• Cachaça San Valle - Topo - Nilton Baresi
domingo - 27/04/2008 - 03:39h

A política de faz-de-conta no país de Mossoró

A política partidária de Mossoró é um verdadeiro faz-de-conta. Faz-de-conta que existe parente contra parente, faz-de-conta que existem defensores da ética, moral e do erário público, faz-de-conta que se pode ter uma base unida do presidente Lula, faz-de-conta que a população está cega aos acontecimentos políticos, faz-de-conta de muita coisa.

Deixando o faz-de-conta de lado, gostaria de ser onipresente e estar em todos os lares dessa cidade para poder perguntar a cada pai de família o que ele acha da política atualmente praticada em Mossoró. Creio que a resposta seria mais ou menos assim: “parece estória de faz-de-conta como aquelas que as professorinhas lá da creche contam para os meus meninos”. 

Para corroborar com esse simples pensamento basta analisarmos os últimos acontecimentos políticos na cidade, dentre eles gostaria de citar o "Reage Mossoró" do qual fui participante. Esse movimento foi articulado por inúmeros segmentos sociais, sindicatos, entidades de classe e partidos políticos que se uniram em favor da moralidade e da transparência nas instituições públicas.

Vários desses segmentos estiveram nas ruas, notas de repúdio foram apresentadas à imprensa, reuniões foram articuladas com a promotoria pública entre outras atividades. Mas parece que tudo foi de faz-de-conta, pois alguns meses depois do Reage Mossoró parte do grupo signatário, seguindo as melhores cartilhas da reengenharia, desfaz em ações o que pregou no discurso.

Não sou contra ninguém e espero que ninguém seja contra mim, mas não posso simplesmente “ficar sentado no trono com a boca escancarada esperando a morte chegar”, como diria o eterno Raul Seixas, sem instigar a sociedade mossoroense a pensar e avaliar a política local.

Já ouvi muitas pessoas falarem que não estão nem aí para política, mas devemos nos lembrar que ela está aí para nós e que os governantes eleitos por outras pessoas, também, nos governam. Dessa forma temos o dever de analisar o cenário político e opinarmos para que se acabe a política do faz-de-conta.

Alguns setores da imprensa dizem que não existe oposição na cidade. Mas existe sim e essa oposição somos nós, que no dia 5 de outubro podemos dizer "não" à política do faz-de-conta e mudar o destino político dessa cidade que virou um feudo da família Rosado.

Ainda tenho convicção e total certeza que também existe oposição organizada de cunho partidário que pode, a qualquer momento, representar os anseios da população, mas para isso precisamos acreditar nela e darmos vários votos de confiança, esperando que ela faça uma política de verdade verdadeira e não de faz-de-conta como as das criancinhas.

Gutemberg Henrique Dias é geógrafo e dirigente municipal do PCdoB

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Categoria(s): Fred Mercury

Comentários

  1. Idinaldo Duarte da Cunha diz:

    Parabéns Gutembergue, muito oportuna sua cronica, é isso mesmo que ocorre em nossa cidade. Idinaldo.

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