• Cachaça San Valle - Topo - Nilton Baresi
segunda-feira - 26/01/2015 - 23:57h

Pensando bem…

“A sorte combate sempre do lado do prudente.”

Eurípedes

Compartilhe:
Categoria(s): Pensando bem...

Comentários

  1. Inácio Augusto de Almeida diz:

    Aos que lerem esta notícia e este comentário peço que mandem e-mails ao MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, CNJ, FALE COM A PRESIDENTA, SENADO E CÂMARA FEDERAL.
    Um fato como este não pode ficar perdido no meio de milhares de outros comentários.
    Só depende de nós mudar este quadro que envergonha a todos os homens de bem deste país.

    • Inácio Augusto de Almeida diz:

      CLARO QUE ESTE TRECHO DE UM COMENTÁRIO FOI AQUI POSTADO POR ENGANO.
      NA REALIDADE SE REFERE A UM COMENTÁRIO SOBRE SEGURANÇA PÚBLICA E QUE PODE SER LIDO NESTE BLOG.
      ////
      QUANDO SERÃO JULGADOS OS RECURSOS SAL GROSSO?

  2. naide maria rosado de souza diz:

    A SORTE DO NÚMERO 24.
    Estudei num colégio de freiras. Tenho boas lembranças. Vez por outra, acontecia algo inusitado . Nossa professora de Português chamava-se Mère Anunciação. Ela dava aulas com uma caixinha sinistra, cheia de números, correspondentes a cada aluna. Era eu a de n° 24. A cada aula, o 24 era chamado e ouvia-se da exigente, mas querida, Mère Anunciação : ” 24, o que acabei de falar?” Precisava estar muito atenta para responder o que havia sido explicado . No início, cada vez que o meu número era sorteado, a turma dava uma risada por conta de sua conotação. Depois, pela repetição, aquilo deixou de ser novidade e ninguém mais ria. E, as aulas prosseguiam com : ” 24, o que acabei de falar? ” Certa vez, já cansada de não poder piscar, ao ouvir o meu número, respondi o que acabara de aprender e perguntei , bem formalmente, se poderia fazer uma pergunta. Ela disse, imediatamente, sim. Então, falei docemente: Mére Anunciação, será que depois de a senhora me sortear, poderia tirar o meu número da caixinha? Ouviu-se a voz de um trovão : “Rosado, fora de sala”.
    Ser expulsa de sala de aula era penalidade grave, só perdia para a suspensão do Colégio.
    Como eu não era mal comportada, a punição ficou por isso mesmo diante de meu pedido de desculpas. Bem, tudo continuou na mesma e o 24 sempre o número da vez. Detalhe: as minhas respostas eram dadas em pé, mal sentava, precisava levantar.
    Houve um dia em que, não sei por qual motivo, me exasperei. Estava sendo sorteada quase seguidamente. Primeiro pensei em ficar em pé de uma vez. Claro que ela iria questionar. Então, eu diria…é para facilitar.
    Mas, na hora H, espontaneamente, brotou a ideia. Mère Anunciação, após explicar algo, pediu um favor a aluna e amiga, Helena Simas. Em seguida: “24, o que acabei de falar?” Respondi: Simas, por favor, feche a janela ao seu lado”. Ouviu-se o maior dos trovões : “Rosado, fora de sala. Na próxima, suspensão.”
    Voltou tudo à estaca zero, após minhas desculpas. E continuei sorteada a todo instante. E, no ano seguinte, também!
    Houve um concurso de Redação naquele ano, o seguinte, sobre o Dia do Mestre. Por acaso, ganhei o prêmio patrocinado por uma enciclopédia. Já naquela época, entendi o quanto valeu ser sorteada, tantas vezes, nas aulas de português.
    Vinte anos depois, já com meus três filhos e advogada fui chamada para uma homenagem no Colégio, pois a mesma enciclopédia fizera concurso idêntico e as redações vencedoras seriam comparadas. Foi uma festa linda, havia trechos do que eu escrevera por toda parte.
    A melhor hora foi quando encontrei Mère Anunciação. Bem idosa, caminhando lentamente, me recebeu com um abraço muito afetuoso e tive a oportunidade de dizer-lhe que a minha nota de português havia proporcionado minha aprovação na melhor Faculdade de Direito do Rio de Janeiro. Que eu agradecia aqueles sorteios frequentes , com certeza, causadores do acesso àquela Faculdade. Mère Anunciação já não lembrava da caixinha…nem do número 24. Entendi e chorei.

