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quinta-feira - 07/02/2019 - 21:20h
Opinião

Reforma… reformas… embuste

Por François Silvestre

Reformar, no Brasil, não é apenas uma mentira. É a mãe das mentiras. A mentira-mor da nossa farsa. Agrária, tributária, política, previdenciária, de segurança, tudo embuste. Meia-sola institucional.

Os embusteiros precisam da fé dos enganados. E fazem desse mercado de trocas uma acomodação de interesses.

Precisão resolvida; pois os enganados não apenas acreditam, também viram fanáticos apoiadores. E não percebem que é deles e do bolso deles que sai o aval do resultado.

Quem avaliza esse embuste é o mais carente, o mais necessitado. E ainda se acha o grande beneficiário. Esse é o nó górdio que o embusteiro oferece ao fanático. Toma-lhe o relógio e promete lhe informar as horas.

Você acredita que um rico se descabela para oferecer vantagens a um pobre? Se acredita e é rico, tá na sua. Se acredita e é pobre, merece comer capim.

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Categoria(s): Artigo

Comentários

  1. Naide Maria Rosado de Souza diz:

    É triste ler isso, François Silvestre. É triste porque é verdade. Faço esforço para encontrar o bom nas reformas. Sou esperançosa, mas não dá.
    O governo criou o E-Social para as domésticas. Uma reforma para melhoria delas. Resultado: o E-Social ganhou proporção alta e, para não criar vínculo empregatício e ter de pagá-lo, as patroas estão contratando duas diaristas, no lugar da doméstica que ía todos os dias.
    Vi a tristeza de uma que cuidava de uma criança há quase três anos. Foi dispensada . Em seu lugar, ficou uma que dorme no emprego o que não implica no gasto da passagem.
    O governo impressou a empregadora e esmagou a empregada.
    Os encargos estão quase empatando com os salários.

  2. Menezes diz:

    Lula tá preso babacas!

  3. FRANSUELDO VIEIRA DE ARAÚJO diz:

    No caso do assunto pertinente à remuneração das empregadas domesticas, muito ao contrário do afirmado pela Sra. NAIDE ROSADO, o que desde priscas eras inviabiliza dignidade e equilibro nessa relação capital e trabalho é manifesta e empedernida mentalidade escravista/escravocrata que, infelizmente, ainda hoje permeia o pensamento médio do patronato brasileiro.

    Nesse contexto, para que tenhamos um pouco do outro lado da informação e da realidade factual tão escondida e dissimulado pelos patroes, estes sabidamente monopolistas da informação social no brasil. Assim, apraz transcrever um pouco que seja da fala daqueles que sofreram diretamente 400 anos de escravidão e, ainda hoje sofrem direta e indiretamente seus deletérios efeitos sociais, econômicos e culturais do escravismo mental introjetado secularmente, sobretudo na cabecinha das maviosas patroas tupiniquins, vejamos:

    UMA FALA DO ANO DE 2012, AINDA ATUALÍSSIMA.

    Durante o período da escravidão no Brasil, as tarefas domésticas e os cuidados com os filhos dos senhores eram realizados pelas escravas, supervisionadas pelas “sinhás”, as donas da casa. Como eram escravas, sofriam todo tipo de exploração.

    Mesmo com o fim da escravidão decretado, legal e tardiamente, em 13 de maio de 1888, a relação entre a dona da casa e a “empregada” ficou disfarçada, mas em sua essência pouco mudou. Recente pesquisa do Ipea [Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada] mostra que os empregados domésticos brasileiros estão trabalhando mais e ainda continuam ganhando menos do que um salário mínimo. Desses trabalhadores, 93% são mulheres e menos de 30% têm carteira assinada. Além disso, a maioria das empregadas (61%) é negra e quase metade tem entre 30 e 44 anos de idade. Atualmente, a média salarial das empregadas domésticas brasileiras é de R$ 386,45, bem abaixo do salário mínimo.

    O estudo do Ipea mostra também que a jornada média de trabalho das empregadas domésticas no Brasil é de 53 horas semanais, sendo este o trabalho remunerado com maior déficit de trabalho decente.

    De fato, as empregadas domésticas geralmente estão distantes de suas comunidades de origem, “importadas” para o trabalho em casas de pessoas de classe média. Assédio moral e sexual, violência, trabalho forçado e pesado, jornadas extenuantes, alimentação limitada, baixos salários, não pagamento de horas extras, ausência de contribuição à Previdência Social e de acesso à saúde e até a retenção de documentos estão entre os ­abusos registrados contra essas profissionais.

    Entretanto, esta não é uma realidade só do Brasil. Grande parte das mulheres da América Latina trabalha como empregada doméstica. No México são 5,5 milhões, na Argentina, 3,5 milhões, e, na Colômbia, 2,4 milhões, segundo dados da OIT [Organização Internacional do Trabalho].

    Ainda é comum as famílias mandarem buscar meninas no interior para trabalhar em suas casas, com a desculpa de “criá-las”. As empregadas domésticas chegam ainda crianças e têm que enfrentar responsabilidades de adultos e longas jornadas de trabalho, muitas vezes à desculpa de que a pessoa “faz parte da família”, o que encobre o prolongamento da jornada de trabalho.

