domingo - 02/12/2018 - 23:50h
Política

PCdoB incorpora PPL e sobrevive à Claúsula de Desempenho

O PCdoB e o PPL aprovaram neste sábado (1°) a união entre as duas legendas.

Foi realizada Sessão Conjunta do Comitê Central do PCdoB e Congresso Extraordinário do PPL, no Novotel Jaraguá, em São Paulo-SP.

A legenda do PCdoB incorporará o PPL, para que possam sobreviver à primeira grande exigência da Cláusula de Desempenho (Barreira) que está em vigor. Nenhuma das siglas conseguiu eleger pelo menos nove deputados federais nas eleições deste ano.

Com essa fusão, o PPL desaparecerá, “sobrevivendo” sob a égide do PCdoB. Com a união, PCdoB e PPL manterão acesso ao fundo partidário e a propaganda política na TV.

No RN, o PCdoB não elegeu qualquer deputado federal, o mesmo acontecendo em relação à Assembleia Legislativa, mas conseguiu a eleição dos eu presidente estadual, Antenor Roberto, como vice-governador da governadora eleita Fátima Bezerra (PT).

Já o PPL teve a reeleição da deputada estadual Cristiane Dantas. em 2014, ela tinha sido eleita pelo PCdoB. Saiba em postagem adiante como se comportará essa parlamentar em relação ao “encale” entre sua ex-agremiação e à atual.

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Categoria(s): Política
domingo - 02/12/2018 - 23:24h
Mossoró

Abertura da Festa de Santa Luzia é nessa segunda-feira

Os festejos em homenagem à padroeira dos católicos de Mossoró, Santa Luzia, terá abertura oficial nessa segunda-feira (3), na Catedral de Santa Luzia no Centro da cidade. Vai se estender até o dia 13 de dezembro, com uma série de atividades religiosas e sociais.

A festa começou com a 9ª Pedalada da Luz e a Micareta da Luz, no final de semana.

A missa solene de abertura da festa será celebrada às 19h30 no Adro da Catedral com as presenças do arcebispo Metropolitano de Natal, dom Jaime Vieira, e do bispo Diocesano de Caicó, dom Antônio Carlos Cruz, que fará a pregação da noite.

Após a missa de abertura a Big Band do Sesi fará uma apresentação no Adro em homenagem a Santa Luzia.

Nesta segunda-feira também será aberta a temporada de shows culturais no palco da avenida Dix-Sept Rosado com Felipe Grilo (21h) e John Modão (23h).

Veja a programação:

04 a 12/12 – Apresentação do Oratório de Santa Luzia

08/12- Caminhoneiros da Luz

09/12- 12ª Cavalgada da Luz – 11ª Corrida de Santa Luzia

12/12- 10ª Motorromaria da Luz

13/12- Procissão de Santa Luzia- saída às 17h da Paróquia São Paulo no bairro Nova Betânia. Encerramento com a dupla Italo e Renno.

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domingo - 02/12/2018 - 22:48h
Reportagem Especial

A modesta vida dos juízes do Supremo (da Suécia)

Por Claudia Wallin (BBC News Brasil)

“Não almoço à custa do dinheiro do contribuinte”, me disse certa vez o juiz sueco Göran Lambertz, em tom quase indignado, na Suprema Corte da Suécia.

A pergunta que inflamou a reação do magistrado era se, assim como ocorre no Brasil, os juízes da instância máxima do Poder Judiciário sueco têm direito a carro oficial com motorista e benefícios extra-salariais como auxílio-saúde, auxílio-moradia, gratificação natalina, verbas de representação, auxílio-funeral, auxílio pré-escolar para cada filho, abonos de permanência e auxílio-alimentação.

“Não consigo entender por que um ser humano gostaria de ter tais privilégios. Só vivemos uma vez e, portanto, penso que a vida deve ser vivida com bons padrões éticos. Não posso compreender um ser humano que tenta obter privilégios com o dinheiro público”, acrescentou Lambertz.

Retrato do juiz Carsten Helland de terno e gravata
Juiz Lambertz, da Suprema Corte da Suécia, defende rigidez ética (Foto: Divulgação)

“Luxo pago com o dinheiro do contribuinte é imoral e antiético”, completou o juiz sueco.

Nesta semana, o presidente Michel Temer sancionou o reajuste de 16,38% nos salários dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e da procuradora-geral da República, o que aumenta a remuneração dos magistrados de R$ 33 mil para R$ 39 mil.

O reajuste foi garantido após acordo que condicionou o aumento do salário à revogação do auxílio-moradia de R$ 4,3 mil a juízes de todo o país.

Na sexta-feira, entretanto, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, recorreu da decisão —o ministro do Supremo Luiz Fux suspendeu no último dia 26 o benefício para todas as carreiras do Judiciário— e pede que o auxílio-moradia seja mantido para os membros do Ministério Público.

Em um Brasil em crise, o aumento terá um efeito cascata sobre a remuneração de todo o funcionalismo, e, segundo técnicos da Câmara, deverá produzir um impacto de R$ 4,1 bilhões anuais nos cofres da União e dos Estados.

Na Suécia, o salário dos magistrados da Suprema Corte —que não têm status de ministro— é de 109,5 mil coroas suecas, o que equivale a aproximadamente R$ 46 mil.

Uma vez descontados os altos impostos vigentes no país, os vencimentos de cada juiz totalizam um valor líquido de 59 mil coroas suecas, segundo dados do Poder Judiciário sueco —o equivalente a cerca de R$ 25 mil.

“Isso é o que se ganha, e é um bom salário. Pode-se viver bem com vencimentos desse porte, e é suficiente”, diz Lambertz.

Ex-professor de direito da Universidade de Uppsala e ex-Provedor de Justiça (Ombudsman) do Governo, Göran Lambertz chefiou ainda uma das divisões do Ministério da Justiça antes de se tornar juiz da Suprema Corte, cargo vitalício que ocupou até recentemente.

Benefícios extra-salariais, oferecidos a juízes de todas as instâncias no Brasil, não existem para juízes suecos de nenhuma instância.

“Privilégios como esses simplesmente não são necessários. E custariam muito caro para os contribuintes”, diz à BBC News Brasil o jurista sueco Hans Corell, ex-Secretário-Geral Adjunto da ONU para Assuntos Jurídicos.

