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quinta-feira - 01/09/2016 - 11:41h
Impeachment fatiado

PMDB quer beneficiar Cunha com decisão que ajudou Dilma

Do Congresso em Foco

decisão do Senado de cassar o mandato da presidente Dilma Rousseff (PT), mas manter seus direitos políticos, terá consequências no julgamento do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), cujo mandato pode ser interrompido na Câmara por quebra de decoro parlamentar, em votação marcada para 12 de setembro.

Anunciada na sessão final do impeachment, a interpretação do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, de fatiar a decisão em duas, para votação separadamente – uma, cassar o mandato de Dilma; a outra, suspender seus direitos políticos – também será utilizada pelos aliados de Cunha para tentar livrar o parlamentar da perda dos direitos políticos por oito anos após sua cassação.

O líder do PMDB no Senado, Eunício de Oliveira (CE), nega que a orientação do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a favor da manutenção dos direitos políticos de Dilma faça parte de um acordo com outras legendas para livrar Cunha de ficar sem poder participar de eleições ou ocupar cargos públicos depois de cassado (veja depoimento no vídeo acima).

Mas vários parlamentares de diversos partidos consultados pelo Congresso em Foco são unânimes ao garantir que a mesma interpretação será requerida pelos aliados de Cunha na Câmara.

A orientação de Renan no plenário em defesa da tese, reflete a costura política do PMDB com outras legendas para evitar que Cunha passe oito anos sem poder ocupar nem concorrer a cargos públicos.

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A solução definida pelos senadores nesta quarta-feira (31) atende aos apelos do PT, que implorou ao plenário pela manutenção dos direitos de Dilma. Os petistas, em troca, não fariam carga para que Cunha, além de cassado, perca seus direitos políticos.

Mesmo considerada uma nova variedade de jabuticaba jurídica no ordenamento legal do país, a decisão do Senado poderá ajudar a acalmar Cunha.

No passado recente eles eram assim, mas "união" pode ser reaquecida nos subterrâneos após impeachment fatiado (Foto: arquivo)

Em vários momentos desde que começou a ser julgado por quebra de decoro no Conselho de Ética da Câmara, Cunha ameaçou delatar seus antigos aliados, inclusive o presidente Michel Temer.

“Esta solução pode nos ajudar a acalmar Eduardo e evitar problemas maiores para o governo Temer”, disse um aliado do governo e amigo do deputado fluminense.

Dilma e Cunha poderão ser candidatos em 2018

A interpretação comum entre senadores e deputados de todos os partidos é que, com a decisão do Senado de manter os direitos políticos de Dilma, ela poderá ser nomeada para qualquer cargo público e até disputar eleições, inclusive para a própria Presidência da República. O mesmo ocorreria com Eduardo Cunha.

Ele seria cassado ainda neste ano e voltaria a concorrer, em 2018, a qualquer um dos cargos em disputa – de deputado estadual ao Palácio do Planalto.

Veja matéria completa AQUI.

Nota do Blog Carlos Santos – Desde o instante que houve essa cambalhota jurídico-política ontem que tenho batido nessa tecla de consórcio marginal entre os dois bandos.

Os interesses deles atropelam Constituição e até supostos ódios.

Quadrilheiros, com algumas exceções, de altíssima periculosidade de lado a lado.

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Categoria(s): Política

Comentários

  1. João Claudio diz:

    Quem assistiu a última sessão do impeachment deve percebido que o presidente da mesa já havia acordado com o corrupto Renan e os outros senadores do PMDB que votariam a favor dos direitos políticos da Miss, mesmo cassada.

    Aqueles que não assistiram, podem ver a gravação onde o presidente da sessão já estava de posse de todas as informações, antes mesmo do PT entrar com o requerimento. O presidente já esperava e estava preparadíssimo para decidir a situação inédita na história do país.

    As várias anotações que trouxe consigo, as páginas antecipadamente marcadas pela sua secretária (constituição), as respostas na ponta da língua e a rapidez no deferimento, são provas cabais de que, o acordo para matar a Miss e não sepulta-la por oito anos foi feito antes de entrarem no plenário. O presidente deu um tapa na constituição ao vivo e a cores para o brasil e mundo ver.

    Sinto não haver eleição este ano para presidente da republica. Se houvesse e ainda desse tempo para a Miss se candidatar, seria algo inédito no brasil e no mundo, tipico de país de quinta.

    Creio que não só o Cunhão seja beneficiado com esse golpe. O precedente foi aberto a todos os políticos. Ou não?

    Daqui pra frente, o politico pode cassado em janeiro e disputar a eleição em outubro. Basta ter dinheiro para comprar vereadores ou deputados estaduais. Pode ou não pode? Ora, se em Corrupinópoles ”podeu”, por que em Borá(SP) e na Serra da Saudade(MG), os dois menores municípios brasileiros não podem???

    Lembrando que a Miss pode ter seus direitos cassados pelo TSE onde responde a vários inquéritos.

    Tenho dúvidas se este país é esculhambado, avacalhado ou tudo junto e misturado.

  2. PAULO ROBERTO DANTAS PINTO dantas pinto diz:

    Faz-se justiça
    Aplicando a mesma pena “amaciada” a Eduardo Cunha
    …e na isla bonita os hermanos festejarão com feijoada à Celia Cruz!!!!!!!

  3. Marcos Pinto. diz:

    Querer comparar a indômita e proba CORAÇÃO VALENTE ao maior corrupto do Brasil é mais do que cair no ridículo e se nivelar como realmente se nivelam os crápulas corruptos e golpistas Peemedebistas. Estou contando os dias para ver a cara dos caras pálidas golpistas defendendo o Eduardo Cunhão com medo dele abrir o bico e entregar à polícia o resto da quadrilha do PMDB comandada pelo crápula-golpista Michel Temer.

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