terça-feira - 08/07/2025 - 06:42h
PED 2025

Candidato de Lula, Edinho Silva é eleito para presidir o PT nacional

Edinho já presidiu a legenda anteriormente (Foto: PT - Divulgação)

Edinho já presidiu a legenda anteriormente (Foto: PT – Divulgação)

Do Poder 360

Edinho Silva, representante da tendência Construindo um Novo Brasil (CNB), foi eleito o novo presidente do Partido dos Trabalhadores (PT). O candidato de 60 anos foi escolhido como o novo comandante da sigla por parcialidade, já que Minas Gerais não pôde participar do pleito por problemas na candidatura de Dandara Tonantzin.

As parciais foram divulgadas pelo atual presidente da sigla, Humberto Costa. Foram 342.294 votos apurados até o momento, sem contar com as urnas de Minas. Leia quantos votos cada candidato recebeu e qual é a porcentagem:

  • Edinho Silva – 239.155 votos (73,48%);
  • Rui Falcão – 36.279 votos (11,15%);
  • Romênio Pereira – 36.009, (11,06%)
  • Valter Pomar – 14.006 votos (4,3%).

O petista, apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi prefeito de Araraquara em 2 períodos: de 2001 a 2008 e de 2017 a 2024. Foi ministro da Secom (Secretaria de Comunicação Social) do governo de Dilma Rousseff, de 2015 a 2016.

Ainda não foram contabilizados todos os votos de Pernambuco, Bahia, Pará, Paraná, Rio de Janeiro e Minas Gerais -sendo que este último Estado só realizará o Processo de Eleição Direta (PED) no domingo (13.jul).

Edinho assume o cargo no início de agosto e fica até 2029.

A principal missão do novo comandante da sigla é organizar os candidatos do PT em 2026, em especial a reeleição de Lula para o 4º mandato. Em entrevista ao Poder360, ele disse não ter dúvidas de que o presidente será candidato.

“Claro que o PT tem que consolidar o seu campo, consolidar o campo para os seus parceiros históricos. Evidente que sim. Mas para que a democracia vença mais uma vez, nós teremos que dialogar com aqueles que não são tão parecidos com a gente, que não defendem historicamente as mesmas coisas que nós. E claro, sem abrir mão do nosso programa histórico, construído pelos nossos aliados, o que nos trouxe até aqui. Sou plenamente favorável a que esse diálogo se estabeleça”, afirmou.

Edinho precisará amarrar a frente ampla que levou Lula ao 2º turno em 2022 contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), formada por legendas de esquerda como: PC do B, PV, Solidariedade, Psol, Rede, PSB, Agir, Avante e Pros.

Ele afirmou que o partido terá como objetivo ampliar o número de deputados e senadores em 2026. Atualmente, o PT tem 67 deputados e 9 senadores.

Para ele, a estratégia de partidos de direita, ligados ao bolsonarismo, de eleger mais senadores para pressionar pela saída de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), visa provocar instabilidade política no país.

“Com instabilidade política, investidor internacional não vem e o nacional recua. Ninguém quer investir quando se caracteriza instabilidade”, disse.

Adversário

O deputado federal Rui Falcão, 81 de anos, da corrente Novo Rumo, foi o principal adversário de Edinho. Desde que iniciou um movimento para entrar na disputa, o deputado dizia que sua intenção não é enfrentar Lula, mas ampliar o debate interno sobre o futuro do PT em um retorno às bases do partido.

Rui já comandou o PT em duas ocasiões: de 1993 a 1994 e de 2011 a 2017. Em 1993, conseguiu um feito que pretendia repetir agora, quando derrotou o grupo de Lula e de José Dirceu.

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terça-feira - 08/07/2025 - 06:24h
Quinta-feira, 10

Missa de 30º Dia para Maria de Lourdes Alves Dias de Souza (Diúda)

Convite Missa (Reprodução)

Convite Missa (Reprodução)

Será às 19 horas da próxima quinta-feira (10), na Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, em Areia Preta, Natal, a  Missa de 30º Dia do falecimento de Maria de Lourdes Alves Dias de Souza (Diúda Alves).

Seus familiares agradecem antecipadamente a todos que comparecerem a esse ato de fé cristã.

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terça-feira - 08/07/2025 - 05:28h
Flim

Feira do Livro de Mossoró 2025 abre cadastro para escolas

Estudantes serão um dos principais focos da Flim 2025 (Foto: Arquivo)

Estudantes serão um dos principais focos da Flim 2025 (Foto: Arquivo)

As escolas públicas e privadas já podem se inscrever para visitar a Feira do Livro de Mossoró (FLIM) 2025 com seus alunos, em turmas organizadas por turno. A Feira do Livro de Mossoró 2025 que celebra seus 20 anos, acontecerá entre os dias 11 e 15 de agosto, na Faculdade de Educação no Campus Central da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN).

A iniciativa é voltada a diretores(as), coordenadores(as) e professores(as) interessados em ampliar o repertório cultural de suas turmas por meio do acesso à literatura e às múltiplas linguagens artísticas presentes no evento.

A visita escolar é uma oportunidade de proporcionar aos estudantes atividades que estimulam o hábito da leitura e o contato direto com as obras literárias e seus autores.

É importante ressaltar que o cadastro não restringirá o acesso ao evento que poderá ser feito independente disso, mas sim permitirá que a organização da Feira possa recepcionar melhor os professores e alunos conforme a sua faixa-etária, possibilitando assim uma atenção maior com atividades para eles e melhor estrutura.

“As escolas podem visitar sem fazer o cadastro, sem nenhum impedimento, mas sabendo quais escolas e horários pretendem visitar a feira, conseguiremos receber os alunos com mais atenção, material e estrutura ainda melhores. A presença das escolas com os alunos é fundamental e esse é nosso principal objetivo, por isso daremos toda a atenção à essas visitas”, ressalta Rilder Medeiros, organizador da FLIM.

O cadastro já pode ser feito de forma simples e gratuita por meio de um formulário disponível no link (tinyurl.com/cadastroescolasflim2025), que também está na bio do instagram do evento (@flmossoro). As vagas são limitadas por turno e o transporte é de responsabilidade das instituições de ensino.

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segunda-feira - 07/07/2025 - 23:46h

Pensando bem…

“Saudade é um sentimento que quando não cabe no coração, escorre pelos olhos.”

