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domingo - 06/01/2019 - 09:04h

São as finanças que mandam, cara!

Por Honório de Medeiros

Aqui no RN, o desGoverno de Robinson Faria (PSD) deixou salários de novembro, dezembro, e 13º de dezembro atrasados.

Se a Governadora que assumiu apresentar pelo menos um calendário de pagamento ainda em janeiro, desmoraliza de vez o desGoverno passado.

Aliás, qual um “Espectador Engajado”, para lembrar Raymond Aron, meus olhos estão voltados, quanto aos governos estaduais, para a administração de Minas Gerais, Rio Grande do Norte e Maranhão.

O primeiro, liberal, Partido Novo; os outros, de esquerda.

As finanças públicas são uma grande niveladora e transcendem as ideologias, embora enquadradas pelo processo de seleção natural.

Em um mundo onde tudo é evanescente e fragmentado, queiramos ou não a questão é somente uma: o que vamos fazer com nosso dinheiro?

São as finanças que mandam, cara! No nível macro, claro.

Para dividir o pão, é preciso que haja o dito cujo.

Honório de Medeiros é professor escritor e ex-secretário da Prefeitura do Natal e do Governo do RN

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Categoria(s): Administração Pública / Artigo

Comentários

  1. Sônia Ênia do Nascimento diz:

    Há comentários circulando, que o secretário estadual de tributação, Cadu, numa reunião com gestores da SET, afirmou que não nomeará pelo menos 20% dos cargos comissionados. E que fará uma re-estruturação da secretaria, reduzindo mais ainda o número de cargos. Vamos ver.

  2. FRANSUELDO VIEIRA DE ARAÚJO diz:

    O sintético artigo do Douto Professor Honório de Medeiros, mais vez vez, tão somente, manifesta sua obsessiva predileção pelo chamado Deus Mercado.

    Não esqueçamos, a vizinha ARGENTINA atualmente nas mãos do FMI e numa tremenda e profunda crise onde campeiam inflação, desemprego e arrocho salarial, além da entrega do patrimônio via aberta e generosa privatização à preço de banana, seguiu Ipssis Literis o emoldurado e festejado caderno do neo-liberalismo ditado pelos americanos do norte e demais gurus/crápulas do Deus Mercado espraiados em todos os recantos do planeta.

    Muito embora aqui não seja relatado pela nossas maviosas pautas dirigida pela imprensa Tupiniquim, igualmente a Inglaterra da “festejada” Margareth Tatcher de aço de ferro e de podridão, atualmente vivencia grave crise – guardadas às devidas proporções -, advinda da tentativa de imprimir o Brexit à sua pauta politica e econômica, na tentativa de se desvencilhar da Comunidade Econômica Européia.

    Todavia, a partir dos eloquentes e propagandísticos editoriais e reportagens disponibilizados aos ditos comuns mortais da nossa pátria mãe gentil, a nossa mui digna, isenta e maviosa imprensa, esta “COINCIDENTEMENTE” , jornalisticamente, só tem olhos para a crise na Venezuela, Cuba, Correia do Norte,Nicarágua, Equador etc.

    Nesse contexto, há que se ressaltar, há um elemento comum, nas manifestações recentes da direita brasileira – e não só brasileira: o discurso de que o Estado deve recuar e o mercado deve regular uma porção maior das interações humanas. Enquanto o Estado premiaria os “preguiçosos” por meio de suas políticas sociais, o mercado daria a cada um a recompensa justa pelo seu esforço. Isso se observa na realidade?

    A ideia de que justiça é entregar a cada um aquilo a que seus méritos individuais dão direito entrou em certo senso comum, sobretudo no desvario da conhecida ignorância que grassa em Terras Tupiniquins, mas não é isenta de problemas. Afinal, “mérito” não é uma característica inata, mas fruto de um mundo social que valoriza certos atributos. A obtenção de tais atributos também depende centralmente das circunstâncias em que cada pessoa se encontra. E caso se prefira enfatizar os talentos naturais, não custa lembrar, como já anotava John Rawls, que eles são dádivas que recebemos gratuitamente, não configurando nenhuma forma de mérito subjetivo.

    Voltando ao artigo do professor Honório de Medeiros,o qual interpreta à sua maneira o deficit público, o atraso salarialedeamis demandas que atinge à conhecida maioria de excluídos que até o presente, não granjeiam poder político e lobyy junto às instituições detentoras do real poder e definidoras do poder da caneta. Oportuno observar que, esta maioria, continua e continuará refém dessa meia dúzia, enquanto grande parte do que é produzido pela massa/gente, continuar sendo direcionado aos bolsos da famosa Banca.

    Melhor traduzindo, um país que direciona metade do seu PIB aos INSACIÁVEIS BANQUEIROS DO DEUS MERCADO via financiamento/refinanciamento décadas após décadas no bojo de uma fantasmagórica e infundada dívida pública, continuará ad-eternum refém do DEUS MERCADO, caso a sociedade não acorde, e, claro, imprima nova diretriz mudando sua compreensão e patamar de relação com esse mesmo DEU MERCADO. Se assim não o fizer,jamais poderá vislumbrar quaisquer soluções à vista, muito ao contrário terá que secularmente, continuar pagando o ônus dessa tresloucada, obsessiva e ensandecida escolha….!!!

    Em resumo, talvez seja difícil imaginar uma sociedade sem mercado. Talvez algum tipo de regulação mercantil da atividade econômica seja necessário, não “para sempre”, mas pelo menos até onde a vista alcança. Mas o projeto de uma sociedade mais justa, mais igualitária e realmente mais livre – em que as pessoas tenham ampliado o exercício da sua autonomia e cidadania – passa certamente pelo fortalecimento de um espaço abrangente de relações desmercantilizadas.

    A ajuda do governo federal, será bem vinda,desde que não pautada na chantagem e na iniquidade política. Mesmo porque, estamos -ninguém sabe até onde e quando -, num Estado Democrático de Direito com alguns referendos e conhecidos estados de exceção jurídicos -, bem como numa federação em que cada ente tem seus deveres, direitos e responsabilidades.

    Ainda assim,caso em algum tempo, o poder central não mude sua relação de absoluta subserviência para com com o chamado DEUS MERCADO, às crises se repetirão ad-eternum, independentemente da massa/gente continuar produzindo e tendo produtividades mil, assim como apertando famoso cinto que sempre e sempre enforca, esfola, sufoca e mata integrantes da base da pirâmide, e, infelizmente, sempre liberando à meia dúzia de sempre para suas estrepolias, ostentações, hedonismos e luxurias seculares.

    Um baraço

    FRANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO.
    OAB/RN. 7318.

  3. Naide Maria Rosado de Souza diz:

    Correr atrás do pão e ele está em Brasília.
    A fome não tem ideologia. Não tem partido. Ela chega para todos.

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