“Não quero emitir julgamentos sobre sistemas de outros países, pois eles têm seus próprios motivos e tradições. Mas não temos esse tipo de tradição na Suécia”, observa Corell.

Nas demais instâncias do Judiciário, o salário médio bruto de um juiz na Suécia é de 66 mil coroas suecas, o que equivale a aproximadamente R$ 28 mil.

Em valores líquidos, o salário médio dos juízes é de cerca de 41 mil coroas suecas —aproximadamente R$ 17,4 mil.

O salário médio no país é de 32,2 mil coroas suecas (cerca de R$ 13 mil), de acordo com as estatísticas da confederação sindical sueca LO (Landsorganisationen).

NEGOCIAÇÕES SINDICAIS NA SUÉCIA

Para reivindicar reajustes salariais, os juízes suecos seguem o mesmo procedimento aplicado aos trabalhadores de qualquer outra categoria: as negociações sindicais.

A negociação dos reajustes salariais da magistratura se dá entre o sindicato dos juízes suecos (Jusek) e o Domstolsverket, a autoridade estatal responsável pela organização e o funcionamento do sistema de justiça.

Retrato do juiz Carsten Helland de terno, gravate e usando óculos
Juiz Carsten Helland gargalhou sobre hipótese de receber privilégios (Foto: BBC News Brasil)

O aumento salarial dos magistrados trata normalmente da reposição da perda inflacionária acumulada no período de um ano, e que se situa em geral entre 2% e 2,5%.

“Nossos reajustes seguem geralmente os índices aplicados às demais categorias de trabalhadores, que têm como base de cálculo os indicadores gerais da economia e parâmetros como o nível de aumento salarial dos trabalhadores do IF Metall (o poderoso sindicato dos metalúrgicos suecos)”, explica o juiz Carsten Helland, um dos representantes da categoria no sindicato dos juízes.

A negociação depende essencialmente do orçamento do Domstolsverket, que é determinado pelo Ministério das Finanças.

“Os juízes têm influência limitada no processo de negociação salarial”, diz Carsten. “As autoridades estatais do Domstolsverket recebem a verba repassada pelo governo, através do recolhimento dos impostos dos contribuintes, e isso representa o orçamento total que o governo quer gastar com as Cortes. A partir desse orçamento, o Domstolsverket se faz a pergunta: quanto podemos gastar com o reajuste salarial dos juízes?”, explica.

“Não podemos, portanto, lutar por salários muito maiores. Podemos apenas querer que seja possível ganhar mais”, acrescenta ele.

Na Suprema Corte sueca, os reajustes salariais seguem a mesma regra aplicada ao restante da magistratura.

Perguntado se juízes suecos considerariam reivindicar benefícios extra-salariais como auxílio-alimentação e gratificação natalina, o juiz Carsten Helland dedica os segundos iniciais da sua resposta a uma sessão de risos de incredulidade.

“Juízes não podem agir em nome dos próprios interesses, particularmente em tamanho grau, com tal ganância e egoísmo, e esperar que os cidadãos obedeçam à lei”, diz o juiz.

“Um sistema de justiça deve ser justo”, ele acrescenta. “As Cortes de um país são o último posto avançado da garantia de justiça em uma sociedade, e, por essa razão, os magistrados devem ser fundamentalmente honestos e tratar os cidadãos com respeito. Se os juízes e tribunais não forem capazes de transmitir essa confiança e segurança básica aos cidadãos, os cidadãos não irão respeitar o Judiciário. E, consequentemente, não irão respeitar a lei”, enfatiza.

É simplesmente impossível, segundo Carsten, imaginar a aprovação de benefícios extra-salariais a juízes na Suécia.

“Porque não temos um sistema imoral”, ele diz. “Temos um sistema democrático, que regulamenta o nível salarial da categoria dos magistrados, assim como dos políticos. E temos uma opinião pública que não aceitaria atos imorais como a concessão de benefícios para alimentar os juízes às custas do dinheiro público”, assinala Carsten Helland.

JUÍZES SEM SECRETÁRIAS NEM CARROS OFICIAIS

No antigo palacete que abriga a Suprema Corte sueca, próximo ao Palácio Real de Estocolmo, imensas pinturas a óleo retratam nobres representantes da corte no passado, como marcas de um tempo em que havia lacaios e a aristocracia era predominante no Poder Judiciário.

Nos pequenos escritórios dos juízes, não há secretária na porta, nem assistentes particulares.

No sistema sueco, os magistrados contam com uma equipe de assistentes que trabalha, em conjunto, para todos os 16 magistrados da corte.

São mais de 30 profissionais da área de direito, que auxiliam os juízes em todos os aspectos de um caso jurídico.

O tribunal conta ainda com uma equipe de cerca de quinze assistentes administrativos, que auxiliam a todos os juízes.

Um livro de direito de capa azul em cima de uma mesa

O período máximo de férias dos juízes na Suécia é 35 dias (Foto: Patrik Svedberg/Divulgação)

Ou seja: nenhum juiz tem secretária ou assistente particular para prestar assistência exclusiva a ele, e sim profissionais que lidam com aspectos específicos dos casos julgados pela corte.

E nenhum juiz —nem mesmo o presidente da Suprema Corte— tem direito a carro oficial com motorista.

Para ir ao trabalho na Suprema Corte, o agora aposentado Göran Lambertz pedalava 15 minutos todos os dias desde a sua casa até a estação central da bucólica cidade de Uppsala, que fica a cerca de 70km de Estocolmo.

De lá, tomava um trem e viajava 40 minutos até o centro de Estocolmo, de onde caminhava a pé para a Corte.

A casa do juiz é surpreendentemente modesta. No pequeno jardim, ficam as bicicletas. A porta de entrada dá acesso a uma estreita sala de estar, decorada com mobiliário simples que remete aos anos 70.

Ao fundo, uma escada em madeira liga os dois andares da residência, cada um com 60 metros quadrados de área.

Junto à escada, um corredor conduz a uma minúscula cozinha, onde o juiz prepara seu café e sua comida: não há empregados.

