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domingo - 17/06/2018 - 07:42h

Um morreu, o outro esperneia

Por François Silvestre

O stalinismo morreu. Ponto. O comunismo nunca existiu; teve o nome associado a uma caricatura por repetir como oração o Manifesto do Partido Comunista de Marx e Engels.

Foi uma ilusão a pensar numa humanidade do porvir. Mas prestou um grande serviço. A quem? Ao capitalismo.

Todo idiota que detesta a palavra socialismo usa o “comunismo” como desculpa para babar-se de espuma hidrofóbica contra toda e qualquer manifestação humana de liberdade não convencional.

São os fascistas.

O fascismo vive.

Vive na repulsa à liberdade. Vive no ódio à fraternidade. Vive a aspergir a gosma do preconceito.

A depender deles, a burca das mulheres árabes deveria chegar aqui. Mesmo que eles as despissem para serem violentadas no esconderijo das suas taras. É isso.

O fascismo é o estuário das taras. E a primeira delas é a incapacidade de conviver com opiniões contrárias.

Stalin morreu e foi sepultado. Felizmente.

Hitler vive, a iluminar o epitáfio de um túmulo inexistente.

No mesmo forno onde o fascismo cremou judeus, agora os fascistas convocam o sionismo para cremar opiniões.

François Silvestre é escritor

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Categoria(s): Artigo

Comentários

  1. Ailson Fernandes Teodoro diz:

    Mais um texto maravilhoso desse grande escritor. Mais uma vez François, vem abrilhantar nossas manhãs de Domingo. Dessa vez venho a público parabenizar a técnica literária que ele usa para dar vida aos seus escritos. Dele, tive o prazer de ler 6 de seus livros, passando pela A Pátria não é ninguém até Dormentes – A Serra da festa encantada. Leitor fiel que sou, há tempos que espero pelo próximo livro. Enquanto isso vou me divertindo com os escritos semanais, e revisando outros livros. Recentemente reli Esmeralda, Crime no Santuário do Lima.
    Parabéns, François, você é um dos melhores escritores vivos do nosso País.

    Bom Domingo!

  2. José diz:

    Mais um texto que tenta justificar o retumbante fracasso que é o comunismo e para isso já inventaram inúmeras variações. A cada fracasso tentam justificar: “ah, mas não era comunismo de verdade”. Balela. Jamais deu certo em qualquer lugar e jamais dará. Falam em liberdades, mas todos os regimes comunistas são ditaduras. Falam na defesa da mulher e de burcas, mas apoiam os regimes árabes que as utilizam. Atacam o capitalismo, mas gostam mesmo é de dinheiro. É como dizer que é vegano, mas comer churrasco no café, almoço e jantar. Incoerentes, contraditórios.

  3. FRANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO diz:

    Sem dúvida, François Silvestre nos faz acreditar, ainda mais na força da leitura da literatura, da educação e do conhecimento como fontes inestimáveis e redivivas da transformação e melhoria do ser humano em sociedade.

    Seus escritos e artigos semanais nos brindam e nos trazem a certeza de que, a leitura da literatura, por meio da sinestesia, do envolvimento físico e psicológico dos sentidos, pelo aguçamento da curiosidade e pelas possibilidades emotivas que um livro e (ou) um belo e primoroso artigo pode conter, aprimora a linguagem e desenvolve a capacidade de comunicação com o mundo em variadas esferas.

    Nesse norte, indicutível que, quanto mais cedo se começar a ler, melhor. Paulo Freire já nos dizia que a leitura do mundo precede a leitura das palavras. Às crianças brasileiras, o acesso ao livro é dificultado por uma conjunção de fatores sociais, econômicos e políticos.

    Nesse contexto e a despeito do tormentoso e triste momento político e social que ora vivenciamos, torçamos pra que a crise por que passamos, parri passu oportunize através das novas tecnologias, não apenas as possibilidades dos jovens se viciarem na síntese da síntese da leituras das chamadas redes sociais e dos Twiter’s da vida, pelo contrário, enseje a criação de novos e largos caminhos pra o salutar e fecundo manejo dos livros seja digital e (ou) não, no ato salutar ato da leitura lato sensu.

    Obrigado Caro François Silvestre, por mais um brinde que nos faz sensível ao deleite da boa leitura, e da reflexão e compreensão tão necessária, diria imprescindíveis pra com o atual momento político/histórico que estamos a vivenciar.

    Um baraço

    FRANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO.
    OAB/RN. 7318.

  4. Naide Maria Rosado de Souza diz:

    Nem posso emitir minha opinião, é repetitiva.
    François Silvestre é gênio!

  5. Rodolfo diz:

    Que texto maravilhoso!

  6. FRANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO diz:

    E agora Jose´..
    Para onde…???
    A festa acabou.
    Aluz apagour
    O povo sumiu
    A noite esfriou…

    (…) Omissis

    você que é sem nome,
    que zomba dos outros,
    você que faz versos,
    que ama, protesta?

    e agora, José?

    Está sem mulher,
    está sem carinho,
    está sem discurso,
    já não pode beber,
    já não pode fumar,
    cuspir já não pode,
    a noite esfriou,
    o dia não veio,
    o bonde não veio,
    o riso não veio,
    não veio a utopia
    e tudo acabou
    e tudo fugiu
    e tudo mofou,
    e agora, José?