Bob Marley

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segunda-feira - 07/07/2025 - 23:24h
Senado

Votação autorizará cassino, bingo, jogo do bicho e corrida de cavalos

Projeto já passou pela Câmara dos Deputados (Foto: Agência Senado/Reprodução)

Projeto já passou pela Câmara dos Deputados (Foto: Agência Senado/Reprodução)

O projeto de lei que autoriza o funcionamento de cassinos e bingos, legaliza o jogo do bicho e permite apostas em corridas de cavalos é um dos cinco itens que estão na pauta da sessão do Senado desta terça-feira (8), com início às 14h.

O PL 2.234/2022, que autoriza o funcionamento de cassinos e bingos no Brasil, já foi aprovado na Câmara dos Deputados e na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado foi aprovado em junho de 2024, como parecer do senador Irajá (PSD-TO). Ele acolheu emendas sugeridas e prometeu ajustes no texto. 

De acordo com o texto do senador Irajá, será autorizada a instalação de cassinos em polos turísticos ou em complexos integrados de lazer, isto é, resorts e hotéis de alto padrão com pelo menos 100 quartos, além de restaurantes, bares e locais para reuniões e eventos culturais.

Uma emenda do senador Ângelo Coronel (PSD-BA) determina que os cassinos deverão funcionar em complexos integrados de lazer ou embarcações especificamente destinados a esse fim. Haverá o limite de um cassino em cada estado e no Distrito Federal, com exceção de São Paulo, que poderá ter até três cassinos, e de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Amazonas e Pará, que poderão ter até dois, cada um, em razão do tamanho da população ou do território.

Também poderão ser instalados cassinos em embarcações marítimas (no limite de dez, em todo o país) e em navios fluviais com pelo menos 50 quartos, dentro dos seguintes limites: um cassino em cada rio com extensão entre 1,5 mil e 2,5 mil quilômetros; dois em cada rio com extensão entre 2,5 mil e 3,5 mil quilômetros; e três em cada rio com extensão acima de 3,5 mil quilômetros.

Bingo

O jogo de bingo poderá ser explorado de forma permanente em locais específicos, tanto na modalidade de cartela, como nas modalidades eletrônica e de videobingo. Poderá haver uma casa de bingo em cada município, sendo que as cidades maiores poderão ter um estabelecimento para cada 150 mil habitantes.

Os municípios e o Distrito Federal serão autorizados a explorar jogos de bingo em estádios com capacidade mínima de 15 mil torcedores, desde que em forma não eventual.

As casas de bingo serão autorizadas a funcionar por 25 anos, renováveis por igual período. Para pleitear a autorização, precisarão comprovar capital social mínimo integralizado de R$ 10 milhões.

Jogo do bicho

Em cada estado e no Distrito Federal, poderá ser credenciada para explorar o jogo do bicho uma pessoa jurídica a cada 700 mil habitantes. Em Roraima (único estado com população abaixo desse limite, conforme o Censo de 2022) será permitida a instalação de uma operadora do jogo do bicho.

Pessoas jurídicas poderão ser autorizadas a explorar o jogo do bicho por 25 anos, renováveis por igual período. Para pleitear a autorização, precisarão comprovar capital social mínimo integralizado de R$ 10 milhões.

Já as apostas em corridas de cavalos poderão ser exploradas por entidades turfísticas credenciadas junto ao Ministério da Agricultura. Essas mesmas entidades poderão também ser credenciadas a explorar, ao mesmo tempo, jogos de bingo e videobingo, desde que no mesmo local em que haja a prática do turfe.

Caça-níqueis

O projeto regulamenta também o aluguel de máquinas de apostas e obriga o registro de todas junto ao poder público, bem como a realização de auditorias periódicas.

As máquinas de jogo e aposta, os chamados caça-níqueis, deverão ser exploradas na proporção de 40% para a empresa locadora e de 60% para o estabelecimento de bingo ou cassino, sobre a receita bruta, sendo essa a diferença entre o total de apostas efetuadas e os prêmios pagos.

Fonte: Agência Senado

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segunda-feira - 07/07/2025 - 20:36h
Areia Branca

Roteiro da pré-festa de Nossa Senhora dos Navegantes é divulgado

Festa de Nossa Senhora dos Navegantes - 1Do Costa Branca News

A Paróquia de Nossa Senhora da Conceição em Areia Branca, por meio da Pastoral da Comunicação (PASCOM), divulgou a programação da pré-festa em honra à padroeira dos marítimos, Nossa Senhora dos Navegantes.

O período, que antecede o início dos festejos, marca a peregrinação da imagem da santa protetora dos navegantes na zona urbana e nas comunidades com celebrações religiosas e anunciando a festa de Nossa Senhora dos Navegantes, que acontece de 5 a 16 de agosto (este último dia dedicado a Dom Bosco, do município).

A abertura da pré-festa será dia 15 de julho, quando a imagem de Nossa Senhora dos Navegantes será levada para a comunidade do Freire. A programação segue até 5 de agosto, data da abertura oficial dos festejos alusivos à padroeira dos marítimos.

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segunda-feira - 07/07/2025 - 19:50h
Justiça eleitoral

Prefeito e vice são cassados devido compra de votos

Antônio Marcolino e Ronaldo Prereira: prefeito e vice de Montanhas (Foto: Divulgação)

Antônio Marcolino e Ronaldo Prereira: prefeito e vice de Montanhas (Foto: Divulgação)

Do portal da 98 FM de Natal

O prefeito de Montanhas (RN), Antônio Marcolino Neto (PP), e seu vice, Ronaldo Pereira Ferreira de Farias (PT), tiveram seus diplomas cassados pela Justiça Eleitoral após decisão que reconheceu prática de compra de votos durante as eleições de 2024. A ação foi movida pela coligação Povo Unido, Montanhas Forte, composta pelos partidos Republicanos, MDB, PSB, União Brasil e PSD, além do candidato Algacir Antônio de Lima Januário, adversário no pleito.

Segundo a denúncia, Antônio Marcolino Neto ofereceu R$ 500 em espécie à eleitora Antônia Raynara da Silva Costa durante um evento político no dia 7 de setembro de 2024. Em audiência, a testemunha confirmou ter recebido o dinheiro diretamente do candidato em troca de voto. Apesar de a eleitora atualmente ter domicílio eleitoral em Goiás, ela relatou que havia morado em Montanhas, possuía vínculos familiares no município e esteve na cidade no período eleitoral.

Além da compra de votos, a ação também acusava o prefeito e o vice de abuso de poder econômico e político. As denúncias incluíam distribuição de combustíveis para apoiadores durante carreata no dia 15 de setembro de 2024 e o uso das instalações do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) como comitê eleitoral improvisado para confecção de materiais de campanha.

