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sexta-feira - 24/05/2019 - 12:50h
Política e políticos

Um novo ciclo, melhor ou pior, depois dos mandarins

Já imaginou um mundo político sem Alves, Maia, Rosado, Faria etc.? Sim, é possível. Talvez até muito próximo de existir.

É uma realidade que se desempenha como provável daqui a muito pouco tempo.

Foi dilacerante o que as urnas bradaram em 2018. Impôs derrota de nomes que sempre foram protagonistas da política do RN nas últimas décadas.

Os que escaparam parece que não revelam força à continuidade (ou continuísmo, como queira) longeva. Agem como satélites ou apêndices de referências familiares que estão fadigadas. E o que é pior: não lideram.

São peças de reposição já gastas pelo próprio sobrenome que carregam; a maioria, sem qualquer facho de brilhantismo ou raposice dos antecessores. Os votos também minguam.

Mas o que virá depois? Quem serão os novos atores e nomes proeminentes nesse ambiente de poder?

Eis a questão.

A simples mudança de nomes e siglas não é suficiente para se acreditar que seja diferente e melhor, aquilo que parece novo. Contudo é desse destroço do velho que se alicerça um outro ciclo na política do RN e país.

Essa geração emergente e o que resta do conservadorismo/coronelismo que vai ficando para trás estão diante de exigências bem maiores, como o crescimento da vigilância popular.

Todos, sem exceção, são e serão muito mais cobrados do que os expurgados ou aposentados pela vontade popular. Às vezes, até de forma infame e criminosa (com o uso de fake news, por exemplo).

O comportamento do eleitor nas urnas, em 2018, é bem a prova de que os tempos são outros, volto a frisar.

O processo de avanço ou acomodação dessa nova ordem política incipiente é assentada ainda num sistema político-partidário velho e viciado. A engrenagem segue funcionando para não permitir mudanças (para melhor) na política, na República, no Estado e na vida social.

É uma herança maldita deixada por boa parte dos que foram demitidos ou extirpados da política, pelo voto ou pela lei. É o grande gargalo postado diante do novo, ou do aparentemente novo, que se propõe a ser diferente e melhor.

O modelo oligárquico está esgotado, mesmo que sobreviva aqui e ali em algumas comunas e em resistentes mandarins aldeões. Sua força ainda terá eco por decênios e decênios, mas nada será como antes.

O que vem por aí será pior? Não sei. Diferente, com certeza.

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Categoria(s): Opinião da Coluna do Herzog / Política

Comentários

  1. Naide Maria Rosado de Souza diz:

    Torço para que o novo ciclo seja melhor, não apenas diferente.

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