FÉRIAS: MÁXIMO DE 35 DIAS

O período máximo de férias a que os juízes suecos têm direito é de 35 dias por ano. A variação depende da idade do magistrado: juízes de até 29 anos têm 28 dias de férias, e a partir de 30 anos de idade o período é de 31 dias anuais. Juízes acima de 40 anos passam a ter direito a 35 dias de férias.

No Brasil, a lei determina que os juízes, diferentemente dos demais trabalhadores, têm 60 dias de férias por ano.

Qualquer cidadão pode checar as contas dos tribunais e os ganhos dos juízes. Autos judiciais e processos em andamento também são abertos ao público.

“As despesas dos juízes também podem ser verificadas, embora neste aspecto não exista muita coisa para checar. Juízes usam muito pouco dinheiro público, e não possuem benefícios como verba de representação. Os juízes suecos recebem seus salários, e isso é o que eles custam ao Estado. As exceções são viagens raras para alguma conferência, quando seus gastos com viagem e hotel são custeados. Com relação às contas bancárias privadas de um juiz, elas só podem ser verificadas se o juiz for suspeito de um crime”, diz Lambertz.

Na Suprema Corte, funcionários atendem solicitações de cidadãos para verificar as contas ou examinar documentos de processos judiciais.

“Cópias dos arquivos também podem ser solicitadas. Não há nada a esconder. A idéia básica é que tudo o que é decidido nos tribunais do país é aberto ao público. O sistema judiciário sueco não é perfeito, mas não é impenetrável”, afirma o magistrado.

FISCALIZAÇÃO DOS JUÍZES

Não há um órgão específico para supervisionar os juízes. Mas entidades como o Ombudsman do Parlamento e o Provedor de Justiça têm poderes para fiscalizar de que maneira os tribunais lidam com diferentes casos, quanto dinheiro eles gastam e se atuam de forma eficiente.

Não há foro privilegiado para juízes e desembargadores. Também não há registro de casos de magistrados suecos envolvidos em corrupção.

“Entre juízes, nunca ouvi falar de um caso de corrupção em toda a minha vida. E os juízes jamais ousariam. Acho que nenhum juiz sueco jamais aceitaria um suborno. É algo tão proibido, que chega a ser impensável. É distante demais das nossas tradições. E, se algum ato irregular for cometido, ele será reportado à polícia. Por isso, mesmo se algum juiz pensar em cometer um ato impróprio, ele não o fará. Porque teria medo de ser reportado à polícia”, diz Göran Lambertz.

Presentes a juízes, segundo Lambertz, também são inaceitáveis.

“Ninguém ofereceria a um juiz coisas como dinheiro, viagens de cruzeiro ou mesmo garrafas de bebida. Isso simplesmente não acontece. Na época do Natal, um banco, por exemplo, pode querer oferecer um presente a autoridades e órgãos públicos. Mas isso nunca acontece nos tribunais.”

Um Judiciário que perde o respeito da população pode provocar “uma explosão de desordem na sociedade”, alerta o magistrado sueco: “Quando o sistema de justiça de um país não é capaz de obter o respeito dos cidadãos, toda a sociedade é rompida pela desordem. Haverá mais crimes, haverá cada vez maior ganância na sociedade, e cada vez menos confiança nas instituições do país. Juízes têm o dever, portanto, de preservar um alto padrão moral e agir como bons exemplos para a sociedade, e não agir em nome de seus próprios interesses”, diz Göran Lambertz.

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Categoria(s): Justiça/Direito/Ministério Público / Política
domingo - 02/12/2018 - 08:18h

Paixão e ódio – Uma história da época dos coronéis

Por Honório de Medeiros

De Laurence Nóbrega, grande amigo meu e do famoso escritor Florentino Vereda, recebi o bilhete abaixo:

Mando anexo um arquivo em Word, com a transcrição que fiz, de uma história contada por Trajano Pires da Nóbrega, no seu estudo da genealogia da família Nóbrega, da qual eu sou um dos menos ilustres membros. Trata-se da fuga da filha do Capitão Justino Alves da Nóbrega, mais conhecido como Capitão Justino da Salamandra, o mesmo que atacou a cidade de Santa Luzia e libertou o primo Liberato Cavalcanti de Carvalho Nóbrega, preso injustamente por inimigos políticos.

Não sei se este é o cangaceiro a quem você se referiu na nossa conversa recente. Caso queira pesquisar mais a respeito dele, consulte as “fotocópias” que lhe enviei ou, se preferir, diretamente no livro de Trajano. Um bom fim de semana.

Laurence “Sunila

“Ouvi a seguinte história acerca do casamento de Marcionila Bezerra da Nóbrega (Sunila), com Braz Cavalcante, que me foi narrada por Severino Duarte Pinheiro, neto do seu irmão Martinho Alves da Nóbrega.“Marcionila, filha do Cap. Justino Alves da Nóbrega, ou Cap. Justino da Salamandra, chefe do Partido Conservador em Santa Luzia, tinha o gênio forte e voluntarioso como o do pai. Foi pedida em casamento por Brás Cavalcante, rapaz de Sapé que andou em Santa Luzia, pedido que, apesar de ser do seu agrado, foi definitivamente repelido pelo pai. Não se conformando com esta recusa, a moça deliberou fugir, o que chegou ao conhecimento do pai, que logo decretou a sentença de morte da filha, caso pusesse em prática o seu plano de fuga.

Nada intimidou a moça, que, seguindo o hábito paterno, usava constantemente pistola e punhal ocultos na própria roupa.

Sentindo que a filha seria capaz de realizar o seu plano, o Cap. Justino passou a manter constante e ativa vigilância. Como que de propósito, a casa só tinha duas aberturas acessíveis à moça, uma porta e uma janela, esta no oitão da casa.

Intensificando a vigilância, o velho admitiu um auxiliar, que era um rapaz de confiança, que sempre mantinha em uma casa na fazenda, à frente da casa grande. Enquanto, à noite, o velho dormia perto da porta, o rapaz dormia perto da janela. Não havia outra saída.

Em uma noite, porém, de grossa invernada com forte trovoada, coincidiu que o rapaz auxiliar da vigilância faltou; mas o velho dobrou o cuidado.

A moça, que mantinha secreta correspondência com o noivo, tinha assentado fugir na primeira noite de tempestade que houvesse. Aquela seria a tal.