Contudo, o juiz responsável pelo caso entendeu que não houve provas suficientes para configurar abuso de poder econômico ou político, uma vez que não se comprovou a distribuição de combustível pelos candidatos nem o uso sistemático do CRAS para fins eleitorais. A única infração confirmada foi a compra de voto, prevista no artigo 41-A da Lei das Eleições.

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segunda-feira - 07/07/2025 - 15:52h
Disputa interna

Eleições do PT em Natal e em Mossoró têm enredo parecido

Natália, Daniel e Divaneide em Natal; Isolda, Ana e Samanda, em Mossoró (Fotomontagem do BCS)

Natália, Daniel e Divaneide em Natal; Isolda, Ana e Samanda, em Mossoró (Fotomontagem do BCS)

O vereador e professor da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), Daniel Valença, vai presidir o Partido dos Trabalhadores (PT) em Natal. Em Mossoró, segundo maior colégio eleitoral do RN, a professora de Ciências Sociais e Políticas da Universidade do Estado do RN (UERN), Ana Morais, comandará a legenda.

Foram resultados do Processo de Eleições Diretas (PED) do PT nesse domingo (06). Os dois pleitos não tiveram maiores sobressaltos, ao contrário de São Gonçalo do Amarante, que teve registro de atritos e algumas escaramuças entre chapas e militantes.

Em Natal, Daniel teve apoio importante dos deputados federais Natália Bonavides e Fernando Mineiro, além da deputada estadual Divaneide Basílio – que perdeu a eleição estadual (veja AQUI). Ele praticamente não enfrentou adversários à altura na luta pelo voto.

Em Mossoró ocorreu situação praticamente idêntica. Ana Morais, apoiada pela atual presidente e deputada estadual Isolda Dantas, além da vereadora em Natal, Samanda Alves (que é mossoroense), foi eleita com todos os votos válidos.

A vereadora Marleide Cunha, ao lado dos deputados federais Fernando Mineiro e Natália Bonavides, lançou seu assessor na Câmara Municipal, Yadson Magalhães, mas postulação não prosperou. Uma derrota pessoal, na luta interna entre ela e a deputada Isolda Dantas.

Magalhães tem histórico de situações desabonadoras – veja AQUI. Em 2018, chegou até a ser preso AQUI, por exemplo. Depois fez um acordo judicial em 2020, para se livrar de sanções maiores.

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segunda-feira - 07/07/2025 - 14:44h
Infraestrutura

“Mutirão de Estrada” recupera cerca de 90 km de vias na área rural

Fim de semana foi de trabalho na área rural mais movimentada do município (Foto: Wilson Moreno)

Fim de semana foi de trabalho na área rural mais movimentada do município (Foto: Wilson Moreno)

A Secretaria Municipal de Agricultura e Desenvolvimento Rural (SEADRU) realiza um “Mutirão de Estrada” na zona rural de Mossoró, onde existem 134 comunidades e mais de 300 km de vias carrocáveis. Nesse fim de semana, o trabalho de melhoria beneficiou a comunidade Alagoinha e adjacências.

A ação contou com o apoio da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SEMSUR) e já conseguiu recuperar cerca de 90 km de estrada.

O trabalho de terraplenagem, realizado pela Prefeitura de Mossoró, é contínuo em todas as regiões da zona rural do município para dar maior vazão ao que é produzido pelos agricultores familiares e também garantir maior segurança na trafegabilidade nas vias que cortam as dezenas de comunidades existentes.

“Queremos também agradecer, em nome do secretário Faviano Moreira, o apoio da Secretaria de Serviços Urbanos que vem nos fornecendo os carros para que a gente consiga executar esse trabalho. Só este ano, recuperamos na zona rural aproximadamente 90 km de estrada. Um trabalho intenso, visto que a zona rural de Mossoró é a maior do Estado”, declarou Kaio Vitor, diretor de infraestrutura vicinal da Seadru.

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segunda-feira - 07/07/2025 - 12:42h
Cobrança de pauta

Servidores do Detran paralisam atividades amanhã e dia 15

Imagem reproduzida de postagem do Luta de Detran-RN

Imagem reproduzida de postagem do Luta de Detran-RN

Os trabalhadores do Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN-RN) vão paralisar as atividades por 24 horas nesta terça-feira (08) e no próximo dia 15, com suspensão do atendimento ao público em todas as unidades do órgão, na capital e no interior.

A decisão foi tomada em assembleia da categoria, coordenada pelo Sindicato dos Servidores Públicos da Administração Indireta do RN (SINAI-RN) e realizada no último dia 03, após o Governo do Estado não apresentar respostas às reivindicações dos servidores.

Durante os dois dias de paralisação, haverá atos públicos e piquetes. Amanhã, as mobilizações ocorrerão nas sedes do Departamento Estadual de Trânsito em Natal e nos municípios. Já na próxima semana, o ato será no Centro Administrativo, em frente à Governadoria.

Proposta

A categoria cobra uma proposta concreta para a pauta de 2025, que inclui: autonomia administrativa e financeira da Autarquia; fim das terceirizações; implantação do PIQ; reajuste do auxílio-alimentação; definição de pisos salariais e atualização do PCCR, com reenquadramento e reconhecimento de atribuições.

Mesmo com a arrecadação crescente do DETRAN e a folha de pagamento representando apenas 18% da receita do órgão (0,41% da folha estadual), o Governo segue sem apresentar propostas, nem mesmo sobre pontos que não geram impacto financeiro.

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segunda-feira - 07/07/2025 - 09:50h
São Paulo

Deputado estadual do RN passa por cirurgia cardíaca de urgência

Ivanilson estava em São Paulo, quando precisou passar por cirurgia de urgência (Foto: redes sociais)

Ivanilson estava em São Paulo, quando precisou passar por cirurgia de urgência (Foto: redes sociais)

O deputado estadual Ivanilson Oliveira (União Brasil) passou por cirurgia cardíaca de urgência em São Paulo-SP, nesse domingo (06). Em suas redes sociais, ele esclareceu o caso e tranquilizou amigos e eleitores.

Veja o que foi postado em suas redes sociais:

Viajei a São Paulo para participar do Festival ABCR (Associação Brasileira de Captadores de Recursos) 2025, um evento nacional que reúne especialistas e lideranças de todo o país para discutir políticas públicas e o fortalecimento das organizações da sociedade civil.

Durante a viagem, tive um mal-estar e precisei ser internado. Após exames, foi indicada a necessidade de um procedimento cardíaco de urgência.

