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terça-feira - 07/06/2011 - 16:45h

Secretário da Segurança discute ação para “Cidade Junina”

O secretário estadual da Segurança Pública, Aldair Rocha, aportou em Mossoró pela segunda vez, desde que assumiu o cargo. Em pauta, lógico, a segurança no município.

Seus encontros foram mais político-administrativos do que técnicos.

Esteve reunido na sede da prefeitura com a prefeita de direito Fátima Rosado (DEM), ao lado de outras autoridades da segurança. Depois, em outra reunião, dissertou sobre planejamento e suporte à realização do "Mossoró Cidade Junina", que ocorre durante todo este mês no centro da cidade, sobretudo na "Estação das Artes Elizeu Ventania".

Nota do Blog – O secretário garantiu a uma comissão de vereadores, encabeçada pelo vice-presidente da Câmara de Mossoró, Jório Nogueira (PDT), que no próximo dia 17 de junho (sexta-feira), às 9h, participará de audiência pública para debate sobre a violência em Mossoró.

Será na sede da câmara.

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Categoria(s): Segurança Pública/Polícia

Comentários

  1. JOSE DE ARIMATEIA diz:

    ESSE JÁ ENTROU NO MUNDO ENCANTADO DA CIDADE JUNINA?

  2. carlos alberto diz:

    O secretário de Segurança do Governo Rosalba Ciarlini veio ontem a Mossoró dar uma demonstração de anacronismo e incompetência explícitos. Como na famigerada piada do sofá, em que o marido traído, em vez de separar-se da mulher adúltera manda queimar o sofá onde flagrou a cena da traição, vem o senhor secretário de segurança do Estado à terra da governadora, dizer que não se podem divulgar as mortes.

    Pelo menos o ITEP, cujo diretor quase caía, porque deixou a cidade saber que cem mossoroenses já perderam as vidas na boca do trabuco neste ano da (des)graça de 2011, desde que a filha da terra assumiu o comando do poder estadual. Só faltou dizer com a boca da insensatez: “pode matar, o que não pode é divulgar”. Querer que cem mortes violentas em 157 dias, ou seja, um assassinato a cada 37 horas, fiquem sem divulgação, é, santa estupidez, “querer tapar o sol com uma peneira”… Já não basta esta outra piada da tal “Operação Sertão Seguro” que o governo Rosalba anuncia?

    Há dias vieram 40 policiais a Mossoró, uma “Tropa de Elite” que enquanto aqui esteve, se é que já foi, viu amiudarem os crimes. Quando chegaram à terra de Santa Luzia, a média era de um assassinato a cada 44 horas, hoje é a cada 37. Fala-se em “estado de guerra” em Mossoró. Não é bem isso. É mais grave. Também não tem nada de guerrilha, como alguns incautos estão dizendo na imprensa. As duas formas de confronto armado têm suas regras e suas lógicas. Tem lados, tem espaços definidos, onde os combates se dão, mesmo que a guerrilha seja mais surpreendente no explodir de enfrentamentos.

    O que Mossoró vive é a barbárie. A baderna armada, o bangue-bangue sem as regras dos duelos do Velho Oeste americano, onde havia um código de honra entre mocinhos e pistoleiros. Mossoró é, hoje, uma terra sem lei. Território de ninguém, onde a autoridade desertou, onde o poder virou vácuo e ao cidadão só resta esconder-se atrás das grades e dos cadeados do próprio lar/xadrez.

    Qualquer um encontra uma arma em qualquer lugar, por qualquer quantia, conseguida de qualquer jeito e mata qualquer um, a qualquer hora. É o caos… E o governo estadual nem… “cumo coisa”. Olimpicamente age como se não tivesse nada a ver com a tragédia.

    É tudo muito grave. Dói ouvir na rádio: “Chuva de Balas no País de Mossoró começa a ser apresentado”, findos os comerciais entram as notícias. “Mataram um cabeleireiro com três tiro… é o nonagésimo nono assassinato”; Poucas horas depois: “Chuva de Balas no País de Mossoró começa a ser apresentado”: entra o noticiário: “Mataram um flanelinha. É o centésimo assassinato registrado no Itep de Mossoró”.

    Já não se sabe onde se estabelece a fronteira entre a arte e a vida, entre o real e a fantasia… E a reação do secretário de segurança é mandar parar de divulgar. Como Castro Alves, só nos resta clamar: Deus, Ó Deus, onde estás que não me escutas?

    Dolorosamente ontem lembrei Dom Hélder Câmara, quando o Papa Paulo VI lhe perguntou como ele estava vendo a Igreja Católica?
    – Com preocupação, respondeu o arcebispo brasileiro.
    – Por quê? Perguntou o Papa.
    – Porque nunca mais mataram um Papa… Respondeu Dom Hélder.

    Fiquei a fazer a pergunta que já ouvi de várias pessoas em Mossoró. Será que só vão começar a se preocupar quando matarem um Rosado?

    Fonte: Jornal de Fato – Coluna Prosa & Verso

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