Da sala de jantar, ficou observando, ocultamente, os menores movimentos do pai. Viu-o deitar-se, mas sempre atento à chuva. A certa hora o velho levantou-se o foi abrir a porta para olhar a chuva do alpendre.

Compreendendo o gesto paterno, a filha a filha abriu a janela no mesmo instante em que o velho abriu a porta, de modo a confundir os dois em um só ruído. E deu certo. O pai não percebeu que a janela tinha sido aberta e que, por ela, sem perder um instante sequer, a moça se passara para fora, saindo para a chuva e à escuridão, não tardando a encontrar-se com o noivo, que a aguardava a pequena distância, com o cavalo de prontidão.

Correram até a vila de Santa Luzia, onde chegaram alta madrugada, procurando abrigo na casa de residência do chefe político do Partido Liberal, adversário e inimigo do Cap. Justino. Aí foram guardados, trancados em um quarto, de modo a não serem pressentidos por ninguém, pois o velho Justino era geralmente temido.

Ao amanhecer o dia, o Cap. Justino foi surpreendido com a realidade. A filha tinha fugido, realizando o plano que tentava frustrar com tanto empenho. E a revolta, na sua alma voluntariosa, que não admitia tal indisciplina, principalmente por uma filha, não teve limite.

Determinou imediata perseguição ao casal de fugitivos, até encontrar para matar ambos, sangrados ou fuzilados.

Convocou, no mesmo instante, todos os seus homens, e deu ordens severíssimas para saírem em perseguição ao casal, até encontrar e matar. Mas a chuva grossa da noite havia desfeito todos os rastros. Não era possível descobrir o rumo seguido pelos fugitivos. Mandou, então, gente em todas as direções; mas nada de notícias, ninguém vira os fugitivos nem deles tivera notícias.

Parecia que a terra os havia engolido.

Depois do terceiro dia, continuando as indagações e as ameaças, cada vez mais terríveis, o chefe da casa que lhes havia dado guarida, temeu pela segurança dos seus e pediu ao rapaz que se retirasse com a moça. Aguardaram a noite e fugiram a cavalo, por volta da meia noite.

Tomaram rumo ignorado, o que foi fácil porque ninguém suspeitava que os fugitivos permaneciam em Santa Luzia.

Cerca de um mês depois chegou a primeira notícia da filha; sem se denunciar onde permanecia oculta, mandou pedir ao pai autorização para casar-se, o que era indispensável na época. Não só recusou o pedido, como intensificou a perseguição, embora sempre improfícua, pela impossibilidade de ser localizado o casal fugitivo.

Em face desta intransigência do velho pai, a moça passou a fazer vida marital com o noivo, mesmo sem o casamento, o que tinha evitado até aquele dia, com o seu rigoroso senso de honra. Houve diversos filhos desta situação.

A perseguição, ou melhor, a ideia de perseguição continuou sem esmorecimento ao longo de 12 anos de vida que ainda teve o Cap. Justino Alves da Nóbrega.

Sentindo a proximidade da morte, deixou ao filho mais velho, Martinho, a incumbência de manter a perseguição, por toda a vida. Mas, de ânimo moderado, Martinho Alves da Nóbrega, logo que o velho pai havia desaparecido, relaxou a recomendação, combinando em que a irmã se casasse como desejava.

O casal veio a residir nas proximidades dos irmãos, perto da Salamandra, da Malhada do Umbuzeiro, da Noruéga, que eram as principais propriedades da família, herdadas do rancoroso pai.

Viveram muitos anos. D. Marcionila, já viúva, ainda era viva até há poucos anos, tendo falecido depois de 1950”.

* A Família Nóbrega – Trajano Pires da Nóbrega (1ª Edição: 1956, páginas 578 a 580).

Honório de Medeiros é professor, escritor e ex-secretário da Prefeitura do Natal e do Governo do RN

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domingo - 02/12/2018 - 07:08h

Prontuário de meu pai

Por Fabrício Carpinejar

Meu pai, 79 anos, estava com pressão alta e o levei para a emergência do hospital. Ele foi conduzido para enfermaria e fiquei com o seu celular e a sua carteira. Na doença, não existe posses. Era o seu responsável pela primeira vez na vida.

Precisava preencher o prontuário médico. A atendente me alcançou a folha alertando que se tratava de perguntas simples. Peguei a caneta e mordi a tampa, em vez de deslizar a tinta na página.

– Biotipo sanguíneo?

Eu não sabia.

– Alergia a medicação?

Eu não sabia.

– Já teve sarampo, caxumba, catapora?

Eu não sabia.

– Realizou alguma cirurgia?

Eu não sabia.

– Vem usando medicação?

Eu não sabia.

Vi que eu não conhecia o meu pai. Ele que me conhecia de cor e teria facilidade em preencher qualquer ficha a meu respeito.

Mesmo possuindo quatro décadas e meia de oportunidades, o pai surgia como um desconhecido íntimo. Um anônimo. Eu não me esforcei em descobrir quem me cuidava durante todo esse tempo. Nossa relação foi uma via de mão única.

Terminei reprovado no teste de filho. Deixei o teste em branco, para o meu constrangimento. A atendente tentou disfarçar o desconforto: “Depois perguntamos para ele”.

O prontuário médico tornou-se o meu obituário filial. Eu me dei conta de que nunca me preocupei em desvendar quem habitava a função “pai”, em determinar as suas escolhas, em revelar a pessoa atrás da roupagem familiar.

Meu pai veio com uma encomenda pronta quando nasci, e jamais desfiz o embrulho para buscar o que havia dentro. Não desfrutava de condições de responder nada por ele, pois o reconhecia como eterno provedor, uma fortaleza inexpugnável, onde me socorria em caso de necessidade. Só eu pedia ajuda, não ajudava. Só eu cobrava afeto, não devolvia. Só eu esperava recompensas, não observava também a sua carência e sua fragilidade.

Não questionei o que ele viveu antes de mim. Não sabia se ele teve cachorro, qual o nome, se ele sofreu com a perda do mascote, se sofria castigo na infância, qual o seu melhor amigo, se dançava nas festas da escola ou permanecia encostado na parede, se nadava, se andava de bicicleta, qual a carreira que sonhou, qual o seu pior trauma, qual a sua maior felicidade, se içou pandorga, se pescou, se participou de acampamento, com o que brincava, se jogava futebol, qual a sua posição, se terminava como goleiro por não fazer gol, se dividia o quarto com os irmãos, com qual idade começou a ler e a escrever.