Sigo em recuperação, bem acompanhado por uma equipe médica especializada. Mesmo distante fisicamente, permaneci atento aos assuntos do nosso estado e em contato constante com minha equipe.

Agradeço, de coração, todas as mensagens de apoio e carinho. Elas têm sido um grande incentivo nesse momento de recuperação.

Daqui a pouco estarei de volta ao Rio Grande do Norte, com ainda mais energia para seguir trabalhando por vocês.

Nota do BCS – O deputado aparece na foto ao lado da irmã e prefeita baraunense Divanize Oliveira (PSD) e de um filho.

Saúde, deputado.

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segunda-feira - 07/07/2025 - 08:38h
PED 2025

Samanda Alves e Isolda Dantas vencem eleições internas no PT do RN

Isolda e Samanda tiveram apoio de Fátima e vão dividir gestão nos próximos quatro anos (Foto: Divulgação)

Isolda e Samanda tiveram apoio de Fátima e vão dividir gestão nos próximos quatro anos (Foto: Divulgação)

O Processo de Eleições Diretas (PED) do Partido dos Trabalhadores (PT) escolheu dirigentes em 91 municípios e da legenda no RN, nesse domingo (06). No plano estadual, a vereadora em Natal Samanda Alves e a deputada estadual Isolda Dantas formaram a chapa vencedora como presidente e vice.

Mandato terá duração de quatro anos. Samanda assumirá a presidência pelos dois primeiros anos e Isolda nos dois restantes. Samanda e Isolda substituirão o ex-deputado estadual Júnior Souto e o vereador natalense Daniel Valença na presidência e vice-presidência estadual da sigla.

Para alcançar a vitória, Samanda e Isolda juntaram forças nas diferenças. Lançaram candidatura coletiva, que reuniu a tendência Democracia Socialista (DS), de Isolda Dantas, com a Avante, corrente de Samanda Alves, mossoroense de origem. Tiveram apoios importantes como da governadora Fátima Bezerra e do deputado estadual Francisco do PT.

Elas enfrentaram chapa liderada pela deputada estadual Divaneide Basílio, da tendência Construindo um Novo Brasil (CNB), a mesma do deputado federal Fernando Mineiro, que contou ainda com o reforço da corrente Articulação de Esquerda (AE), da deputada federal federal Natália Bonavides.

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segunda-feira - 07/07/2025 - 07:22h
Pesquisa

Governo Lula leva a melhor em redes sociais no duelo sobre IOF

Gráfico ilustrativo

Gráfico ilustrativo

Do Canal Meio e G1

Derrotado na votação que derrubou o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o governo partiu para a briga nas redes e, segundo pesquisa Genial/Quaest (íntegra) divulgada no fim de semana, levou a melhor.

De acordo com o levantamento, houve 4,4 milhões de publicações sobre o assunto entre 24 de junho e 4 de julho. Destas, 61% foram de críticas ao Congresso, 28% foram neutras e 11% eram contra o governo.

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) foi alvo de 8% das publicações, com tom majoritariamente crítico.

Na sexta-feira, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes suspendeu tanto o decreto do Executivo elevando o IOF quanto a decisão do Congresso derrubando a medida e convocou uma audiência de conciliação. (g1)

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domingo - 06/07/2025 - 23:48h

Pensando bem…

“Nas grandes tentativas, até o fracasso é glorioso.”

Bruce Lee

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domingo - 06/07/2025 - 20:30h
Entrevista

Editor do BCS disseca quadro político do RN para 2026

“Há possibilidade de união da oposição para 2026”, observou Carlos Santos, criador e editor do Blog Carlos Santos. Ele foi entrevistado nessa sexta-feira (04), no programa Jornal da Tarde na Rádio Rural de Mossoró, apresentado pelo jornalista Saulo Vale.

Carlos Santos fez uma análise sobre bastidores e discussões no campo político de oposição estadual, que envolvem o senador Rogério Marinho (PL), prefeito mossoroense Allyson Bezerra (UB) e o ex-prefeito de Natal Álvaro Dias (Republicanos) – com vistas à disputa do governo.

O entrevistado ainda falou sobre disputa ao Senado, apontando uma forte possibilidade de reeleição de Styvenson Valentim (PSDB) e eleição da governadora Fátima Bezerra (PT).

A senadora Zenaide Maia (PSD) corre por fora e pode ser substituída ou cristianizada no governismo – apontou o editor do BCS.

Destacou também a disputa à Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados, além da necessidade de abordagem de grandes temas e não apenas nomes.

No mesmo bate-papo com Saulo Vale, ele mostrou o acerto político do prefeito Allyson Bezerra, ao escolher a ex-prefeita de Messias Targino – Shirley Targino (PP) – para seu secretariado.

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domingo - 06/07/2025 - 18:22h
Luto

Mossoró se despede do empresário Francisco Alves Maia (Titico Maia)

Titico Maia faleceu em sua casa, em Mossoró (Foto: Arquivo Relembrando Mossoró/Gazeta do Oeste)

Titico Maia faleceu em sua casa, em Mossoró (Foto: Arquivo Relembrando Mossoró/Gazeta do Oeste)

Mossoró perde o empresário Francisco Alves Maia (Titico Maia).

Faleceu em sua casa pela madrugada deste domingo (06).

Faria 92 anos no  próximo dia 27.

Estava bem debilitado devido problemas decorrentes da própria idade, e enfrentava uma infecção pulmonar.

Era pai de Júnior Maia (psicólogo) e Paulo Maia (engenheiro), ambos falecidos, além da médica Daniela Maia.

Deixa dona Manolita Maia como viúva.

Velório e sepultamento ocorreram no Memorial Jardim das Palmeiras.

Que descanse em paz.

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domingo - 06/07/2025 - 10:52h
Luto

Comunicação e política do Seridó perdem Luciano Vale

Luciano passou por cirurgia, mas contraiu infecção (Foto: reprodução do BMD)

Luciano passou por cirurgia, mas contraiu infecção (Foto: reprodução do BMD)

Faleceu neste sábado, 5 de julho, em Natal, o radialista e ex-vereador de Caicó, Luciano Vale, aos 67 anos. A informação foi confirmada por seu filho, Thales Vale, ao blog do jornalista Marcos Dantas.

Segundo Thales, Luciano Tibúrcio Vale havia se submetido recentemente a uma cirurgia cardíaca, que transcorreu bem. No entanto, ele acabou contraindo uma infecção generalizada no período pós-operatório. “Ele foi intubado ontem e faleceu hoje (sábado) por volta das 21h30”, informou o filho.

