Do Blog Carol Ribeiro
“Não vejo cenário ou horizonte a médio e curto prazo. O que vejo é o Estado em direção ao precipÃcio”. O economista Leovigildo Cavalcanti, que integra o departamento de Economia da Universidade do Estado do RN (UERN), foi enfático. Ele avaliou a situação financeira do RN no programa Cenário PolÃtico (TCM Telecom) dessa segunda-feira (05) – veja AQUI.
Para ele, as medidas tomadas até agora pelo Governo do RN surtiram pouco efeito, e com elas não há como vislumbrar um futuro esperançoso para as finanças estaduais. Para contornar a dificuldade, a gestão deveria já ter tomado medidas estruturais próprias, independente do Governo Federal.
Leovigildo diz que governo não agiu (Foto: reprodução)
Seriam necessárias as reformas administrativa, tributária e da Previdência para reduzir o déficit, além de uma “visão empreendedora do Estado”, com desburocratização da instalação de novos negócios e garantia de segurança jurÃdica para as empresas. “Medidas não muito simpáticas no começo, mas que colheria frutos positivos à médio e longo prazo”, defendeu.
Mesmo que a Reforma da Previdência alcance os estados não resolveria a situação do RN. De acordo com informações do economista, quando Fátima Bezerra (PT) assumiu a gestão o déficit nos cofres do Estado era R$ 2,6 bilhões, hoje os números chegam em torno de R$ 4,4 bilhões.
Consórcio Nordeste não é saÃda para o RN
O ideal seria se o Governo tivesse um Plano B, “inclusive para a Previdência”.
Os recursos extras insistentemente defendidos pelo Governo como a saÃda para o pagamento dos atrasados, caso sejam realmente liberados, não conseguiriam ainda fechar a conta: o valor esperado pela cessão onerosa é R$ 200 milhões, já pela antecipação dos royalties em torno de R$ 300 milhões. Uma folha custa R$ 550 milhões.
No RN, existem três folhas em atraso.
Questionado, o economista disse não acreditar que o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste (Consórcio Nordeste), formado recentemente pelos nove estados nordestinos, represente uma saÃda para o RN. Os estados mais beneficiados serão aqueles que tiverem uma “estrutura enxuta e grau de investimento positivo”.
ICMS
Entre 2005 e 2015, a participação da indústria no PIB do RN caiu 7%, as empresas seguiram para Ceará ou ParaÃba, porque lá encontraram mais vantagens. Uma Reforma Tributária que modifique o processo de cobrança do ICMS seria o necessário.
O professor exemplificou que o Ceará fez um mapeamento de cadeias de produção e verificou que algumas levam em média cinco meses. Em vez de esperar que se receba esses impostos no final do perÃodo, o estado vizinho recebe no primeiro estágio, antecipando a receita. “Isso representaria R$ 400 milhões anuais a mais em relação à cobrança de impostos que existe aqui”.
Nota do Blog – As palavras técnicas do professor Leovigildo Cavalcanti vão ao encontro do que esta página propaga e aponta há tempos, sob o viés polÃtico. As medidas tomadas pelo Governo Fátima Bezerra até o momento não produziram maiores resultados, apenas economia de ponta de lenço. Presa a um viés ideológico, com o temor de desagradar o corporativismo sindicalista e embaciar seu discurso, empurra mais e mais o RN para o caos. Infelizmente.
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Seu texto não condiz com a realidade. Pois o Estado acabou de pagar salários milionários a desembargadores.
A ignorância graça quando se trata de conhecer o Estado. Meu Deus.
O Retrato do PT é Venezuela, Cuba.
As pessoas ficam Penduradas
nas tetas do Estado..
Grande análise.
Me preocupo com o RN , pois tenho a sensação de que o Governo não terá coragem nem a competência necessária pra alavancar a Economia .E mais ainda, a GOVERNADORA passa a nÃtida impressão de estar servindo a uma agenda de oposição ,sem fundamento, ao governo federal , com atitudes mÃnimas e totalmente irrelevantes de ordem moral e de falsa liberdade .
Considerando a situação precária em que a governadora Fátima Bezerra encontrou a economia do RN só mesmo um milagre para em tão pouco tempo colocar a casa em ordem. O que é engraçado é ver justamente quem contribuiu para o caos que se instalou na administração estadual nas últimas gestões vir agora querer dar pitaco.
Triste a todos nós Ótimo texto
Descemos do palanque, até agora a governadora não disse pra veio. Politicagem de segunda categoria, pena que os adeptos se ajuelham e curvam a cabeça pro nada. Meus Deus que mundo é esse.