Eu simplesmente me conformei em ser o seu filho, jamais fui seu amigo.

Fabrício Carpinejar é jornalista, poeta e cronista

* Texto originalmente publicado na revista Donna.

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domingo - 02/12/2018 - 05:46h

A Festa de Santa Luzia em outros tempos

Por Odemirton Filho

As festividades religiosas em louvor aos santos padroeiros há muito é uma tradição nas cidades brasileiras, sobretudo, interioranas.

Aqueles que professam a religião católica veneram os santos de sua devoção, em uma mistura de fé e tradição histórico-cultural.

Em Mossoró não é diferente. Todo dia 03 de dezembro a cidade começa a celebrar as festividades de sua padroeira, Santa Luzia, estendendo-se até o dia 13, com a procissão que reúne milhares de fiéis.

Porém, o que me vem à memória, é a Festa de Santa Luzia de outros tempos.

O período da festa, por coincidir com o período do Natal, sempre envolveu uma certa magia.

Era o momento de vestir a melhor roupa, assistir às novenas e caminhar na rua defronte à Catedral.

Era, e ainda é, naquela rua e nas cercanias, que se desenvolve a maioria das atividades da festa, como barraca de comidas típicas, barracas de jogos recreativos e vendedores de outras cidades.

Quando criança o que me interessava era atirar com espingarda para acertar e ganhar algum brinde, jogar argolas entre objetos, ou ficar entre as barracas que dispunham das mais variadas brincadeiras.  Era o lúdico que me fazia atraído pela festa.

No aspecto religioso, admirava-me as senhoras que, com o rosto coberto e com o terço entre as mãos, devotam sua fé na Santa protetora dos olhos. Uma religiosidade simples, sem adorno.

Sobre o altar, as novenas celebradas ou concelebradas, pelo Bispo Dom José Freire de Oliveira Neto, com seu semblante sisudo, que impunha respeito.

Gostava de saborear as comidas típicas que minha tia, Socorro de “Puca”, levava para vender.

Os leilões, de igual modo, faziam-me ficar vidrado naquela disputa de lances para arrematar os brindes.

O concurso, “A mais bela voz”, era o momento de escutar talentos da terra e da região. À época não se encenava o Oratório de Santa Luzia.

Na adolescência, o bom era passear pela rua da Catedral, “de ponta a ponta”, com familiares e amigos e à procura de alguma paquera da juventude. Cansávamos de percorrer várias vezes o percurso.

Eram dias intensos. Praticamente todas às noites íamos participar de algum movimento ou, simplesmente, andar sem compromisso. O importante era estar na festa.

No dia da procissão, ficar nas esquinas ou, às vezes, acompanhar todo o trajeto, observando os milhares de fiéis. Alguns andavam com os pés descalços. Senhoras e crianças vestidas com os trajes de Santa Luzia. Outros caminhavam com pedras sobre as cabeças. Ainda hoje é assim. Tudo em nome da fé.

Certa feita, o grupo de escoteiros do qual fazia parte, ficou incumbido de fazer a proteção do andor de Santa Luzia. Ao final da procissão, chegando à Catedral, a multidão queria tocar à imagem e, ainda adolescentes, quase fomos “esmagados” pelos fiéis.

Já adulto, acompanhando meus filhos, refiz, ano a ano, toda essa tradição religiosa-cultural que pertence à nossa terra.

Hoje, devido ao crescimento da cidade e à violência desenfreada, a festa já não é mais a mesma. Para mim, falta algo. O quê? Talvez a ingenuidade da infância ou os arroubos da adolescência.

Por fim, de todas as lembranças, a que mais ecoa em minha memória é a voz inconfundível do saudoso Monsenhor Américo Vespúcio Simonetti:

“Mossoró com alegria!”

“Saúda Santa Luzia”!

Odemirton Filho é professor e oficial de Justiça

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Categoria(s): Crônica
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sábado - 01/12/2018 - 23:56h

Pensando bem…

“Saber envelhecer é a obra-prima da sabedoria e uma das mais difíceis tarefas na grande arte de viver”.

Henri Amiel

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Categoria(s): Pensando bem...
sábado - 01/12/2018 - 19:39h
Atraso salarial

‘Herança’ de Rosalba e Robinson vai ser passada para Fátima

Atraso salarial não é uma novidade (ruim) e recente na administração estadual, mas com o governador Robinson Faria (PSD) chega ao paroxismo da dramaticidade.

Ele caminha para completar em dezembro de 2018, último mês de sua gestão, o total de 36 meses consecutivos de atraso salarial, ou seja, três anos.

Rosalba apontou caminho do saque do Fundo Previdenciário que serviu a Robinson por um ano (Foto: arquivo)

E é provável que ainda deixe para a sucessora Fátima Bezerra (PT), pelo menos dois meses em atraso (veja AQUI).

Robinson manteve o pagamento em dia para todos os servidores das administrações direta e indireta, apenas de janeiro a dezembro de 2015, primeiro ano do governo. Foi anabolizado com retiradas mensais do Fundo Previdenciário, que chegou ao “volume morto”.

Antes de Robinson, sua antecessora Rosalba Ciarlini (DEM, hoje no PP) tinha atingido o topo do satanismo contra o servidor estadual. Atrasou salários a partir de setembro de 2013, mesmo assim por poucos dias – mês a mês.

Fundo Previdenciário

Só no último dias de sua gestão, dezembro de 2014, colocou tudo em dia. Foi com ela, porém, que o Fundo Previdenciário (FUNFIR) começou a ser implodido àquela época.

Antes de ambos, no final dos anos 80, o então governador Geraldo Melo (PSDB) enfrentou consequências desastrosas de planos econômicos fracassados do Governo Federal e não conseguiu honrar folha de pessoal em dia por bom período.

Se não encontrar qualquer solução mágica e tiver o apoio altruísta de outros poderes, por exemplo, é provável que Fátima Bezerra complete essa time dos piores malfeitores à vida do funcionalismo estadual em todos os tempos. A herança bate à porta do seu governo.