    De acordo com a lei, a empregada que cozinha e cuida de crianças não deve ganhar mais por isso. A patroa também pode descontar até 20% do salário referente à alimentação e ainda cobrar um aluguel para ela morar no emprego.

    Segundo dados do Sindicato das Trabalhadoras Domésticas da Bahia (Sindoméstico-BA), “o serviço doméstico é o setor que mais emprega mulheres na capital baiana, cerca de 93,1% do total de trabalhadores. O fator racial é preponderante. Das seis capitais estudadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas em São Paulo e Porto Alegre os negros ou pardos não são maioria. Com 91,9% de trabalhadores domésticos afrodescendentes, Salvador apresenta o maior índice do país. A profissão só foi regulamentada na Constituição de 1988, assegurando conquistas como férias, décimo terceiro salário, folga semanal, aposentadoria e licença-maternidade. Apesar disso, a empregada doméstica ainda não tem todos os direitos trabalhistas previstos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Sendo chamadas de “senzalas modernas”, as casas dos patrões são onde as empregadas em geral moram, em quartos pequenos, e não andam no mesmo elevador”.

    Além disso, ainda existem as agressões físicas e morais das patroas contra as empregadas, que ocorrem no dia a dia e são colocadas nas telenovelas de forma divertida, como é o caso da nova novela da TV Globo em que a cantora de eletroforró vivida pela atriz Cláudia Abreu agride a empregada doméstica vivida pela atriz Thaís Araújo, retratando esse comportamento como se fosse apenas “probleminhas entre mulheres” ou “conflito de personalidade”. Frases como “lhe pago não é pra tu ficar na rua não, sua égua!” e cenas em que a patroa joga sopa na empregada, por ter queimado sua roupa, são tratadas como diversão. O objetivo é transformar esta exploração e opressão cotidiana das trabalhadoras domésticas em piadas e divertimento. A realidade é que em nossa sociedade as mulheres trabalhadoras são tratadas como mercadoria. Vemos esta exploração da trabalhadora doméstica cristalizada como algo natural desde a escravidão até os dias de hoje.

    Por isso, somente quando tivermos uma sociedade coletivizada as chamadas tarefas domésticas, com restaurantes, lavanderias coletivas e creches que realmente atendam a todos e a todas, é que as mulheres e homens terão liberdade de fato e, então, teremos o fim da exploração de todos os trabalhadores e dessa discriminação, discriminação essa, ainda hoje naturalizada no seio da sociedade brasileira.

    Gabriela Valentim e Carolina Mendonça, São Paulo
    Militantes do Movimento de Mulheres Olga Benário.

    O ENUNCIADO DA FALA DO NOSSO MESTRE FRANÇOIS SILVESTRE, DIZ EXATAMENTE QUE AS REFORMAS SÃO PARA INGLÊS VER. POSTO QUE, O QUE COMUMENTE É CHAMADO DE RADICAL NO BRASIL, DESCORTINA E PROJETA, UM MÍNIMO DE POSSIBILIDADES DE MUDANÇAS DE ORDEM ESTRUTURAL E, CONSEQUENTEMENTE A POSSIBILIDADE DE SOLUÇÃO CONCRETA E OBJETIVA NO DA NOSSA MAIOR CHAGA E MAIOR PROBLEMA JAMAIS DISCUTIDO E TOCADO EM SUAS RAÍZES, A DESIGUALDADE.

    Por último, um último aviso aos navegantes PATRÕES E PATROAS DO AINDA MUNDO ESCRAVISTA NACIONAL…RENUNCIAR AO PODER, MAIS AINDA RENUNCIAR AO PODER DE MANDO (MUITAS VEZES DE VIDA E MORTE SOBRE NEGROS E EXCLUÍDOS) NUMA SOCIEDADE AINDA ESTRATIFICADA NA DESIGUALDADE E NO RACISMO, ONDE 1% DETÉM ALÉM DO CONTROLE E DO PODER POLÍTICO, ECONÔMICO E INSTITUCIONAL, DETÉM 50% DE TODA RENDA PRODUZIDA PELOS DITOS SIMPLES MORTAIS TUPINIQUINS, JAMAIS ACONTECEU E (OU) ACONTECERÁ, A FALA DA SRA. NAIDE ROSADO, AÍ ESTÁ A NOS PROVAR.. .!!!

    UM BARAÇO

    FRANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO.
    OAB/RN. 7318.
    oab/rn. 7318

  4. João Claudio diz:

    Quem deve renunciar é o ‘gorpi’.

    A PTralha botou a rodilha na cabeça sem antes saber o peso do pote. Fato, fato e fato.

    Se até as festas juninas ela não calçar os coturnos, ir até Corrupinópoles e bater continência para o Mito, babau.

    Repito: BABAU. Bê – a bá – ú. BA-BAU. ENTENDEU? NÃO??

