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sexta-feira - 07/02/2020 - 11:07h
Operação Níquel

Oficial da PM e mais 11 são denunciados por contrabando

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou, nesta quinta-feira (6), o tenente-coronel da PM do Rio Grande do Norte André Luis Fernandes e mais onze integrantes de organização criminosa (Orcrim). Eles seriam responsáveis pelo contrabando aquaviário de cigarros do Paraguai para diferentes regiões do país. Trata-se de desdobramento da “Operação Níquel”, deflagrada mês passado.

Fernandes: política e crime, diz o MPF/RN (Foto: arquivo)

Também estão entre os denunciados o policial militar reformado Sildaire Gregório da Silva (“Sid”) e o cabo da PM/RN Aldenir Garcia Silva (conhecido como “Careca”).

Outro integrante apontado como líder do grupo é Assaf Elias Assaf (conhecido como “Gringo” ou “Libanês”). Com base em Foz do Iguaçu/PR, ele era responsável pelo financiamento e coordenação do fornecimento de cigarros. Os demais denunciados são: Leonardo Aparecido do Vale, Julierme Rodrigues de Souza, Thiago Bruno de Queiroz, José Raimundo Correa Moraes (“Pescada”), Tony Edson Ramos Agostinho Silva, Luciana de Souza Araújo Silva, Jardson da Silva (“Gago”) e Rameca do Nascimento Silva.

Eles devem responder pelo crime de organização criminosa armada (Art. 2º da Lei 12.850/2013), com pena de reclusão de três a oito anos, agravada pelo uso de armas de fogo e envolvimento de funcionários públicos. A pena do tenente-coronel Fernandes ainda é aumentada pelo papel de liderança da Orcrim. O grupo também é denunciado pelo crime de contrabando (Art. 334-A do Código Penal).

A denúncia tramita na 2ª Vara da Justiça Federal no RN, sob o nº 0800675-70.2020.4.05.8400.

Núcleos

Segundo o MPF, o grupo era dividido em dois núcleos de atuação. O primeiro operacionalizava o escoamento, escolta e guarda dos produtos contrabandeados. Já o segundo núcleo realizava as operações financeiras para ocultar a origem e destino dos recursos.

A investigação – com base em interceptações telefônicas, conversas em aplicativos de mensagens e planilhas financeiras – revelou a “plena estabilidade, clara divisão de tarefas e busca de perenidade na atuação da organização criminosa, que se valia do emprego de armas de fogo, de atuação transnacional e da participação de servidores públicos.”

Leia também: “Operação Níquel” prende quadrilha de negócios milionários;

Leia também: Tenente-coronel preso hoje quase foi deputado estadual.

Dados obtidos no Inquérito Policial dão a dimensão da Orcrim: em aproximadamente 18 meses, foram movimentados mais de R$ 16 milhões, por intermédio de pessoas físicas e jurídicas.

Noutro episódio, na tentativa de recuperar uma carga roubada em alto-mar, em 2017, o grupo chegou a alugar um helicóptero para essa finalidade.

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Categoria(s): Justiça/Direito/Ministério Público / Segurança Pública/Polícia

Comentários

  1. Q1naide maria rosado de souza diz:

    Olhe ao seu lado de jeito abrupto…
    pode, ou não,encontrar um desafeto…
    mas algo é absolutamente correto…
    haverá, sem dúvidas,um corrupto…

  2. João Claudio - Já é carnaval 'Olha a cabeleira do Zezé, será que ele éeee...!' diz:

    Se condenassem e colocassem esses bandidos em Alcaçuz e em celas comuns, junto aos leões famintos, os policiais iam pensar ‘centas’ vezes em participar da banda podre da polícia.

    Como a prisão é em apartamentos em quarteis com direito a 4 ranchos diários, TV, Internet, muié pra fudê e água gelada, a bandidagem continuará sendo a mesma, com um agravante: Esse tipo de bandidos veste farda e usa armas com a autorização dos seus superiores.

    Já se foi o tempo em que o cidadão aflito e acuado por bandidos chamava a polícia, imaginando que estaria a salvo.

    Há exceções? Há! Difícil é distinguir a banda sadia da banda podre. Difícil, mesmo.

  3. François Silvestre diz:

    O “quase foi deputado” é uma pérola a favor dos políticos. Em tendo sido seria por isso. Em não sendo político foi o que é. Merece o beneficio da dúvida. Como qualquer cidadão. O que me assusta é a quantidade de homicídios no interior do Estado sem inquéritos conclusivos e sem inteligência de prevenção. Há uma frase nos botecos do sertão: “tem gente forte na folha de pagamento das gangues”. Corregedoria da polícia deve uma explicação.

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