Por François Silvestre
Nos últimos meses, sem exceção, todo dia a mídia divulga uma operação da PF, ou uma denúncia do MP, ou uma sentença da Lava Jato. Todo dia que deus dá. Nos últimos três dias, essa rotina mudou.
Se houve alguma operação, denúncia ou sentença ninguém tomou conhecimento.
Por quê?
Porque a metrópole foi a produtora da notícia. E as notícias da colônia são secundárias quando a metrópole produz notícia. A metrópole jogou mísseis na Síria. Pronto. Não teve outro assunto durante três dias e a Lava Jato sumiu do mapa. vai voltar?
Depende do que acontecer na metrópole. Se a metrópole aquietar-se, a colônia provinciana mostrará a cara. Caso contrário, os holofotes são da metrópole.
A síndrome das caravelas nos persegue. E o alvoroço no Quartel de Abrantes só não vai avante porque não é interesse da metrópole.
Nem mostra êxito na Rocinha.
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A esquerda petista detestava Gilmar Mendes, que agora virou ídolo dos “companheiros”. O tucanato detestava e desconfiava do ministro Fachin, pois o mesmo fora advogado do PT. Agora, Fachin virou herói dos tucanos e algoz do petismo. A direita furibunda morria de amores por Raquel Dodge, que impunha rigor contra acusados da esquerda. Agora, a mesma direita cospe ódio contra a procuradora por conta de sua reprimenda a um dos Bolsonaros, a família símbolo do fascismo tupiniquim, que ameaçou agredir uma jornalista. A agressão se deu porque a jovem desmentiu a pabulagem do deputado, negando que fosse sua namorada. Tudo isso num cenário de avacalhação e subnutrição cultural que assola o país. Muito mais risível do que o Febeapá de Stanislaw Ponte Preta.
Tião e Simão; não esqueço.
Ass: ignorante desconhecido.
Vai piorar. A anarquia está prestes a brotar.
Anote.
Amorim e João. Brigadão.