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terça-feira - 19/12/2017 - 07:58h
Aprendamos

Os ingleses e sua “estranha” justiça

Da BBC (Londres, Inglaterra)

Em 2003, um deputado inglês chamado Chris Huhne foi pego por um radar dirigindo em alta velocidade. Pra não perder a carteira, pois na Inglaterra é feio uma autoridade infringir a lei, a mulher dele, Vicky Price, assumiu a culpa.

O tempo passa, o deputado vira Ministro da Energia, o casamento acaba, a Vicky decide se vingar e conta a história pra imprensa. Como é na Inglaterra, o tal do Chris Huhne é obrigado a se demitir, primeiro do ministério e depois do Parlamento.

Huhne e Vicky: xilindró e multas (Foto: BBC)

Acabou a história? Não, não acabou aí.

Na Inglaterra é crime mentir para a Justiça e ontem a Justiça sentenciou o casal, envolvido na fraude do radar, em 8 meses de cadeia pra cada um. E vão ter de pagar multa de 120 mil libras, uns 500 mil reais.

Segredo de Justiça?

Nem pensar. Julgamento aberto ao público e à imprensa.

Segurança nacional? Nem pensar, infrator é infrator. Privilégio porque é político? Nadica de nada!

“Conspiração”

E o que disse o Primeiro Ministro David Cameron quando soube da condenação do seu ex-ministro: “É uma conspiração da mídia conservadora para denegrir a imagem do meu governo”. Certo? Errado.

O que disse o Primeiro Ministro David Cameron acerca do seu ex-ministro foi o seguinte: “É pra todo mundo ficar sabendo que ninguém, por mais alto e poderoso que seja, está fora do braço da lei”.

Estes ingleses são um bando de botocudos. Só mesmo nesses paisinhos capitalistas europeus um ministro perde o cargo por mentir para um guarda de trânsito.

Porque aqui sim,  neste maravilhoso paraíso chamado Brasil, a primeira lei que um guarda de trânsito aprende é saber com quem está falando.

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Categoria(s): Política / Só Pra Contrariar

Comentários

  1. Samir Albuquerque diz:

    Pois é meu amigo, pais serei é outra coisa… E digo mais, os ingleses construiram um dos maiores impérios da historia, dominaram os mares, foram responsáveis pela revolução industrial e científica, enfrentaram duas Grandes Guerras, em sua maior parte praticamente sozinhos e as guerras napoleônicas com o bloqueio do continente europeu, e ainda assim venceram.

    Vale lembrar que USA só entram na guerra depois do ataque Japonês pearl harbor; os franceses em sua maior parte – com destaque para a institucional – se curvaram a dominação nazista (Governo de Vichy) e, os que não se renderam,eram poucos e dependiam dos ingleses praticamente em tudo, além de outros focos de resistência em países ocupados ou pequeno numero de homens que fugiram para a ilha da Rainha, os quais só voltariam a pisar no solo continental europeu no dia D.

    Não é que lá não tenha corrupção ou picaretagem, não é isso. Como a própria matéria mostra, sempre tem um “espertinho” tentando se dar bem. Só que lá, em vez de cá, quando este é pego, não se diz que “tem de manter isso ai.”, antes se expurga esse tal da vida política – no caso -, não se tolera nem se aceita comprar a manutenção em cargo ou a criação de novas leis para a proteção do infrator/criminoso.

    Lembro que, certa feita, por ocasião do atroz atentado contra o Charlie Hebdo em 2015, escrevi um texto exaltando os valores franceses, com destaque para o valor que lá se dá à liberdade de expressão. Lembro a linda marcha pelas ruas de Paris e lamento como nosso povo prefere os maus exemplos aos bons. Em vez de estarmos imitando os Ingleses, franceses e Japoneses, parte busca avidamente imitar os Venezuelanos e cubanos, Stalins e Maduros, enquanto em outro extremo temos fãs de Castelos Brancos, Costa e Silva e afins.

    Triste fim o nosso! Triste fim.

  2. João Claudio diz:

    Um ‘salve’ para o Samir e dois ‘likes’ ✌ ✌ ✌ para o seu comentário.

    Ah, Salve a Rainha, também.

    • João Claudio diz:

      A diferença entre a Inglaterra e demais países sérios/educados/civilizados, e o brasil, é a mesma diferença entre a água potável e o vinagre. Beba os dois, um de cada vez, e saberás.

  3. Amorim diz:

    Corrigindo: brasil.

  4. Inácio Augusto de Almeida diz:

    Aqui todos se lembram quando o Capitão Styvenson abordou Henrique Alves, que se recusou a fazer o teste de bafômetro, e reteve a CNH do hoje preso na Academia de Polícia do RN.
    Styvenson foi afastado da função e a CNH devolvida ao Henrique Alves.
    Em Tibau o então vereador Tomaz Neto se recusou a fazer bafômetro, foi levado a uma delegacia e em seguida liberado.
    Pergunto se algum dos dois pagou alguma multa. Pagou?
    Se fosse um pagador de impostos que se recusasse a fazer teste de bafômetro…
    Se a multa teria que ser paga? KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
    Até quando o povo suportará tanta humilhação caladinho?

  5. Rivaldo diz:

    No Brasil, criaram a cultura de se dar muito mais valor a uma estória bem contada em detrimento da verdade. Poderíamos começar a mudar essa cultura pelo exemplo que o judiciário e MP deveriam dar nos autos dos processos pátrios. Não é incomum uma acusação com base em ficções. A mentira dolosa e que cause prejuízo a outrem deveria ser criminalizada. Não só contra o cidadão comum, mas, sobretudo contra agentes públicos que inventam estórias com o fim de incriminar ou prejudicar alguém. Afinal, se os agentes públicos podem mentir, porque o cidadão comum não poderia também?

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