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Categoria(s): Administração Pública / Política
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sábado - 01/12/2018 - 17:25h
Apelo

Governador pede socorro financeiro a Michel Temer

Ofício busca apoio (Foto: reprodução)

Resumidamente, o governador Robinson Faria (PSD) formulou um pedido de “socorro” à Presidência da República, para pagar os salários dos servidores. Endereço ao presidente Michel Temer (MDB).

Em ofício encaminhado ao presidente Michel Temer (MDB), Faria solicita o desbloqueio de R$ 194,6 milhões ao governo federal “a título de ressarcimento pelas perdas ocasionadas pela Lei Kandir”.

Justifica, que há 12 meses pediu uma ajuda emergencial ao Planalto [sem sucesso] e que a situação das finanças públicas do estado é calamitosa, mas que “não é consequência de atos praticados pela atual gestão governamental”, mas pelo “desequilíbrio atuarial do regime próprio da previdência dos servidores estaduais”.

O jornal Tribuna do Norte dá a notícia em primeira mão neste sábado (1º).

Ontem, a secretária-chefe do Gabinete Civil de Robinson – Tatiana Mendes Cunha – já avisara que dificilmente seria possível pagar o 13º e mês de dezembro dentro do ano (veja AQUI).

O que é a Lei Kandir? – Neste sábado (1º) faz 22 anos e um mês que a Lei Kandir entrou em vigor, com o objetivo de desonerar do ICMS os produtos (primários e industrializados semi-elaborados) e serviços exportados, com intuito de fomentar exportação. Os estados federados tiveram grandes perdas e até hoje buscam compensação do governo federal, sem a plena cobertura desse buraco bilionário.

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sábado - 01/12/2018 - 17:02h
Mal-estar

Nota de Repúdio cobra bom senso à universidade

Estudantes foram integralmente solidários (Foto: cedida)

Estudantes da 8ª Série do curso de Direito, turma D, do Campus da Universidade Potiguar (UnP), em Mossoró, emitiram Nota de Repúdio de forma uníssona, contra a a instituição.

O manifesto viraliza nas redes sociais. Veja abaixo:

Nota de Repúdio

Nesta manhã de sábado, dia 01/12/2018, os alunos da turma D da 8a série do curso de Direito da UNP, mostraram o que é realmente ter senso de Justiça e, sobretudo de solidariedade.

Após iniciar a Prova Prático Profissional Unificada (PPPU), com apenas 5min depois,  uma aluna que estava até pouco tempo em regime de exceção, pois deu a luz a uma bebê, chega e é impedida de fazer a prova por ordens da UNP, alegando a Universidade as regras do Edital.

Pois bem, sabemos que normas existem para serem cumpridas, porém corriqueiramente temos direitos desrespeitados pela própria Universidade e a tolerância de 5min que não fora concedida à nossa colega de sala, tem sido por nós despendida diariamente àquela Instituição.

Em face disso, todos – num ato de solidariedade – entregaram as provas e foram abraçar a colega no corredor. Perfeito!

Mesmo a Universidade mostrando suas falhas percebe-se que pelo menos seus alunos de Direito estão compreendendo as lições de grandes professores e professoras que ali trabalham ou trabalharam e que, em determinadas situações, também são vítimas das injustiças da Instituição, pois aprendemos que para sermos  justos, muitas vezes, não basta a aplicação da letra fria da lei.

Para Martin Luther King, a injustiça num lugar qualquer é uma ameaça à justiça em todo o lugar. No caso específico era preciso o bom senso, o sentimento do que é justo, que na maioria das vezes é o certo. Lamentável…

Nota do Blog – O espaço está facultado à UnP, se assim o desejar, para o contraditório. Mas sobretudo, apelamos ao bom senso, que parece ser o justo.

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sábado - 01/12/2018 - 16:20h
História real

Meu amigo de verdade

Um gesto nobre e carinhoso de um garoto de 12 anos chamou a atenção nas redes sociais neste sábado (1º). Matheus Monteiro usou o dinheiro que ganhou de aniversário para pagar a ida do colega de classe, Iago, a uma excursão da escola em que eles estudam, de acordo com informações do G1.

O garoto Iago (à esquerda) ganhou a excursão paga pelo amigo de colégio, Matheus Monteiro (Crédito: Arquivo pessoal)

Segundo a reportagem, a excursão dos alunos do 5º ano de uma escola em Bragança Paulista, interior de São Paulo, seria para o museu Catavento e para o Museu do Futebol na capital paulista. Iago não conseguiria ir por não ter condições financeiras.

O gasto de cada aluno foi de R$ 45 para arcar com as despesas do transporte.

“Estava decidido que o Iago não iria. Temos cinco filhos e não tínhamos de onde tirar esse dinheiro para ele ir”, contou a mãe do garoto ao G1.

Emoção

“O Matheus tirou todo dinheirinho do bolso e perguntou se ainda dava para o Iago ir. Perguntei como ele conseguiu o dinheiro e, quando ele falou, fiquei emocionada. Elogiei muito. Ele tinha pouco e compartilhou esse pouco”, conta a diretora da escola.

Matheus havia ganho R$ 35,00 de um tio na quarta-feira (28) e pediu o restante para a mãe, que o ajudou a inteirar o valor.

Matheus e Iago estudam juntos há quatro anos e vão caminhando juntos para a escola todos os dias.

Nota do Blog – Sobrou alguma coisa de humanidade em nós. E, claro, que o bom exemplo vem das crianças. Elas não foram contaminadas pela intolerância.

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sábado - 01/12/2018 - 10:44h
Jornalismo

A mão grande de Pezão

Sempre fui apaixonado por títulos/manchetes, herança de anos em trabalho diário no jornalismo impresso, paixão arrebatadora que me mantém vivo até esses dias, há mais de 33 anos no ofício.

Título e foto se juntam num acasalamento perfeito nessa capa do Extra do Rio de Janeiro (Foto: reprodução)

E, de lá, trago uma vivência diferenciada à produção no webjornalismo, onde estou cotidianamente há mais de 12 anos. Todos os dias utilizo elementos do impresso na confecção do material virtual no Blog e em nossas outras plataformas digitais.

