• Cachaça San Valle - Topo - Nilton Baresi
terça-feira - 18/06/2013 - 20:12h
Protestos

À espera de mais um milagre

No Regime Militar, a turma verde-oliva usou futebol como anestésico e seu “Pra frente Brasil” como lema.

A Copa das Confederações terá mesma utilidade este ano.

Já em 2014, a “salvação” será a Copa do Mundo.

Os tempos mudam, as indumentárias e cores também, mas o processo de manipulação das massas não acrescenta nada de novo.

Há sempre um “milagre” na cartola dos donos e sócios do poder.

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Categoria(s): Opinião da Coluna do Herzog

Comentários

  1. Júlio Cesar Soares diz:

    Certa vez a Patativa cantou no sertão Cearense:
    “Um boi zebu certa vez
    Moiadinho de suó,
    Querem saber o que ele fez
    Temendo o calor do só
    Entendeu de demorá
    E uns minuto cuchilá
    Na sombra de um juazêro
    Que havia dentro da mata
    E firmou as quatro pata
    Em riba de um formiguêro.

    Já se sabe que a formiga
    Cumpre a sua obrigação,
    Uma com outra não briga
    Veve em perfeita união
    Paciente trabaiando
    Suas foia carregando
    Um grande inzempro revela
    Naquele seu vai e vem
    E não mexe com mais ninguém
    Se ninguém mexe com ela.

    Por isso com a chegada
    Daquele grande animá
    Todas ficaro zangada,
    Começou a se açanhá
    E foro se reunindo
    Nas pernas do boi subindo,
    Constantemente a subi,
    Mas tão devagá andava
    Que no começo não dava
    Pra de nada senti.

    Mas porém como a formiga
    Em todo canto se soca,
    Dos casco até a barriga
    Começou a frivioca
    E no corpo se espaiado
    O zebu foi se zangando
    E os cascos no chão batia
    Ma porém não miorava,
    Quanto mais coice ele dava
    Mais formiga aparecia.

    Com essa formigaria
    Tudo picando sem dó,
    O lombo do boi ardia
    Mais do que na luz do só
    E ele zangado as patada,
    Mais força incorporava,
    O zebu não tava bem,
    Quando ele matava cem,
    Chegava mais de quinhenta.

    Com a feição de guerrêra
    Uma formiga animada
    Gritou para as companhêra:
    – Vamo minhas camarada
    Acaba com os capricho
    Deste ignorante bicho
    Com a nossa força comum
    Defendendo o formigêro
    Nos somos muitos miêro
    E este zebu é só um.

    Tanta formiga chegou
    Que a terra ali ficou cheia
    Formiga de toda cô
    Preta, amarela e vermêa
    No boi zebu se espaiando
    Cutucando e pinicando
    Aqui e ali tinha um moio
    E ele com grande fadiga
    Pruquê já tinha formiga
    Até por dentro dos óio.

    Com o lombo todo ardendo
    Daquele grande aperreio
    O zebu saiu correndo
    Fungando e berrando feio
    E as formiga inocente
    Mostraro pra toda gente
    Esta lição de morá
    Contra a farta de respeito
    Cada um tem seu direito
    Até nas leis da natura.

    As formiga a defendê
    Sua casa, o formigêro,
    Botando o boi pra corrê
    Da sombra do juazêro,
    Mostraro nessa lição
    Quanto pode a união;
    Neste meu poema novo
    O boi zebu qué dizê
    Que é os mandão do podê,
    E as formiga é o povo.”
    O povo merece respeito.

  2. Teodósio diz:

    Não sei se no meio militar ainda existe algum desejo de retomar o poder, todavia, se existir, e se continuarem acontecendo atos de badernas e vandalismo como estamos presenciando pela televisão, será um “prato cheio” para os homens de verde oliva saírem das casernas.

  3. Carlos Magno diz:

    Creio nisso também prezado Carlos. São os aluinógenos que a TV procura enaltecer, os heróis da “noite pro dia” que são colocados de goela abaixo no povão. Ayrton Senna, Guga e agora o mais novo entorpecente: O Neymar.

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