Luciano Vale há muitos anos atuava como comunicador da 106,3 FM de Caicó. Além da carreira na comunicação, também exerceu mandato como vereador no município.

Luto

O prefeito de Caicó, Dr. Tadeu, decretou neste domingo (3), três dias de luto oficial no município em razão do falecimento do radialista e ex-vereador Luciano Vale, figura reconhecida por sua contribuição à comunicação e à vida pública caicoense.

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domingo - 06/07/2025 - 10:28h

A esquerda, a direita e o futuro do Brasil

Por Creomar de Souza

Arte ilustrativa

Arte ilustrativa

Este é um país dividido. Longe de ser uma reflexão suficientemente esclarecedora da realidade que nos cerca, tal assertiva se apresenta muito mais como um mantra que, repetido exaustivamente, tenta dar conta dos dilemas e mazelas que caracterizam esta era de incertezas. Todavia, no esforço de destrinchar a afirmativa inicial e contribuir para o debate público e o esclarecimento do leitor, me permito construir algumas ilações que possibilitam avançar nesta compreensão.

Inicialmente, parece importante ter em mente o fato de que o Brasil é um país marcado por um conjunto enorme de diferenças regionais. Da Mata Atlântica à Caatinga, da Floresta Amazônica até o Pampa e do Cerrado até o Pantanal, o que se percebe é a propagação de uma miríade de paisagens que efetivamente conformam a relação de cada um de nós brasileiros com o espaço que nos cerca. Descendo mais um degrau nesta reflexão, se faz impossível não estabelecer uma correlação direta entre o espaço — ou melhor, os espaços — e a construção de olhares e crenças dos indivíduos sobre a realidade.

Os espaços e a nossa interação com estes são fundamentais para construirmos nossa cognição, o que delimita como cada um de nós reage aos estímulos e aos atores com os quais os dividimos

E o que isto significa? Que a forma como cada um de nós interage dentro de nossas casas, com nossos vizinhos e em nossos bairros, tendencialmente cria um rol de preferências que nos permitem entender a realidade. Neste exato momento, você pode estar se perguntando: “Mas o que efetivamente a noção de espaço e ocupação deste tem a ver com o título do texto?”. Pois bem, de maneira efetiva, tudo. Afinal, os espaços e a nossa interação com estes são fundamentais para construirmos nossa cognição, o que delimita como cada um de nós reage aos estímulos e aos atores com os quais os dividimos.

Neste momento, peço sua permissão para fazer um recorte. Nele migramos da compreensão abstrata da realidade e do espaço per se para um evento em específico: a celebração do dia 1º de maio de 2024. Neste dia, em São Paulo, o Presidente da República participou de um ato convocado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) em comemoração ao Dia do Trabalhador. Naquele momento, Lula — político escolado e acostumado ao contato direto com as massas — teve uma das surpresas mais desagradáveis de seu mandato: o evento estava basicamente vazio. De forma clara, aproximadamente menos de duas mil pessoas compareceram à mobilização convocada por uma das centrais sindicais historicamente mais importantes do país, mesmo contando com a presença da principal figura institucional da nação, o presidente da República Federativa do Brasil.

A reação de Lula à situação desalentadora foi sucinta: “O ato está mal convocado. Não fizemos o esforço necessário para levar a quantidade de gente que precisa levar”. Combinadas, o fiasco do evento e a declaração marcada pela tônica de desapontamento acenderam um sinal de alerta ao governo. Porém, o acontecimento não levou a uma mudança significativa nos quadros responsáveis por sua organização, ou mesmo na própria forma como o Presidente passou a engajar com os cidadãos a partir daquele momento. Ao contrário, no 1º de maio deste ano, o resultado foi recolher-se ao Palácio do Planalto e gravar uma mensagem alusiva ao evento a ser veiculada pelos canais comunicacionais tradicionais.

Dado esse contexto, é possível se debruçar sobre um segundo exemplo, tão significativamente importante quanto o primeiro. Neste caso, ainda em São Paulo, mas especificamente no dia 29 de junho de 2025, são trocados os protagonistas políticos: no lugar de Lula, entra o ex-Presidente Jair Bolsonaro. Tal qual ocorrido com Lula no exemplo dado, Bolsonaro teve que lidar com um acometimento popular menor que o esperado. Em termos de mensuração, as estimativas em torno de 12 mil presentes contrastam efetivamente com os números angariados pelo ex-chefe do Executivo neste mesmo local, como, por exemplo, no 7 de setembro de 2022. E quais as razões para essa diferença? Da psicologia até a sociologia, teses múltiplas podem ser construídas para retratar este processo, porém, aqui se optará pelo retorno à reflexão sobre o espaço e a capacidade deste de exercer influência e conformar a cognição.

Em um exercício de coerência reflexiva, me utilizarei de Milton Santos para dar clareza ao argumento. Afinal, o maior dos geógrafos que este país já produziu sempre insistiu na tese de que o espaço geográfico é um verdadeiro campo de força cuja formação é desigual. E esta desigualdade se manifesta no modo como os espaços e as pessoas se desenvolvem de formas diferentes, com olhares, gostos e percepções distintas, permitindo a partir daqui um retorno à nossa tese definidora: este país está dividido.

Esta divisão, todavia, não é recente. Ela é fruto do nosso próprio DNA formador (peço aos biólogos que leem este texto que perdoem a liberdade poética), o qual, por característica histórica, temos dificuldade de aceitar e que foi muito bem definido pelo engenhoso dramaturgo Nelson Rodrigues como “Síndrome do Vira-Lata”. Tais diferenças — que se expressam no tamanho das casas em que vivemos, na quantidade de luz solar que temos a possibilidade de absorver, nas horas de lazer as que se têm acesso ou que são impossíveis de se ter — formam a miríade das cognições do brasileiro comum, e é a partir destas lentes que eles, efetivamente, escolhem aqueles que darão respostas aos seus anseios.

Na atual quadra histórica, a percepção mais abundante é a de que as respostas mais atraentes às incertezas parecem ser mais vocais à direita do espectro político. Seja por convicção, seja por pragmatismo eleitoral ou por mera decepção com as opções ideológicas concorrentes, ser de direita parece ter se tornado um fenômeno mais atrativo que a alternativa, fazendo com que não apenas Bolsonaro e seu clã político-familiar angariem poder, mas permitindo o surgimento de nomes com os mais diversos perfis dentro deste grupamento. E, fundamentalmente, este cenário traz a necessidade de pensar no que alimenta a crescente rejeição da atual ordem de coisas entre os eleitores.