Nesse caso, a simbiose de foto com manchete que focaliza prisão do governador carioca, Luiz Fernando Pezão (MDB) – veja AQUI, merece dez com louvor.

Capa do jornal Extra dessa sexta-feira (30).

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sábado - 01/12/2018 - 10:06h
Novembro

Prefeitura do Natal paga mês sem data para fechar folha

A Prefeitura Municipal do Natal também dá demonstração de fadiga financeira para pagar a folha de pessoal, a exemplo da grande maioria das congêneres do interior.

Anunciou nessa sexta-feira (30) o pagamento da folha de pessoal a “95%” dos servidores, mas a partir deste sábado (1º).

E “à medida que as receitas forem entrando no caixa do Tesouro Municipal, o pagamento estará sendo integralizado”.

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sábado - 01/12/2018 - 09:34h
Realismo fantástico

Fátima Bezerra começa a cair na real

Em campanha, na Ponta Negra, Fátima Bezerra se via preparada para tudo no governo (Foto: arquivo)

Ao participar de entrevista no Jornal do Dia da TV Ponta Negra do Natal, na sexta-feira (31 de agosto deste ano), a senadora e então candidata ao Governo do RN pela Coligação Do Lado Certo, Fátima Bezerra (PT), disse estar preparada para governar “em qualquer situação” (veja AQUI).

Na postagem deste Blog sobre essa entrevista, afirmamos: “Pode esperar que ela vai pegar um cenário pior do que o vivido hoje”.

Aos poucos, a governadora eleita cai na real. Depara-se com levantamentos e informações obtidas por sua equipe de transição, que a levaram a dar uma declaração ontem a Inter TV Cabugi, mais realista e sem bazófia:

– A situação é mais grave ainda do que nós imaginávamos”.

Leia também: Robinson deixará dois meses, ou manis, de salários em atraso.

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Categoria(s): Política
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sábado - 01/12/2018 - 08:48h
Qualidade

Uern tem 41 cursos bem-avaliados por Guia do Estudante

A Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) teve 41 cursos bem-avaliados, sendo 12 com 4 estrelas (muito bom) e 29 com três (bom), pela Revista Guia do Estudante.

A Revista Guia do Estudante da Editora Abril indica os bons cursos para os candidatos a vagas nos vestibulares do Sistema de Seleção Unificada (SISU), após checagem que faz utilizando mecanismos de aferição de qualidade.

Confira abaixo a relação dos cursos estrelados em cada campus da UERN.

Cursos estrelados da UERN

Campus de Assu

Geografia (Licenciatura)

Açu História (Licenciatura)

Açu Letras (Licenciatura)

Ciências Econômicas (Bacharelado)

Pedagogia (Licenciatura)

Caicó

Enfermagem (Bacharelado e Licenciatura)

Filosofia (Licenciatura)

Odontologia (Bacharelado)

Mossoró

Administração (Bacharelado)

Ciência da Computação (Bacharelado)

Ciências Biológicas (Bacharelado)

Ciências Biológicas (Licenciatura)

Ciências Econômicas (Bacharelado)

Ciências Sociais (Bacharelado)

Ciências Sociais (Licenciatura)

Direito (Bacharelado)

Educação Física (Bacharelado)

Educação Física (Licenciatura)

Enfermagem (Bacharelado e Licenciatura)

Filosofia (Licenciatura)

Física (Licenciatura)

Gestão Ambiental (Bacharelado)

História (Licenciatura)

Letras (Licenciatura)

Matemática (Licenciatura)

Pedagogia (Licenciatura)

Química (Licenciatura)

Rádio, TV e Internet (Bacharelado)

Serviço Social (Bacharelado)

Turismo (Bacharelado)

Natal

Ciência da Computação (Bacharelado)

Ciência e Tecnologia (Bacharelado)

Direito (Bacharelado)

Turismo (Bacharelado)

Patu

Ciências Contábeis (Bacharelado)

Letras (Licenciatura)

Patu Pedagogia (Licenciatura)

Pau dos Ferros

Enfermagem (Bacharelado e Licenciatura)

Geografia (Licenciatura)

Letras (Licenciatura)

Pedagogia (Licenciatura).

Nota do Blog – Que notícia estupenda! Que resultado superlativo. Bravo. A Uern é a maior obra humana de Mossoró.

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sexta-feira - 30/11/2018 - 23:58h

Pensando bem…

“É próprio de um homem ponderado tirar proveito de seus inimigos.”

Xenofonte

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sexta-feira - 30/11/2018 - 22:48h
Psol

Gente, melhor expulsar logo

No dia 11 de outubro, o Psol (com Carlos Alberto, o mais alto na foto) anunciou apoio à Fátima

Dirigentes do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) no Rio Grande do Norte andam amuado e prometem até expulsão do professor Carlos Alberto Medeiros, caso ele aceite algum cargo no futuro Governo Fátima Bezerra (PT).

Gente, melhor expulsar logo.

No segundo turno da campanha estadual em outubro, o Psol deu um apoio “tático” à Fátima, mas não aceita se compor ou empalmar cargos na próxima administração.

Por enquanto, Carlos Alberto é integrante da equipe de transição da governadora eleita.

Vice

Em 2012, chegou a ser candidato a vice-prefeito do Natal na chapa puro sangue petista, encabeçada à época pelo deputado estadual Fernando Mineiro.

Só em abril deste ano, Carlos Alberto saiu do PT para o Psol, viabilizando candidatura ao governo estadual.

Pessoas com boa reputação chegaram a soprar para este Blog, que ele sonhou com a hipótese de uma aliança PT-Psol, para ser o vice de Fátima Bezerra, em vez de candidato a governador.

Não sei se é verdade, mas que faz sentido, faz.

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Categoria(s): Administração Pública / Política
sexta-feira - 30/11/2018 - 21:30h
Nós

Auxílio sem cascata

Que bagulho bom esse tal de “auxílio-moradia”.

A Associação dos Magistrados quer ressuscitar a parada.

A turma do Ministério Público vocifera contra o ministro Luiz Fux, que mercadejou o fim do penduricalho num escambo com Michel Temer (MDB).

Eu também quero um troço desse.

Sem cascata.

ligado?

