Se alguém tinha dúvida quanto aos reais motivos do apoio do suplente de deputado estadual Vivaldo Costa (PR), à pré-candidatura ao governo da senadora Rosalba Ciarlini (DEM), não precisa mais se atordoar em deduções.
Menos de 12 horas após anunciar em Caicó (ontem, quinta, 25), que fica com Rosalba, Vivaldo e o RN foram cientificados publicamente que o deputado Raimundo Fernandes (PMN) vai outra vez se licenciar. Serão quatro meses afastado da Casa.
Quem assume em seu lugar? Exatamente: Vivaldo.
Em sua entrevista à imprensa do Seridó, Vivaldo vendeu a imagem de divergência política e arenga na coabitação com o também parlamentar Nélter Queiroz (PMDB) no governismo, para mudar de lado. Recusa-se a apoiar o vice-governador e pré-candidato a governador Iberê Ferreira (PSB).
Entretanto teve o cuidado de manter endosso à postulação da governadora Wilma de Faria (PSB) ao Senado. Assim garante um pé em cada extremidade do duelo que se avizinha. Duplo estratégico.
A princípio, Vivaldo vinha sendo mantido na Assembleia Legislativa desde o início da atual legislatura, por gestões da própria governadora. Com o retorno de Raimundo à AL há poucos dias, ele foi desconvocado.
Foi aí que entrou em cena o presidente da Casa e provável vice de Rosalba, Robinson Faria (PMN).
Fechou nova licença de Raimundo, além de outras vantagens, para que Vivaldo mudasse de lado e de discurso.
Tudo muito simples, quase tudo muito claro.
Triste fim de Policarpo Quaresma -OPS! – de Vivaldo Costa. Com certeza o Robinson Faria (Só Faria!) fez escola. Passou mais de sete anos usufruindo das benessses do governo Wilma e agora cospe no prato. Homi,tomi Juízo, o povo tem nojo de quem é covarde! ARRE LÁ!
Que pena assistirmos ao ocaso de um líder político nessas condições. Lamenta-se, não pq o tal líder pertença ao partido X ou Y, ou pq esteja apoiando A ou B. Lamenta-se nesses episódios a constatação da falta de seriedade com a qual alguns políticos tratam a confiança que os seus eleitores lhes creditaram. Pior, é prova irrefutável do vale-tudo eleitoral para se ganhar uma eleição, em detrimento do exercício da boa política que seria a disputa por bons candidatos, com condutas ilibadas como pessoas e cidadãos e municiados com planos de governos focados nos interesses da coletividade.