O que se percebe é um crescimento de um sentimento de desalento, um enfado com a política, os políticos e quiçá com a própria ideia de intelectualidade

Das imperfeições do Sistema Único de Saúde (SUS), passando pela desproporcionalidade das responsabilidades entre os entes federativos no que concerne a outras agendas importantes — na qual se destaca o maior fracasso da Nova República, a segurança pública —, o que se percebe é um crescimento de um sentimento de desalento, um enfado com a política, os políticos e quiçá com a própria ideia de intelectualidade, que parece a cada dia ser mais e mais percebida como descolada das necessidades de um mundo real que é violento e desafiador em níveis altíssimos.

Em face de uma plataforma de direita que aparenta compreender as indignações populares já identificadas em obras como O Povo Contra a Democracia, de Yascha Mounk, e A Vingança do Poder, de Moisés Naím, cabe a pergunta: o que a esquerda tem a oferecer? Tendo como parâmetro o ocorrido em eleições recentes nos Estados Unidos e na Argentina, a resposta mais objetiva é: muito pouco. Afinal, a ideia de preservação do status quo — traduzida no axioma de defesa da democracia — parece ser vista por eleitores em vários lugares do mundo como uma reflexão diletante feita por uma elite cuja vida parece resolvida, ao mesmo tempo em que é indiferente aos sofrimentos daqueles que se sentem reféns de uma era de incertezas.

Tal dilema, que possui uma camada retórica, outra política e uma eleitoral, parece ser um desafio de difícil transposição para aqueles que se acostumaram a serem vistos como tradutores privilegiados da realidade. Agora, se na teoria o horizonte parece mais favorável à direita em termos eleitorais, qual é o dilema para este grupamento e para aqueles que nele depositem suas esperanças? Sinteticamente, o risco de que, tal qual na atual conjuntura, a narrativa eleitoral não se transforme em uma agenda que resolva problemas reais ou, ao menos, dê a expectativa de que haja interesse real em resolvê-los.

Afinal, a fórmula de engajamento e de transformação da eleição em um plebiscito sobre quem polariza mais pode dar sinais claros de esgotamento. O risco para Bolsonaro, assim como Lula no 1º de maio de 2024, é o despertar em uma situação em que o seu protagonismo tenha se esvanecido e a percepção de fragilidade seja visível aos adversários, ao ponto que estes se sintam livres e desinibidos para fustigá-lo continuamente. E se Lula hoje sofre com um Congresso que o vê como alvo fácil, as complicações jurídicas autoprovocadas nas quais Bolsonaro se colocou servem como um elemento significativo de assimilação do quão frágil é sua posição apesar da retórica comumente agressiva.

Ao país, por sua vez, faltam atores que sejam capazes de mobilizar atenções e interesses para além dos vídeos curtos de redes sociais e do engajamento superficial no debate sobre sites de apostas. De maneira efetiva, a direita e a esquerda parecem muito cientes daquilo que desejam — poder —, mas pouco conscientes da forma de construir uma agenda que seja efetivamente capaz de diminuir as divisões que nos afetam em termos de espaço, sociedade e capacidade de olhar o futuro com alguma esperança.

Creomar de Souza é historiador de formação, mestre em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília,  professor visitante na University of Florida (2010) e atualmente é professor da Fundação Dom Cabral

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Categoria(s): Artigo / Opinião
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domingo - 06/07/2025 - 09:30h

A ciência e a cultura por trás da escolha das cores do semáforo

Por Luís Correia

Imagem ilustrativa com recursos de Inteligência Artificial para o BCS

Imagem ilustrativa com recursos de Inteligência Artificial para o BCS

Os semáforos são uma das invenções mais universais do mundo moderno, presentes em praticamente todas as cidades do planeta. Mas você já parou para pensar por que as cores escolhidas foram vermelho, amarelo e verde? A resposta envolve psicologia cognitiva, ergonomia visual, antropologia cultural e padrões técnicos internacionais. Essa padronização foi consolidada pela Convenção de Viena sobre Trânsito (1968), mas também incorporada pelo Código de Trânsito Brasileiro (Lei nº 9.503/1997). Essa dupla regulamentação – global e local – reforça a importância científica e social por trás dessa combinação cromática.

1 – Psicologia Cognitiva: Como o cérebro interpreta essas cores?

O vermelho, o amarelo e o verde não foram escolhidos por acaso. A psicologia cognitiva explica que essas cores despertam reações quase instintivas no cérebro humano:

– Vermelho: Associado ao perigo, sangue e alerta máximo, o vermelho não só chama atenção imediata como também provoca reações fisiológicas, como o aumento da pressão arterial e dos batimentos cardíacos. Estudos indicam que essa cor ativa o sistema nervoso simpático, preparando o corpo para uma resposta rápida – daí sua eficácia em sinais de parada.

– Amarelo: Além de representar precaução, o amarelo possui uma vantagem biológica: é a cor mais facilmente detectada pelo olho humano, especialmente em movimentos rápidos. Essa característica faz dele o sinal ideal para situações de transição que exigem resposta imediata.

– Verde: Posicionado próximo ao centro do espectro visual (em torno de 555 nm), o verde é naturalmente mais perceptível ao olho humano. Essa cor ainda carrega associações com a natureza e tranquilidade, transmitindo uma sensação de segurança e fluidez que combina perfeitamente com a mensagem de “siga em frente”.

2 – Ergonomia Visual: Visibilidade e Distinção Instantânea

A ergonomia visual estuda como o olho humano percebe e processa informações luminosas. No caso dos semáforos, três fatores foram decisivos:

– Contraste luminoso: O vermelho e o verde estão em extremos opostos do espectro visível, reduzindo confusões mesmo em condições de baixa luminosidade.

– Visibilidade em diferentes condições: O amarelo, além de sua fácil detecção, mantém boa visibilidade sob neblina ou luz solar intensa.

– Acessibilidade: Pessoas com daltonismo (principalmente o tipo vermelho-verde) ainda conseguem distinguir as cores pela posição (em semáforos verticais, o vermelho fica sempre no topo).

Normas técnicas, como a ABNT NBR 16199, regulam a intensidade luminosa e o posicionamento das luzes para garantir que sejam percebidas corretamente por todos.

3 – Antropologia Cultural: A Padronização Global

Apesar de algumas culturas atribuírem significados distintos às cores, o semáforo seguiu um processo de uniformização internacional. Isso ocorreu porque:

– Convenções internacionais, como a já mencionada Convenção de Viena sobre Trânsito (1968), estabeleceram o vermelho, amarelo e verde como padrão para evitar acidentes em viagens entre países.