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  • Art&C - PMM - Maio de 2025 -
sexta-feira - 30/11/2018 - 20:38h
Economia

Concessão de aeroporto consegue atrair quatro empresas

Juazeiro fica no Cariri (Foto: Samuel Macedo? PMJN)

Entre os seis equipamentos do Nordeste que serão concedidos à iniciativa privada, o Aeroporto Orlando Bezerra de Menezes de Juazeiro do Norte (veja AQUI), no Cariri, já está mira das operadoras aeroportuárias internacionais Vinci (França), Zurich (Suiça), Fraport (Alemanha) e Pátria Investimentos (São Paulo).

Conforme o jornal O Povo apurou, as empresas visitaram a cidade interessadas no empreendimento.

No País, serão leiloados 12 terminais, divididos em três blocos. A concessão será por 30 anos.

Raul Santos, presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Ceará (IBEF-CE), acredita que a iniciativa será fundamental para municípios do Cariri. “A capacidade de investimento do Governo é limitada por conta do déficit público. Quando o setor privado assume, tende a ter uma velocidade nos investimentos”, afirma.

Ele pondera que os funcionários que não se adequam à nova forma de gestão podem ter dificuldade em manter o emprego.

Saiba mais detalhes clicando AQUI.

Nota do Blog – Há um diferencial que o Ceará começou a imprimir como política de estado ainda em meados dos anos 80: a descentralização econômica, com a formatação de polos interioranos.

Conheço essa área do Cariri, em que Juazeiro do Norte, Barbalha e Crato estão conurbadas, representante importante celeiro econômico.

A questão aeroportuária é imprescindível à expansão de negócios e sucessivos governos cearenses têm tratado disso.

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sexta-feira - 30/11/2018 - 16:14h
Saúde

Saída de cubanos e evasão de médicos causam preocupação

Prefeitos que integram a Federação dos Municípios do RN (FEMURN) estão preocupados com os rumos do Programa Mais Médicos, com a saída em massa de cubanos, em retorno ao seu país de origem. Segundo a entidade, há necessidade de rápido preenchimento das vagas, mas ao mesmo tempo apontam outro problema.

“Não bastasse a desagradável falta destes profissionais, diversos municípios do nosso Estado e de vários estados do País, também estão se deparando com outra realidade inesperada e indesejável: os Médicos que já estavam contratados diretamente pelos municípios, estão migrando para o Programa “Mais Médicos”, dadas as condições diferenciadas que o Ministério da Saúde oferece para os Profissionais atendam ao chamamento e o cumprimento das metas de contratação do Programa”, relata a Nota – Programa “Mais Médicos e atendimentos nos municípios do RN, que a entidade divulga nesta sexta-feira (30).

Segundo a entidade, “a situação tem causado inúmeros transtornos e angústia, tanto para a nossa população, que está sem o necessário e merecido atendimento básico de saúde, bem como para os Gestores Municipais, que aguardam, impotentes, o Governo Federal solucionar esses problemas”.

“Os Gestores Municipais do RN torcem para que o quanto antes os atendimentos aos nossos Munícipes sejam retomados, com o respeito e a cidadania de sempre”, completa a Femurn.

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Categoria(s): Administração Pública / Saúde
  • Art&C - PMM - Maio de 2025 -
sexta-feira - 30/11/2018 - 14:40h
Servidores

Prefeitura volta a pagar remuneração de forma “fatiada”

Através de nota oficial distribuída em suas plataformas de notícias, a Prefeitura Municipal de Mossoró informa que “efetua hoje pagamento dos servidores municipais”, mês de novembro-2018.

Mas no próprio texto, acaba revelando que não o faz de forma integral, como ocorrido anteriormente. A remuneração é fatiada.

Prefeitura efetua hoje pagamento dos servidores municipais

A Prefeitura de Mossoró paga hoje (30) os salários dos servidores municipais efetivos e comissionados. Os valores serão creditados nas contas até o fim da tarde.

Já os adicionais ao salário, tais como plantões, horas-extras, décimo terceiro, entre outras vantagens, serão pagos na próxima semana.

O Município continua cumprindo o cronograma de pagamento no último dia útil do mês. Desde que assumiu, a gestão paga rigorosamente os salários dos servidores em dia.

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sexta-feira - 30/11/2018 - 14:08h
Crise

Robinson deixará dois meses, ou mais, de salários em atraso

O 13º de 2018 e dezembro não deverão ser pagos por sua gestão e o restante do 13º de 2017, talvez

Em entrevista ao jornal Tribuna do Norte Online nesta sexta-feira (30), a secretária-chefe do Gabinete Civil do Governo Robinson Faria (PSD), Tatiana Mendes Cunha, afirma que o 13º de 2018 e o mês de dezembro devem ficar para cobertura pela próxima gestão.

Quanto ao pagamento do 13º salário de 2017, que ainda falta chegar a um contingente de servidores, a expectativa é que haja decisão judicial favorável, para antecipação dos royalties do petróleo.

O montante é da ordem de R$ 180 milhões.

Outubro

A parcela dos servidores estaduais que não receberam ainda o mês de outubro terá direito ao saque amanhã (sábado, 1º).

Novembro começa hoje

O Governo do Estado começa a pagar hoje (sexta-feira, 30) os salários de novembro do funcionalismo.

Recebem dentro do mês trabalhado os servidores da Educação, DETRAN, IPERN, IDEMA, JUCERN, DEI e ARSEP.

No próximo dia 07 recebem novembro os servidores da área de segurança: SESED, SEJUC, PC, PM, CBM, ITEP e policiais do GAC e da Vice-Gov (ativos e reformados).

Até o dia 11 recebem novembro os servidores ativos da Saúde e demais servidores ativos e inativos que ganham até R$ 5 mil.

Para o pagamento de novembro da faixa acima de R$ 5 mil, o Governo acompanha as receitas para anunciar a data em breve.

Nota do Blog – Dois meses  (13º e mês de dezembro) representam quase R$ 1 bilhão a menos no meio circulante do estado. Estrago devastador.

Apenas Assembleia Legislativa, Ministério Público do RN (MPRN), Defensoria Pública, Tribunal de Contas do Estado (TCE) e Tribunal de Justiça do RN (TJRN) vão entrar o ano com todos os compromissos salariais (incluindo 13º) em dia.

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