Prezado Carlos,
Gostaria de retratar o que ocorreu com um conhecido no último fim de semana, para ilustrar bem o que você está falando sobre a situação do Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM).
Um senhor conhecido de minha família foi vítima de um acidente de motocicleta, e sofreu múltiplas faturas em uma das pernas, e em um braço. Porém, ao chegar ao HRTM, o acidentado e sua família foram surpreendidos pela informação de que não havia possibilidade de atendê-lo por falta de médicos.
Diante de tal absurdo, e necessitando de atendimento imediato, pois corria o risco de perder a perna fraturada, o acidentado foi encaminhado às pressas para Parnamirim, onde foi realizado procedimento cirúrgico adequado.
O ortopedista que o atendeu em Parnamirim ressaltou que se houvesse uma demora maior no seu atendimento, teria que amputar sua perna.
Será que que os jornalistas da “Veja” que ressaltaram Mossoró como uma metrópole do futuro deram uma passadinha no HRTM?
Marcelo Barbosa – Webleitor
Nota do Blog – Pior, meu caro amigo, é que setores amestrados da mídia local concorrem para a produção de uma imagem fantasiosa do sistema de saúde, em nome de seus interesses menores.
Outra parte considerável da população, que nunca precisou e acha que não vai precisar do HRTM, o ignora ou o trata com desdém. Falta um pingo de bom senso e qualquer coisa de humanismo.
Se um dia precisar e sentir que o cenário é ainda pior, talvez caia na real e peça desculpas até a Deus por tantas besteiras e desatinos.
Esse mesmo aconteceu comigo, quando precisei socorrer um amigo que sofreu um acidente semelhante, mesmo usufruindo de dois planos de saúde, Unimed e Bradesco não encontrou profissional em Mossoró para atendê-lo.
Não sou contrário ao crescimento de nossa bela e amada cidade, mas não podemos deixar que certos entes da imprensa nos alienem a ponto de achar que Mossoró é uma cidade altamente desenvolvida, e que tudo corre às mil maravilhas – o que passa longe da verdade. Acima de tudo, ainda temos inúmeros – e sérios – problemas a resolver, como a precariedade dos serviços de saúde e a falta de segurança cada vez maior, para falar resumidamente.
isso nao vem de agora, voces de lembram a cinco anos atrás os pacientes de mossoro/rn, precisavam
ser atendidos em russas/ce, só mudou a cidade para ser atendido.