– Historicamente, as primeiras luzes de trânsito (século XIX) usavam vermelho e verde porque eram as cores mais facilmente reproduzidas com a tecnologia da época (lâmpadas a gás). O amarelo foi adicionado posteriormente para melhorar a segurança.

Conclusão: Uma Escolha Baseada em Ciência, Segurança e Consenso

A combinação vermelho-amarelo-verde nos semáforos representa muito mais do que uma simples convenção – é um sistema cuidadosamente elaborado que salva vidas diariamente. Cada aspecto dessa tríade cromática foi meticulosamente estudado para garantir a segurança de pedestres, motoristas e todos os usuários das vias.

O respeito a essas cores não é apenas uma questão de obediência à lei, mas sim uma responsabilidade coletiva. Quando ignoramos o vermelho, colocamos em risco não apenas nós mesmos, mas todos ao nosso redor. O amarelo, frequentemente visto como um “convite à aceleração”, foi concebido justamente para dar tempo de reação segura – desrespeitá-lo é uma das principais causas de acidentes em cruzamentos. Já o verde, embora sinalize liberdade de movimento, exige igual atenção, pois a segurança no trânsito é sempre compartilhada.

Vale destacar que a eficácia desse sistema depende crucialmente do cumprimento coletivo das normas. Estatísticas de segurança viária em todo o mundo comprovam que locais com maior respeito à sinalização apresentam índices significativamente menores de acidentes. A psicologia do trânsito mostra que a previsibilidade gerada pela obediência aos semáforos é um dos fatores mais importantes para a segurança nas vias.

Além disso, a padronização internacional dessas cores facilita a compreensão universal, sendo especialmente valiosa em um mundo globalizado onde pessoas circulam entre países com diferentes línguas e culturas. Um turista em terra estrangeira pode não entender as placas, mas certamente compreenderá o significado do semáforo.

Portanto, quando nos deparamos com essas luzes coloridas, estamos diante de um dos mais bem-sucedidos exemplos de cooperação humana em prol da segurança coletiva. Cada vez que respeitamos o semáforo, estamos contribuindo para um trânsito mais harmonioso e protegendo vidas – inclusive a nossa. Afinal, no grande sistema viário que compartilhamos, a segurança de um depende do cuidado de todos.

Luís Correia é agente de Trânsito, diretor de Mobilidade do Município de Mossoró, membro da Câmara Temática de Saúde para o Transito (CTST) do Contran e do Conselho Estadual de Trânsito

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Categoria(s): Artigo
domingo - 06/07/2025 - 08:38h

O Efeito Casulo – Dia 6

Por Marcos Ferreira

Arte ilustrativa com recursos de Inteligência Artificial para o BCS)

Arte ilustrativa com recursos de Inteligência Artificial para o BCS)

Daqui, enquanto preparo um pouco de café para reunir as ideias, neste momento escassas e preguiçosas, ouço vozes e gargalhadas na rua. Em meio às quais, com sons díspares, escuto também o ladrar agudo de dois cães pequeninos de minhas vizinhas das casas à esquerda deste domicílio. São precisamente quatro horas e vinte e cinco minutos desta tarde de sábado abafada e barulhenta.

Fui até o muro dianteiro e fiquei observando, através dos cobogós, o vaivém dos transeuntes, carros e motocicletas. Visão precária, limitada, óbvio. Vi apenas pessoas estranhas; nenhum conhecido. Passou uma idosa caquética de braços com uma moça de vinte e poucos anos, quiçá neta da velha. Cogitei abrir o portão, ficar na calçada durante um tempinho, talvez acenar às vizinhas, contudo desisti de colocar a cara fora. A esta altura não desejo mais confraternizar com ninguém. Não me agrada ser visto por quem quer que seja. Voltei, fui tomar um banho.

Então, com uma caneca de café à direita desta escrivaninha, apresento-me redigindo coisinhas assim banais, deveras enfadonhas. Eu próprio me sinto, além de enfermo, um elemento banal, ordinário. Escrever, entretanto, é uma das pouquíssimas atividades que consigo realizar com o mínimo de eficiência. Meus começos com a escrita só foram possíveis graças à leitura de trabalhos de um vasto número de autores a que tive acesso. Meu contato com as letras, todavia, foi um bocado tardio. Ainda analfabeto com onze anos, fui matriculado em uma escola e comecei a desasnar. Tive um baita choque quando, na primeira série, descobri que podia ler.

Enfim, por competência da professora Maria do Carmo, deixei de ser cego. Nunca mais parei. Além das leituras em sala de aula, lia tudo que me aparecesse. No caminho de ida e volta do colégio, soletrava o que meus olhos alcançassem: letreiros de lojas, mercearias, mercadinhos, bares, oficinas de bicicleta, de carros, de motos, padarias, farmácias, etc. O meu interesse pela leitura era um deslumbramento absoluto, uma espécie de fome ancestral. Essa fome foi transferida para todo tipo de obras. Com o passar dos anos, naturalmente, fui me tornando mais seletivo.

Não estou com saco para deitar nomes de livros nem de seus respectivos autores. Minha permanência em escolas foi muito fragmentada; nunca tive essa consciência de que a educação formal seria redentora em minha vida. Porém, apesar da ausência em sala de aula, o micróbio da literatura tomou conta do meu coração e espírito justo pelo contato com títulos e escritores nacionais quanto estrangeiros.

Fiquei desconcertado, maravilhado ao ler, por exemplo, “São Bernardo”, de Graciliano Ramos. Li e reli ao menos os quatro romances do Velho Graça. “Angústia” é extraordinário, hipnótico. “Memórias póstumas de Brás Cubas”, de Machado, foi outro alumbramento naqueles meus quinze para os vinte anos de idade. Nessa mesma época tive a sorte de conhecer Fiódor Dostoiévski. O russo da gélida São Petersburgo, mestre dos psiquiatras, é um escafandrista da psique humana, o gênio maior entre todos os ficcionistas.

Isto é só a minha opinião. Haverá quem discorde; tipos outros podem ser apresentados como superiores, indivíduos da estatura de um Leon Tolstói e Marcel Proust, ambos artistas de méritos invulgares. Mas há pouco afirmei que “estou sem saco para deitar nomes de livros nem de seus respectivos autores”. Morre agora essa tentadora exemplificação. Aliás, finda-se aqui meu relato de hoje.

