Impressiona a quantidade de brigas em festas populares em que a essência musical é o forró eletrizado.
No final de semana testemunhei isso; conversei com amigos que costumam ir a essas festas, empresários do setor: opinião comum é de que existe uma atmosfera de barbárie.
Será que letras que exaltam machões e tratam mulheres como simples cadelas no cio, prontas para serem curradas, concorrem para tamanha estupidez? Heim?
A poucos metros de shows de forró eletrizado, em Mossoró, na Praça de Eventos, tivemos Vanessa da Matta e Nando Reis em apresentações diametralmente opostas em termos de comportamento do público. Não se registrou uma única briga; a polícia não interveio sequer uma vez.
Músicas falam de amor, desamor; alegria. A vida pra cima.
Nenhuma faz apologia a machismo nem ridiculariza o papel da mulher. “Sorte a nossa heim?!” copio Vanessa em uma de suas músicas.
Cantores das bandas de forró, gente trabalhadora e vencedora, são obrigados a constantes paralisações em seus shows, para apelo à ordem. Isso é tão comum que parece regra.
Aviões do Forró e Calcinha Preta, em seus shows na Estação das Artes, repetiram esse ritual de apelo ao bom senso. Lá embaixo, a turba entrava em erupção, gente correndo, pontapés, socos, pancadaria, urros de guerra.
Em todo show, lá estão os cantores pedindo paz aos baderneiros; que evitem briga e curtam tão somente a festa. Até os ridicularizam, assinalando que existem milhares de mulheres à solta, à espera de carinho.
Sociólogos, psicólogos, gente da música, psicólogos sociais e outros estudiosos precisam interpretar esse fenômeno da violência gratuita em shows de bandas de forró. Há algo de errado!
No Brasil e Europa, por várias vezes a música de gêneros como o funk, punk e o hap foi acusada de incitamento à violência, à xenofobia e ao tratamento discriminatório contra mulheres e gays, por exemplo. Isso é fato.
Algumas de suas letras são verdadeiras apologias ao crime, hinos à barbárie, ao enxovalhamento da honra da própria espécie humana.
Reflitamos sobre isso.
As últimas “boas festas” que eu fui (iiiih, faz tempo!!) foi José Augusto, Roupa Nova e “O Grande Encontro” (Fevers, Renato e Seus Blue Caps e Trepidant’s), todas no Aspetro e todas ratificam a sua informação: nenhuma briga, confusão ou coisa parecida, e saiba que em nenhuma delas tinha pouca gente, muito pelo contrário: multidões.
Quanto aos outros ritmos, onde, como você constata, se destaca a barbárie, a última vez que participei, lá em 1999 (iiiih, faz tempo), quando a Estação das Artes e o Cidade Junina ainda “engatinhavam”, pude constatar essa violência bem próximo a mim, e foi o suficiente para que eu nunca mais pusesse os pés lá, pelo menos nesses eventos onde o forró “banda voou” e seus similares são o destaque.
O pior é saber que o dinheiro público tem sido destinado para esse péssimo gosto musical E não é pouco dinheiro não.
A justificativa de que o povo gosta não cola;
Sem dúvida, Carlos Santos. Parabéns pela abordagem!
CARO JORNALISTA CARLOS SANTOS,
concordo com seus comentario ,eu ja tinha comentado esse mesmo assunto com DIASSIS LINHARES.
dificilmente em eventos aonde se toca uma boa musica,se vê brigas,pessoas violentas,deselegantes.
nao quero aqui generalizar,dizer que quem escuta esse tipo de musica e violento.
longe disso, tds tem o direito de ouvir o que quer,mas,que e preciso se estudar esse fenomeno,eu nao tenho nem duvidas.
pergunta para o GRUPO MPB4 se em suas apresentaçoes já houve brigas,pergunta p o BETO GUEDES,
DJAVAN,MARIA BETANEA,LEILA PINHEIRO, a resposta dificilmente será nao,nao houve brigas.
e aqui p nós,eu costumo dizer que acho normal alguem gostar dessas bandas de “forruim”,o que eu nao acho
normal e se emocionar.!!!!
Sinceramente, concordo com o texto e reflexão feita pelo jornalista e blogueiro Carlos Santos a quem admiro e respeito como outros colegas blogueiros, mas vejo que quando escrevem sobre certos fenômenos socioculturais, parecem estar descobrindo a “roda” da Cultura de Massa e seus efeitos negativos, pois os níveis de coisas absurdas estão altos, enormes e as claras para todos verem, só não viu quem quis ver, ou quem produz e deixar a fedentina para o povão, já não precisa ter formação sociológica como eu, e estar acompanhando este fenômeno da Indústria Cultural há dez anos como faço, basta parar um pouco e prestar atenção em coisas que vemos e ouvimos em rádios, TV´s , revistas e DVD´s, pois basta o mínimo de inteligência e sensibilidade para perceber a erotização precoce e aberta, apologia a violência, a pedofilia e desordem e o estimulo a bebedeira nas letras de Forró, Axé, e Funk, esses diria sem medo de errar que são os três principais ritmos onde estão se produzindo o que há de pior na musica e na cultural brasileira, e quem ganha dinheiro com este tipo coisa, geralmente gasta o seu com coisas mais refinadas, principalmente quando estamos das Artes em geral, muitos dos produtores, gestores e patrocinadores de shows populares tipo Aviões do Forró nem assistem estes shows, mas estão presentes em eventos tipo palestra com Ariano Suassuna(obs. Grande critico desses espetáculos), Frei Betto, vão ao teatro assisti shows bem mais elaborados, mais voltados para MPB, Bossa Nova, Música Pop mais refinada, mesmo até que não entenda o conteúdo, mas gostam de se apresentarem não exatamente como intelectuais, pois poucos podemos dizer que são, mas a maioria gosta mesmo é de aparecer bem na fotografia e mostra que tem bom gosto, ao menos no que eles próprios consome, é a velha história, o “filé” fica com e para os que têm poder e dinheiro, o resto, a carne de terceira é jogado a massa faminta e ignorante de educação e cultura. Chico Cesar Sec. de Cultura da PB, lá já deu o seu recado e tomou atitude, dinheiro público não patrocina e nem contrata bandas de Forró que tocam músicas de má qualidade, a Dep. Luiza Maia na BA esta com um projeto de Lei proibindo músicas do mesmo tipo, embora voltadas ao Axé, aqui no RN o Projeto Artes e Correio eletrônico Democratizando a Comunicação juntos aos amigos e amigas do projeto vem ganhando “Voz” mas esta quase fechando as portas por falta de recursos financeiros, pois apenas aplausos e parabéns não sustentam o trabalho, mas estamos na luta e nas comunidades e na imprensa ganhamos força dia, dia. A quem acha que “Seu vizinho quer comer meu Cúelhinho*(*obs . escrito desta forma na letra).. e Chupa negona”… é música, das duas uma, ou ganha dinheiro com isso, ou é realmente um idiota perfeito e precisa de tratamento educativo e cultural! Tenho Dito…
São bandos de alienados da pior especie… Esse “forró” ai estimula os jovens a obterem dinheiro fácil pra andar de carrão, pra viver em cabaré, pra andar como mulher bonita e tomar Whisky e red-bull… e as meninas, que querem homens que deem lipo e silicone… é realmente uma vergonha saber que o rumo desse alienados na maioria das vezes é o fracasso. A velha e boa musica continua muito bem obrigado, não queremos esses anacefalos em nossos ambientes culturais já não basta conviver com eles em nosso dia-a-dia. Eu que é que que esse comedores de fezes de Fhod@m