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terça-feira - 20/04/2021 - 21:44h
Ordem

Prefeitura remove barracos instalados ilegalmente no Vuco-vuco

Ocupação aconteceu no fim da gestão Rosalba Ciarlini, logo após as eleições, sem ser combatida

A Prefeitura Municipal de Mossoró retira à noite dessa terça-feira (20), diversos boxes e barracos instalados sem permissão pública no Mercado do Vuco-vuco na Avenida Rio Branco, bairro Bom Jardim. Foram colocados no local, após as eleições de 15 de novembro do ano passado.

Pessoal e equipamentos da prefeitura fazem remoção de barracos instalados no fim do governo passado Foto: cedida)

Pessoal e equipamentos da prefeitura fazem remoção de barracos instalados no fim do governo passado Foto: cedida)

No dia 25 de novembro, sob o título Mercado é ocupado por novos barracos após as eleições, o Blog Carlos Santos noticiou o que estava ocorrendo.

Chegamos a cobrar da Secretaria Municipal da Comunicação que o município se posicionasse sobre a ocupação desenfreada:

“Não há autorização da Prefeitura. O secretário de Desenvolvimento Econômico (Lahyre Rosado Neto) está ciente, pois desde sábado, 21, iniciaram as invasões. Essas pessoas foram informadas que a iniciativa era ilegal e irregular (negrito nosso)”.

Apesar da manifestação oficial, a instalação quase diária de barracos teve sequência, sem que a prefeita que não se reelegeu, Rosalba Ciarlini (PP), impedisse (veja AQUI e em vídeo abaixo).

Na manhã do dia 25 de novembro, na rádio RPC (empresa controlada pela família da então prefeita), o radialista Agenor Melo previu que “em janeiro a boca esquenta”. Deixou claro que o problema seria para “o novo prefeito” (Allyson Bezerra-Solidariedade).

O prefeito resolveu botar ordem agora, em abril.

História

O Mercado do Vuco-vuco começou a ganhar vida de forma improvisada no início de 1960, no conhecido local denominado de “Buraco do Tatu”.

A feira livre muitos anos depois foi deslocada para a Praça Ulrick Graff, na Avenida Rio Branco, vizinho à estação da Rede Ferroviária Federal (RFFSA), hoje Estação das Artes Eliseu Ventania.

Sua ocupação mais complicada foi da Praça da Independência – Centro – e cercanias do Mercado Central. Durante anos foi tomando conta do logradouro público, que virou um ambiente insalubre e intransitável, cheio de barracos.

Porém, numa noite de fim de semana no início de 1990, em sua primeira gestão (1989-1992), a então prefeita Rosalba Ciarlini promoveu limpeza geral. De surpresa, homens e máquinas varreram o Vuco-vuco do local.

O mercado ressurgiu na Avenida Rio Branco, com muita gente apostando que não vingaria. Em décadas, acabou ampliado e hoje está inchado e pequeno para a dimensão de comércio e circulação de pessoas.

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Categoria(s): Administração Pública

Comentários

  1. Rocha Neto diz:

    Olá, Carlão.
    Chegando em Mossoró 1960, vindo da minha terra berço Portalegre, eu e meu pai seu Expedito Rocha, fomos inquilinos do Buraco do Tatu, feira livre que teve como primeiro local, toda aquela área territorial que hoje abriga o parque Cidade da Criança estendendo-se até a praça Ulrick Graff, sendo a praça em destaque destinada a feira do Vuco Vuco que tinha os dias de domingo a sua ocupação total em se tratando de presença de clientela.
    A feira do Buraco do Tatu era uma miscigenação mercadológica, alí você comprava frutas e verduras frescas, cereais, carnes de boi, porco, carneiro e aves as mais diversas, além de peixes di mar novinho vindo de Tibau, pescados no mar e transportados pelas caminhonetes de seu Zé Bacarau e Zé Regalado, o peixe chegava ainda molhado e melado con areia da praia. A chegada destas duas caminhonetes era uma festa, pois muitos aguardavam para escolher os melhores peixes, os mais caros eram comprados por pessoas que tinham melhor condição financeira, e muitas dessas pessoas faziam uma horinha na mercearia de seu Expedito Rocha, meu pai, esperando a chegada dos peixes que eram expostos nas bancas para venda e comprados por amigos do meu pai, que na nossa mercearia tomava o café da tarde, todos sabendo que a saborosa bebida preta e quentinha coada por dona Conceição Rocha, minha mãe, era uma oferta pra selar uma boa amizade.
    A origem do nome da feira Buraco do Tatu, deu-se em virtude do surgimento do animal assim denominado ter feito seu habitat em um buraco nas raízes de uma frondosa tamarineira que ficava localizada exatamente aonde se localiza hoje a loja de artesanato Salustre, lembro que ao pé desta tamarineira erguia-se a barraca de vebder café e bolos felipe feitos pela velha Luzia, e eu ainda criança saboreava fatias do bolo ainda quente com o gosto do queijo de coalho derretido na quentura do forno a lenha.
    O primeiro Buraco do Tatu de Mossoró, começou a encomodar a vizinhança rica, e o prefeito Antonio Rodrigues de Carvalho, se encarregou da sua extinção, tendo o bairro Boa Vista recebido uma boa parte dos comerciantes expulsos.
    Meu pai, comprou uma outra casa na rua Pedro Velho e no prédio anexo a casa continuou com sua mercearia, aonde alguns amigos ainda continuaram a tomar o cafezinho de dina Conceição.
    Hoje, mamãe e papai não estão preocupados com o COVID19, pois residem no céu, pertinho do Nosso Senhor.
    Taí Carlão, um enorme adendo pra sabermos a origem das feiras do Buraco do Tatu e do Vuco Vuco.

    • Carlos Santos diz:

      NOTA DO BLOG – Nâo é possível que você não colabore com Nosso Blog escrevendo memórias aos domingos.

      Aguardo (mais ainda)

  2. Ferreira diz:

    Bonita historia eu não sabia da origem do buraco do tatu,mais ainda cheguei a conhecer a feira de lá era muito bom so nos resta saudades e boas lembranças

  3. George Duarte de Lima diz:

    Está certo temos que botar ordem, coisa que na gestão passada nunca teve. Aquela praça do mercado onde antes era uma feira livre, coisa mais feia quando se entrava na cidade esta voltando novamente. Infelizmente o desemprego promove esse tipo de movimentação porém um lugar descente era melhor.

  4. Edilson diz:

    Parabéns pela memória e, sobretudo, pela maneira belíssima como expôs toda essa vivência em texto.

  5. Fernando diz:

    Quanto ao bolo Felipe, tenho que fazer uma correção. O bolo era produzido pelo senhor de nome , Luiz Felipe, morador na Cunha Mota, no bairro dos Pereiros.

    • Carlos Santos diz:

      NOTA DO BLOG – Vocês colaboram demais conosco na produção compartilhada das postagens, com a memória e a história.

      Muito obrigado, Fernando Alves.

  6. Francisco diz:

    E a Praça do Mercado Central, no coração de Mosssoró ? aquilo é o cartão postal da cidade ???

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