  3. João Claudio diz:

    Bela retrospectiva, Dona Naide.

    Eu cheguei a ser ameaçado de levar palmatória nas mãos por uma professora durante uma aula ”particular”, hoje chamada de ”aula de reforço”. Na época, eu fiquei envergonhado diante dos colegas presentes, e furioso com a atitude da professora. A professora era Dona Maria Clotilde. As aulas de matemática aconteciam na residencia dela, lado direito da União Caixeiral. Na faixada da casa, havia uma placa onde se lia, ”Aqui morou um abolicionista”. Eu morava ali pertinho, na rua Dr. Almir de Almeida Castro, quase em frente ao Horto Florestal.

    Hoje eu sei o quanto foi importante o regime austero dos professores daquela época enquanto ensinavam a aqueles que seriam no futuro, os doutores e as cabeças pensantes deste país. Eu não sou um deles rsrsrs mas sinto orgulho em ter aprendido muito durante toda a minha vida escolar. Do jardim de infância, a faculdade. Confesso que não escrevo bem. Uma falha minha. Dai, alguns erros em meus comentários.

    Hoje, no mundo moderno, como dizem os jovens, os professores não tem moral alguma com os alunos. Não culpo os professores. Os alunos é que são totalmente diferentes dos de outrora.

    Antigamente todos queriam estudar/aprender, e a palavra de ordem era “querer ser gente no futuro”, frase essa muito comum a época. Estudar era uma obrigação dos filhos, e uma imposição dos país. Imposição MESMO. Uma única nota baixa durante as provas mensais, significava o corte do dinheiro para pagar o ingresso para assistir ao vesperal (filme durante a tarde ) do domingo no Cine Pax. Um castigo terrível, haja vista que na época não existia TV.

    Hoje, a maioria dos pais não estão nem ai, e a maioria dos filhos, pior ainda.

    Acabou-se o velho bordão ”meu filho vai estudar para ser gente”, ou, ”eu vou estudar para ser um doutor”. Para ambos, pais e filhos, o mais importante hoje é ganhar dinheiro. Estudando, ou não. Não importa a forma de como o dinheiro é ganho. O importante é ganhar, comprar uma moto ou um carro, equipa-lo com um som potente, possuir um celular de ultima geração (para não ficar fora de moda, dizem), tatuar o corpo, uns trocados para ir a shows de forró, (teatro, nem pensar), poupar dinheiro, nem morto(a) e…FIM!

    O estudo? Aaaaah…. isso fica em segundo, ou em até terceiro plano. Para a maioria, em plano nenhum.

    Estão hoje nas ruas frequentando shows, barzinhos, baladas, vaquejadas, shopping’s, ou fazendo uso ininterruptamente do whatsapp, AS FUTURAS ”cabeças pensantes/gênios/inventores/intelectuais/ criadores/industriais/comerciantes bem sucedidos e doutores’ do Brasil das próximas décadas.

    Acredite se quiser rssrsrs

    E assim caminha a pátria de chuteiras.

    • naide maria rosado de souza diz:

      Sim, João Cláudio, eis a realidade em suas palavras. Tudo muito diferente, agora. Só podemos lastimar. Passei para os meus filhos a forma de aprender e eles responderam bem. Resultado de minha sorte. Resultado de ser o 24, número que me favoreceu. Um abraço.

Faça um Comentário

*


Current day month ye@r *

Home | Quem Somos | Regras | Opinião | Especial | Favoritos | Histórico | Fale Conosco
© Copyright 2011 - 2024. Todos os Direitos Reservados.