    Sua doce palavra,
    seu instante de febre,
    sua gula e jejum,
    sua biblioteca,
    sua lavra de ouro,
    seu terno de vidro,
    sua incoerência,
    seu ódio – e agora?

    Com a chave na mão
    quer abrir a porta,
    não existe porta;
    quer morrer no mar,
    mas o mar secou;
    quer ir para Minas,
    Minas não há mais.
    José, e agora?

    Se você gritasse,
    se você gemesse
    se você tocasse
    a valsa vienense,
    se você dormisse,
    se você cansasse,
    se você morresse…
    Mas você não morre,
    você é duro, José!

    Sozinho no escuro
    qual bicho-do-mato,
    sem teogonia,
    sem parede nua
    para se encostar,
    sem cavalo preto
    que fuja a galope
    você marcha, José!
    José, para onde?

    Com seu pre-claro e profundo conhecimento sobre os sistema políticos e econômicos, muito provavelmente adquiridos através do isento jornalismo praticado pela REDEGOLPEDEDETELEVISÃO, agencia INTERNACIONAL de noticias reuters, REVISTA READ DIGEST – SELEÇÕES E REVISTA VEJA, com certeza o pobre de direita, Sr. JOSÉ, deveras é o maior inimigo dele próprio, claro, isto se invocando as questões de ordem coletiva, as quais passam ao largo de sua maviosa compreensão, objeto da política e dos sistemas econômicos, sejam eles de matiz ideológica nacionalista, humanista e à esquerda.

    Ademais, há que se reforçar a questão temporal e secular no campo da análise, supostamente delineada pelo “cientista político, Sr. JOSÉ…!!!

    E agora José com seu mavioso e magnânimo comentário…Vossa senhoria , porventura ainda acredita que os comunistas comem as criancinhas….!!!???

    Um baraço

    FRANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO.
    OAB/RN. 7318.

  7. João Claudio - Pintor de Paredes, (sem número) diz:

    Programa ‘Peça e Ôça’.

    – E vamos atender a mais um ouvinte.

    – Alô? Quem fala?

    – Quem fala é José. Posso pedir uma música?

    – Claro, José. Aqui, quem manda é o ouvinte. ‘Pida’ a música.

    – Eu quero ouvir ‘Santo Lula’.

    – É prá já. Aumente o volume do seu ‘dial’ e curta.

    //m.youtube.com/watch?v=gqpcIhUbjh8

  8. seabra diz:

    Texto por demais tendencioso, como se o fascismo, estivesse apenas de um lado, esta faceta se manifesta em qualquer concentração de poder independente de ideologia, “O fascismo foi influenciado pela esquerda e pela direita, conservadores e anti-conservadores, nacionais e supranacionais, racionais e anti-racionais.Um número de historiadores têm considerado o fascismo ou como uma doutrina centrista revolucionária, ou uma doutrina que mistura filosofias da esquerda e da direita, ou como ambas as coisas,não existindo assim, um puro centro, indistinto e não adjetivado, nem uma pura posição extrema.”

  9. FRANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO diz:

    Bastou provocar… Provocar um pouco que seja, a extrema direita ,claro, automaticamente sai do armário travestida de social democrata a repetir ad-nauseam nas entrelinhas e aristotelicamente que a verdade está no meio, sobretudo no meio dos sofismas repetidos sofismas na tentativa, repetida tentativa de ocultar os raios do sol de um amanhecer humanista.

    Adorei a fala do Sr. Seabra , claro, absolutamente isenta, por conseguinte não tendenciosa…!!!

    NÉ MERMO…!!!???

    Quanto ao cientista político…Sr. JOÃO CLÁUDIO…Numerado fascista de quatro costados. Denota-se que o home anda um pouco meio que borocoxô com o seu seu cãodidato BOLSOBISTA, bem como com o resultado pratico da repetição ad-nauseam dos mantras e fak news que sempre e sempre lhes encomendaram os senhores da Casa Grande que até o presente tem procurado e procurado em vão.Tanto que não encontra Cãodidatos pra dar curso e velocidade à continuidade do golpe.

    Umbaraço

    FRANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO.
    OAB/RN. 7318.

  10. François Silvestre diz:

    Em nenhum momento, meu caro Seabra, o texto diz que o fascismo é coisa de um lado só. Tanto que o stalinismo foi colocado no mesmo nível do nazismo. O regime da Coreia do Norte é fascista. O fascismo, cuja raiz semântica vem de faces ou feixe, que simboliza a força “de um conjunto”, de poder central, sob o comando unificado de um líder ou “partido”, ao qual se submetem os indivíduos. O feixe de gravetos diz que cada graveto, separadamente, nada vale. Só o conjunto merece, sob a égide do “graveto” chefe, deter a decisão. Isso é o fascismo. Onde houver repulsa à liberdade, preconceito, intolerância, incapacidade de convivência com o contraditório, aí residirá o fascismo. A Coluna do Herzog, de Carlos Santos, é um antídoto ao fascismo.

  11. iris Maia diz:

    Belo texto François Silvestre, complementado pelo comentário de Fransuêldo.

  12. François Silvestre diz:

    Separar pais de filhos de imigrantes mexicanos, nos Estados Unidos, é FASCISMO. Os anti-tendenciosos dizem o quê? Kim Jong-Un e Trump são amigos e colegas. A ditadura de Cuba enoja Trump, mas a da Coreia do Norte é suportável e seu ditador é “talentoso”. Onde reside o tendencioso? Aqui, ó!

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