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domingo - 19/07/2020 - 11:04h

Projeto Umari precisa de apoio para fortalecimento econômico

Por Josivan Barbosa

O Governo do RN precisa de um olhar diferenciado para apoiar o Projeto Umari.

O Projeto Umari disponibilizará água através de três eixo sendo o principal o leito do rio Umari, além de dois outros canais menores; cuja  vazão proposta é de 1,50 m³/segundo permanente de Janeiro a Junho e de 1,50 m³/segundo intermitente de julho a dezembro. A previsão é de que  a água será disponibilizada para uso múltiplo das populações beneficiadas, contribuindo para o desenvolvimento sócio-econômico e ambiental, o que promoverá o fortalecimento das atividades como a fruticultura irrigada, pesca e a pecuária.

O ponto forte Projeto Umari é evidenciado pela disponibilidade de água, diminuições dos custos das atividades e na eficiência dos processos produtivos, além de fortalecer a produção de alimentos, em processos produtivos diversificados, gerando trabalho, renda e emprego às famílias de trabalhadores rurais dos três Municípios.

Umari é um dos reservatórios mais importantes dos recursos hídricos do estado (Foto: Sâmya Alves)

Projeto Umari II

O projeto tem como premissa básica a proposta de integração das bacias do rios Apodi e Umari. A perenização seria feita por gravidade num trecho de cerca de 45 km do Vale do Apodi. A perenização seria formada por canais naturais, através do rio Umari e dois córregos, incrementando a  oferta hídrica a mais de 200  propriedade rurais da agricultura familiar, bem como a garantia e sustentabilidade com perenidade hídrica nos açudes do Apanha Peixe, Carrilho, Pacó e Miradouro que se localizam a meia distância dos municípios de Apodi, Caraúbas e Felipe Guerra.

Projeto Umari III

As entidades representativas da sociedade civil do Vale do Apodi já avançaram muito na articulação política desse projeto, mas ainda, não foi o suficiente para sensibilizar um parlamentar do Estado a colocar uma emenda de Bancada no Orçamento do Estado para a elaboração do projeto básico de engenharia. Sem o projeto de engenharia, não há como avançar. Portanto, esperamos que esta etapa seja objeto de preocupação por ocasião da aprovação do orçamento do Estado para 2021.

As principais entidades envolvidas no projeto são as colônias de pescadores dos três municípios, as associações de agricultores familiares e a Fundação para o Desenvolvimento do Vale do Apodi. O projeto tem recebido atenção de toda a  população do Vale do Apodi.

Frutos temperados

O gerente de fruticultura do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), engenheiro agrônomo Franco Marinho Ramos, com excelente folha de serviços prestados ao desenvolvimento da agricultura irrigada do Polo de Agricultura Irrigada RN – CE, articulou e trouxe pesquisa com frutos temperados para a microrregião de Apodi através do projeto Fruticultura do qual é gestor.

Outra pesquisa que foi incrementada pelo Sebrae para diversificar a produção de frutas na microrregião foi com a cultura da uva de mesa. A consultoria para a implantação da uva na chapada de Apodi também foi através do projeto Fruticultura do Sebrae.

Iniciado com a consultoria do Dr. Django Dantas (ex-aluno da Ufersa). Atualmente há dois projetos com uva em Apodi em parceria com os produtores Marcio Valdevino e o Sr. Cesar da Germina Agrícola.

A Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) responsável direto pela pesquisa é o Centro Nacional de Pesquisa do Semiárido com sede em Petrolina, cuja proposição inicial era implantar a pesquisa em Mossoró e Apodi.

De acordo com Franco Marinho, há ainda a possibilidade de instalar o projeto também na região de Mossoró.

Em Mossoró (Ufersa) já foram produzidas sob a responsabilidade do pesquisador Vander Mendonça as mudas de pereira (cultivo da pera). Há, também, a possibilidade de instalar áreas de pesquisa com maçã, mirtilo e cacau.

O projeto em nível de Embrapa é coordenado  pelo pesquisador Paulo Roberto Coelho.

Novos caminhos à castanha

Após a ameaça de encerramento da atividade no RN da Usibras (Dunorte) e transferência das instalações para o vizinho Ceará, vem uma boa notícia para os produtores de castanha de caju da nossa região.

Produção industrial tem nova luz (Foto: arquivo)

A Greenlife adquiriu a fábrica de castanha de São Paulo do Potengi que já pertenceu à OLAM Brasil e a Iracema. A empresa fará investimentos da ordem de R$ 33 milhões, movimentando incrementando a cadeia produtiva da cajucultura do Semiárido.

A indústria, que deverá iniciar suas atividades a partir do segundo semestre, terá capacidade de processar 30 toneladas de castanha in natura por dia, totalizando mais de 17 mil toneladas por ano.

RN com nota D

A situação dos regimes de previdência dos servidores públicos de 20 governos estaduais está complicada, sendo que nove deles demonstram de forma mais clara dificuldades para honrar o pagamento de aposentadorias e pensões, por exemplo, caso não sejam implementados ajustes em seus sistemas. Isso é o que mostra o Indicador da Situação Previdenciária de Estados e municípios, divulgado pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia.

O indicador classifica os regimes de previdência próprio com notas de “A a D”, sendo que uma nota D aponta maior possibilidade de não honrar suas despesas. Como já era de se esperar o nosso RN sem sorte ficou com a letra D.

Agricultura irrigada

Na última quinta-feira tivemos o prazer de ministrar uma palestra para os produtores de melão e melancia que trabalham com a exportação para os mercados do Mercosul, União Européia e Estados Unidos.

O conteúdo da palestra foi disponibilizado para o Comitê Executivo de Fruticultura do Rio Grande do Norte (COEX) e qualquer empresa ou grupo de empresas interessados em outra edição da palestra pode nos contactar.

O título da palestra é: Melão: Tecnologia Pós-colheita e Qualidade.

É direcionada para todos os colaboradores envolvidos na cadeia produtiva de frutos tropicais para atender os mercados externo e interno.

Josivan Barbosa é professor e ex-reitor da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA)

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Categoria(s): Artigo

Comentários

  1. Prof. Genildo Sousa diz:

    Boa tarde, nobre amigos. Ao excelente Jornalista Carlos Santos, e, especialmente ao estimado Pror, Josivam Barbosa. Sobre esse bem sistematizado artigo, o Dr. Josivan Barbosa, revela sua visão cristalina real do contexto em que estamos inseridos, sua paixao pelo nosso semi-arido e pela agro-pecuaria no NE. , Sua perceptção dos problemas e gargalos,, os quais, historicamente travam nosso progresso, desenvolvimento social e econômico se evidenciam, quando se percebe, aqui por meio no seu artigo a falta de conexões das arcetivas politcas estruturantes de deseovolvimento regional e de fomentos. Essa bela e instigante micro-região, oxalá, pudéssemos reprogramá-la no tempo e no espaço, fôssemos uma micro região là na Australia, Taiwan, Macau, Hong Kong, ou na China, inicio dos anos 1990, considerando sua vocação natural, esta nossa região Já teria transformado numa ZEES. Imagiem os potenciais naturais aqui para o Desenvolvmento econômico e i PIB do RN… A Chapada do Apodi da mesma maneira. Falta-nos o QUê? FINALMENTE? Bem, sabemos o que falta.

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