    – PÉ NA BUNDA. Tá satisfeito?

    – Ahhhhhhh, agora eu entendi.

    – O que foi que o Ciro falou?

    – Ora, o mesmo que o irmão Cid falou?

    – Ah, tá! Entendi. Mas, será que os BABACAS entenderam?

    – JC, os burros encantados usam tapa olhos. Os ouvido são sadios. Quer ver? LULA TÁ PRESO, BABACAS.

    – Zuuuuuurro…….! Zuuuuuurro…….!

    – ‘Uviram’ os zurros?

    – Aff! O barulho dos cascos dando coices, também.

    – Num diiiiiiiiiiiisse KKKKKKKKKKKKK

  5. Naide Maria Rosado de Souza diz:

    Dr. Fransueldo. Não pude ler a sua infindável catilinária.
    Resumo em telegrama.
    O governo aumentou os encargos trabalhistas dos empregadores de domésticas PT Diante disso VG os empregadores resolveram contratar diaristas PT Até duas vezes por semana VG o trabalho doméstico não gera vínculo empregatício PT Três vezes por semana VG gera PT O encargo trabalhista prejudicou as domésticas PT Difícil alguém assinar-lhes as carteiras VG como eu PT

  6. FRANSUELDO VIEIRA DE ARAÚJO diz:

    Em resumo Sra. NAIDE ROSADO, seu “telegrama” expressa seu manifesto saudosismo de uma escravidão oficial que, na pratica, perdurou do ano 1500 até 1888.

    Quem saber , essa duas linhas translatas possam realizar o impossível, fazer acordá-la de que privilégios de castas, demoram, mas, ao fim e ao cabo um dia soçobram nos caminhos e descaminhos da história ..!!!

    A PROPOSITO, PRA QUE VOSSO SAUDOSISMO LATENTE DO MANDO E DO PODER DE VIDA E MORTE SOBRE AS PESSOAS ERA DA ESCRAVIDÃO OFICIAL QUE TANTO LHES TRAZ NOSTALGIA, QUEM SABE, UM POUCO DE GILBERTO FREIRE NÃO LHES FAÇA “BEM”…..VEJAMOS:

    Em “Casa-Grande & Senzala” Gilberto Freyre fala “de mesas cobertas de prata e de louça fina. De camas forradas de riquíssimas colchas de seda. De portas com fechaduras de ouro”. A importância do chefe da família transparecia no próprio tratamento que lhe era dispensado. Fosse chamado de “sinhô”, “nhonhô”, ou “ioiô” pelos escravos, o senhor de engenho era sempre o senhor — o dirigente da produção e da vida familiar.

    Mesmo depois que o açúcar brasileiro havia perdido sua supremacia nos mercados mundiais, a estrutura social nordestina continuava a articular-se em tomo dos grandes proprietários de engenhos. Ainda em 1711, Antonil afirmava: “O ser senhor de engenho é título a que muitos aspiram, porque traz consigo o ser servido, obedecido e respeitado de muitos. E se for, qual deve ser, homem de cabedal e governo, bem se pode estimar no Brasil o ser senhor de engenho, quanto proporcionalmente se estimam os títulos entre os fidalgos do Reino”.

    A esposa e os filhos dirigiam-se a ele tratando-o sempre por “senhor” — restringindo-se o termo “papai” ao uso exclusivo dos filhos pequenos. Para fazerem a primeira barba, os rapazes precisavam de sua autorização, e só depois de casados ousavam fumar em sua presença.

    As ligações entre a casa-grande e a senzala eram ambíguas: as mucamas e negrinhos quase sempre eram aliados naturais dos filhos contra os “senhores pais das mulheres jovens contra os “senhores maridos” bem mais velhos — era comum o casamento de mocinhas de quinze anos com homens de cinquenta e até mais.

    Havia, contudo, casos de escravas delatoras de namoros, reais ou imaginários, das “sinhás-moças” ou “sinhás-donas”. Por vezes, essas histórias levavam o senhor de engenho a ordenar o assassinato da esposa ou de uma filha, demonstrando a amplitude de seu poder.

    Um baraço

    FRANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO.
    OAB/RN. 7318.

  7. Naide Maria Rosado de Souza diz:

    Nada em minha vida se aproxima da escravidão, dr. Fransueldo. Nem por conta própria, nem por exemplos.
    Respeito os direitos trabalhistas. Luto por eles. Aponto falhas quando alguma categoria é desfavorecida.
    Jamais deixei de respeitar o direito de todos, de forma igualitária e, desse modo, legitimo a Constituição e sou verdadeiro sujeito de direito e obrigações.

  8. Naide Maria Rosado de Souza diz:

    Nada em minha vida se aproxima da escravidão, dr. Fransueldo. Nem por conta própria, nem por exemplos.
    Respeito os direitos trabalhistas. Luto por eles. Aponto falhas quando alguma categoria é desfavorecida.
    Jamais deixei de respeitar o direito de todos, de forma igualitária e, desse modo, legitimo a Constituição e sou verdadeira sujeito de direito e obrigações.

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