• Cachaça San Valle - Topo - Nilton Baresi
domingo - 16/02/2014 - 07:48h

Tempo do quase nada

Por David Leite

(A François Silvestre)

Somos rebentos (que desgastam

as mãos da parteira),

expelidos por um tempo de frivolidade.

 

De um tempo

onde o ideal

– redundantemente utópico –

sucumbe a forças indolentes

causando náuseas

pelo apequenado

e  confuso  conhecimento.

 

De um tempo

ornado de pragmatismo

protótipos estereótipos

– pobres em efígies –

desalterando

corações serenos em selvagens.

 

De um tempo

que nos faz confundir

visões ampliadas

com  pororocas  humanas.

 

De um tempo

onde a  mansidão

transfigura-se em  birutas de ares revoltos

nos levando como papelote usado

por parecermos pouco ou quase nada.

David Leite é professor, escritor e advogado

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Categoria(s): Poesia

Comentários

  1. Gilmar H. diz:

    Muito bom pras feiras de livros. Convide a mídia, reúna os seus.Vai ser ótimo a Literatagem à regalia. Lá vai estar toda a elite responsável por esse status quo.

  2. naide maria rosado de souza diz:

    David Leite.
    Já conheço a sua escrita. Sempre equilibrada e de notável sensibilidade. Que o tempo tão modificado retorne à serenidade, para parecermos tudo, ou quase tudo.
    Corajosa poesia que , mesmo assim, revelou beleza. Parabéns!

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