” ficaram furiosos e prometeram reagir. Golbery explicou: “Durante duas décadas nós combatemos o getulismo sem sucesso. Esse barbudo, lá do ABC, está fazendo o que não conseguimos. Vamos deixá-lo à vontade, depois veremos o que fazer”. Foi assim. Isso foi divulgado e ninguém desmentiu. Ninguém. Nessa época, Lula jurava que não queria ser político nem participar de partido político. O que veio depois é o que aí está. Uns berram e outros rincham. O problema é afinar o ouvido para cada som, sustenido de cada amor ou ódio.”

    Ainda, nesses tempos estranhos, sombrios e oprobrioso que estamos a vivenciar, infelizmente, temos que aturar figuras doentias e fascistas como esse dito comentarista político das trevas, chamado Sr. JOÃO CLÁUDIO a vomitar inverdades na manifesta e vã tentativa – mais uma vez -, de criminalizar _ TAL E QUAL SEU ÍDOLO DE BARRO, O SIMULACRO DE JUIZ CHAMADO SERGIO PARANHOS FLEURY MORO -, sobre o maior líder político brasileiro já conhecido.

    Ôooo Sr. JOÃO CLAUDIO tenha um mínimo de senso do ridículo, tome um pouco de semancol e, por favor recolha-se à sua reconhecida insignificância, pois se efetivamente queres publicamente apoiar a tortura política e ideológica (CLARO CONTRA QUEM VOSSA SENHORIA ENTENDE COMO INIMIGOS, TÃO SOMENTE PELO FATO DE PENSAREM DIFERENTE DE TI) sem maiores receios, pelo menos haja sem muitos subterfúgios com faz, o o seu outro ídolo de Barro de nome BOSTONAURO, e, não fique, de forma patética-, tentando criar factoides retroativos aos acontecimentos pertinentes ao período da DITADURA MILITAR DE 1964…!!!

    Um baraço

    FRANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO.
    OAB/RN. 7318.

  7. João Claudio diz:

    Eu li o livro ‘Assassinato de Reputações – Um Crime de Estado’, publicado pela Editora Topbooks, e não tenho conhecimento de que Lula, digo, O Barba tenha contestado o seu teor.

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