Leia tambémO Efeito Casulo – Dia 1

Leia tambémO Efeito Casulo – Dia 2

Leia tambémO Efeito Casulo – Dia 3

Leia tambémO Efeito Casulo – Dia 4

Leia também: O Efeito Casulo – Dia 5

Marcos Ferreira é escritor

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Categoria(s): Conto/Romance
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domingo - 06/07/2025 - 06:50h

A psicologia da segurança jurídica

Por Marcelo Alves

Arte ilustrativa

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José Afonso da Silva, no seu “Curso de direito constitucional positivo” (uma edição de 1989 da Revista dos Tribunais que, “companheira” de bacharelado na UFRN, ainda hoje guardo com muito carinho), já afirmava: “A segurança jurídica consiste no ‘conjunto de condições que tornam possível às pessoas o conhecimento antecipado e reflexivo das consequências diretas dos seus atos e de seus fatos à luz da liberdade reconhecida’”. Ademais, “uma importante condição da segurança jurídica está na relativa certeza que os indivíduos têm de que as relações realizadas sob o império de uma norma devem perdurar ainda quando tal norma seja substituída”.

Aliás, “é nessa colidência de normas no tempo que entra o tema da proteção dos direitos subjetivos que a Constituição consagra no art. 5º, XXXVI, sob o enunciado de que a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada”.

Todavia, infelizmente, a insegurança/instabilidade jurídica parece fazer parte da tradição brasileira, sofrendo o nosso sistema jurídico, num grau altíssimo, desse problema. Essa insegurança, com regras de direito constantemente reformuladas e/ou aplicadas de maneira inconsistente, tem prejudicado bastante, “psicologicamente” falando, a confiabilidade no nosso sistema, já que, intuitivamente, normas instáveis não parecem direito, mas, sim, arbitrariedade ou até capricho. Há muito descrédito no presente: o cidadão, o empresário, o governante, todos eles carecem hoje do senso de confiança no nosso direito, tão necessário para os negócios jurídicos.

De fato, a necessidade da segurança jurídica está intimamente relacionada com um certo tipo de “psicologia social”, que funciona tanto para o presente como para o futuro, a partir da maior previsibilidade ou mesmo da certeza do que é – e sobretudo continuará sendo – o direito. Como aduz Eugen Ehrlich, no texto “Fundamentos da sociologia do direito” (constante do livro “Os grandes filósofos do direito”, Martins Fontes, 2002), “há uma grande necessidade social de normas estáveis”, pois é o que tornará possível, em grande medida, “prever e predizer as decisões e, desse modo, colocar um homem em condições de tomar as providências necessárias de acordo com isso”.

Assim, desde logo, os indivíduos e as pessoas jurídicas podem melhor ordenar suas condutas e seus negócios, e os advogados, em sendo o caso, podem antecipadamente aconselhar seus clientes, pois já há uma previsão de como as questões seriam resolvidas até mesmo judicialmente. Aliás, uma das funções primordiais do direito seria, além de dizer, assegurar o que ele realmente é.

É claro que a segurança jurídica deve ser sempre sopesada com o desenvolvimento do direito. A sucessão de paradigmas legais – ou até interpretativos na aplicação de idêntico texto legal – é uma realidade social e jurídica, constituindo mesmo uma exigência de justiça. Dá-se com frequência, é verdade. Mas isso deveria ser feito com muito maior cuidado.

O próprio legislador, cujo relacionamento direto com a soberania popular faz presumir legítima a mudança normativa, para tanto deve render homenagem à Constituição e aos ditames de segurança jurídica ali estabelecidos. Com mais cuidado ainda deve laborar o juiz, que, para garantir a justiça, mas também preservar a segurança jurídica, deve apresentar uma fundamentação deveras objetiva e razoável em todos os casos em que mude de critério interpretativo.

Na verdade, avaliar a conveniência de cambiar o direito não é tarefa fácil. Várias questões devem ser sopesadas, sobretudo porque tal atitude implica uma forte contestação aos seus próprios objetivos. A incorreção, injustiça e inconveniência da norma ou interpretação a ser superada devem ser claramente constatadas, como também avaliado o “prejuízo” para a estabilidade e predicabilidade do sistema jurídico e das realidades que o cercam (a economia, a administração pública, a política etc.), que, sem dúvida, provoca, em maior ou menor grau, qualquer alteração do direito.

Marcelo Alves Dias de Souza é procurador regional da República, doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL e membro da Academia Norte-rio-grandense de Letras – ANRL

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Categoria(s): Crônica
domingo - 06/07/2025 - 05:44h

O atalaia

Por Bruno Ernesto

Foto do autor da crônica

Foto do autor da crônica

Quanto eu era criança, minha mãe me ensinou uma reza poderosa: Santo Anjo do Senhor.

Essa mesmo que, provavelmente, lhe veio à mente neste exato momento; se você tiver uma criação católica.

Quem sabe, quando criança, assim como eu, você tenha rezado amiúde antes de dormir ladeado pelos seus pais, no final de mais um dia puxado.

Quiçá, quando criança, você tenha rezado tão puro quanto um anjo. Sem nódoas na alma e sem se atentar para a maldade que sempre nos espreita. A maldade do gesto, da palavra e do pensamento.

Talvez a ordem delas seja o inverso. Inclusive de grandeza.

Naquele tempo, sempre me perguntava o porquê de tantas rezas e orações contra a maldade.

Depois descobri que não se deve ter receio da maldade. Por incrível que pareça, você até se acostuma com ela.

Ela é muito dócil frente à perversidade. Essa, sim, vem disfarçada das melhores formas que você possa imaginar.

Não confundamos religião e religiosidade. Não por onde, podem ser diametralmente opostas.

Depois, também percebi que um dos motivos de haver tantas orações, rezas e rituais, talvez seja em razão da necessidade de uma certa gradação da proteção espiritual.

Chegados a tal ponto, que o sincretismo religioso passou a ser quase uma necessidade.

Nem mesmo Lampião deixou de exortar o seu bando com suas rezas poderosas, embora tenha tido a filosofia de vida que teve e o fim que levou.

Nem mesmo a Oração da Pedra Cristalina e das Treze palavras Ditas e Retornadas o salvaram.

Mas, quantos livramentos antes do fim se deram? Só ele soube.

Não por onde, o mau agouro vem num sorriso.

Por mais que – aparentemente – se tenha por paradoxal, como dizia Nelson Rodrigues, o inimigo é sempre fiel.

Bruno Ernesto é advogado, professor e escritor

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Categoria(s): Crônica
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