Ele promete formalizar denúncias mesmo das eleições em outubro.
Veja abaixo:
JPC – O que foi encontrado até o momento?
EMC – Nas contas bancárias da Câmara de Mossoró, por exemplo, foram encontrados vários problemas: emissão de cheques sem provisão de fundos, saques de diversos valores feitos na boca do caixa; compensação de cheques sem a devida comprovação da despesa. Processos licitatórios irregulares também estão configurados.
JPC – Qual a previsão para que o MP ofereça denúncia dos envolvidos à Justiça?
EMC – É importante que a sociedade entenda que, apesar da aparente morosidade, a velocidade para esse de tipo de apuração é normal e está rigorosamente dentro do cronograma pré-estabelecido. Não se pode afirmar uma data. Nós trabalhamos com metas e, de acordo com o cronograma, o MP deverá se pronunciar a esse respeito antes das eleições. Até mesmo por uma questão estratégica e de sigilo não devemos antecipar a data exata de quando isso vai acontecer. Mais uma vez, asseguramos que será no decorrer dessas eleições. A corrupção viola os limites legais, mas o combate à corrupção terá que ser rigorosamente dentro da lei.
JPC – Essa demora não irá afetar as eleições?
EMC – A sociedade tem todo o direito de cobrar resultados e entendemos a ansiedade de todos. Entretanto, o MP reconhece que o trabalho é sério e criterioso. Não pode ser baseado em indícios e, sim, com provas. Pela própria complexidade da investigação de um órgão como a Câmara, que jamais observou o princípio constitucional da publicidade e sempre criou obstáculo para a transparência, é necessária a cautela. O eleitor vai ter a oportunidade de saber ainda em tempo hábil os resultados da investigação. Enquanto eleitor eu também gostaria de ter esse conhecimento.
Aguarde a terceira e última parte dessa entrevista, concedida com exclusividade ao Jornal Página Certa.
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