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terça-feira - 05/07/2016 - 14:11h
Auditoria

TCE envolve Rosalba em prejuízo do Arena das Dunas

Do Agorarn com informações do Mossoró Hoje

A auditoria promovida por técnicos do Tribunal de Contas do Estado (TCE) no contrato de concessão administrativa da Arena das Dunas, revelando a existência de sobrepreço na construção do estádio, que pode causar um prejuízo de R$ 451 milhões ao Governo no período de 15 anos, aponta a ex-governadora Rosalba Ciarlini (PP) como uma das responsáveis pelas irregularidades cometidas.

Segundo o documento, disponibilizado pelo TCE, garantir a Copa do Mundo em Natal não foi uma decisão do então gestor do Departamento de Estradas e Rodagens, Demétrius Torres, “mas em verdade fora publicamente uma decisão de governo, que embora sem estudos técnicos que respaldassem, tornou tal missão questão de prioridade. Desta forma a então Governadora passa a ter responsabilidade sobre as irregularidades ocorridas”, destaca o relatório.

Desconhecimento de valor

Os técnicos do TCE afirmam que a então administração estadual agiu de forma negligente com os escassos recursos públicos, “especialmente por comprometer significativos valores dos recursos públicos no pagamento de contraprestações que visam principalmente à amortização de um investimento em uma obra que sequer a administração tinha certeza do seu real valor”, diz.

O relatório enfatiza que é visível a grande possibilidade da ocorrência de grave lesão ao Erário, uma vez que a contratação da Sociedade de Propósito Específico (SPE) Arena das Dunas, subsidiária integral da construtora OAS, investigada na Operação Lava Jato, ocorreu sem qualquer certeza de que os valores pactuados eram justos e legítimos.

O relatório enfatiza que é visível a grande possibilidade da ocorrência de grave lesão ao Erário na decisão do Governo de Rosalba (Foto: reprodução)

Ainda no relatório, os técnicos do Tribunal de Contas criticam a falta de transparência da gestão da ex-governadora Rosalba Ciarlini. “Por oportuno registra-se a falta de transparência e cooperação da gestão pública da época, posto que, embora requisitadas as plantas arquitetônicas da arena em formato CAD ou DXF, somente foram entregues em formato PDF, dificultando os trabalhos desta comissão”, diz o documento.

A ausência de estudos de viabilidade econômica e financeira do projeto de construção da Arena é um dos principais pontos questionados pelos auditores do TCE. Desde o 2011, o Tribunal já buscava essas informações, apontando a necessidade do Governo do Estado apresentar para análise da Corte esses dados, conforme recomendação dos Ministérios Públicos Federal e Estadual.

Negligência

O TCE destaca que esses estudos deveriam ter respaldado o processo de contratação da Parceria Público-Privada que viabilizou a construção da Arena. Nem mesmo o orçamento detalhado da obra, já em execução no ano de 2011, foi apresentado. Por esse motivo, no início de 2013, o BNDES enviou ofício do Tribunal de Contas, solicitando informações quanto à identificação de possíveis irregularidades.

“Até o presente momento toda justificativa apresentada pelo órgão contratante para explicar o valor de contrato fora uma única planilha resumida de um suposto orçamento, que em nada esclarece, posto se referir a supostos valores de itens globais do empreendimento Arena das Dunas sem qualquer explicação de como tais valores foram obtidos”, revela a auditoria do TCE.

Segue o relatório: “parece claro a irresponsabilidade da gestão da época quando contratou sem os devidos estudos técnicos de viabilidade a PPP ora em comento. Agiu tal gestão assim de forma supostamente imprudente e negligente com a coisa pública, prejudicando as finanças do Estado com um empreendimento incapaz de atender qualquer das necessidades preponderantes da sociedade potiguar”.

A ausência de estudos de viabilidade econômica e financeira não se constitui, segundo o TCE, em apenas uma mera falha formal, mas sim o comprometimento das finanças do Estado.

“Desta forma o governo da época e o ex-diretor do DER, responsável pela contratação desta PPP, devem responder pelos danos econômicos possivelmente produzidos ao Erário em virtude de suas atuações supostamente negligentes na contratação em pauta, bem como pelas ilegalidades caso cometidas”, pontua o relatório.

Nota do Blog Carlos Santos – Aguardamos a versão da ex-governadora à notícia em epígrafe. Preliminarmente, falamos com sua assessoria, que se comprometeu em enviar nota correspondente ainda à tarde de hoje.

Aguardamos.

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Categoria(s): Administração Pública

Comentários

  1. Inácio Augusto de Almeida diz:

    Em INCONTÁVEIS comentários escrevi:
    A política do RN vai virar de ponta cabeça antes destas eleições. A de Mossoró, mais ainda. Ninguém se surpreenda se até os recursos SAL GROSSO forem finalmente julgados.
    E mais não posso dizer. Aguardem.
    ///////////////
    ATÉ QUANDO VÃO CONTINUAR ACHANDO QUE EU SOU APENAS UM PALPITEIRO?

  2. fernando diz:

    COPIANDO UM CERTO PRODUTO CONCORRENTE DA SADIA: DEMOROU.

  3. Marcos Pinto. diz:

    Não tem jeito mesmo! Tem sido protagonista dos maiores fatos que envolvem corrupção com o erário público. Esse despautério politico tem mesmo que ser alijada do cenário politico potiguar. Uma lástima, pois. VADE RETRO !!!.

  4. Marcos Pinto. diz:

    Se fizermos uma acurada pesquisa nas notícias veiculadas pela grande imprensa estadual, atinente ao ítem corrupção, sobressairá como a principal protagonista da política potiguar a bater rumoroso e impactante recorde. Uma lástima, pois.

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