O professor Valdeci dos Santos Júnior, nome de relevo na geografia humana de Baraúna e um grande estudioso, com reconhecimento no Brasil e até exterior, fala ao Blog sobre a situação calamitosa do poder em seu município.
Relata como a Justiça colabora diretamente para o descalabro administrativo, financeiro e social em Baraúna. Merece ser lido.
Ele escreve a partir da postagem sob o título “Um chafurdo sem fim“, que veiculamos no último dia 5 de fevereiro. Veja abaixo sua análise, opinião e relato:
Prezado Carlos Santos,
O caso de Baraúna deixou de ser cômico para o nível de patético. Do ano de 2000 até 2012, Baraúna teve 04 eleições para prefeito, das quais em 03 delas (2000, 2004 e 2012) quem ficou no poder foi o segundo colocado e não o primeiro eleito pela vontade sobrena do povo. Essa última de 2012 foi mais hilariante ainda, onde a segunda colocada é quem “desgoverna” o município amparada por 04 liminares do TSE nas mãos do relator Luiz Fux (tendo em vista que ela foi cassada em 04 processos judiciais em primeira e segunda instâncias).
Já estamos em Fevereiro de 2016, ou seja, ano de novas eleições para prefeito que ocorrerão em Outubro próximo e o primeiro colocado, Isoares Martins (PR), que foi eleito pelo voto do povo (também afastado por 03 processos judiciais) e que, teoricamente, é quem deveria estar governando, aguarda os resultados de seus processos para ter direito ou não ao seu retorno ao cargo.
Portanto, até mesmo no sentido histórico, o importante nas eleições não é ser o primeiro colocado, mas o segundo, ter bons advogados e “influência” junto aos bastidores júridicos, para ganhar um mandato sem passar pela maioria democrática das urnas. Triste retrato de um país corrupto.
Valdeci dos Santos Júnior
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Bom dia!
Amigo, para mudar o Brasil, só Deus na causa!
TUDO PODE ESTAR POR UM SEGUNDO. OU MENOS.
Deus já ajudou muito. Ele faz, o povo desmancha. Cansou!
Os brasileiros insistem em entortar o país todo santo dia. Não levam nada a sério, imaginando que o melhor país do mundo para se viver, é aqui.
Coitados! Quanta cegueira.
ELEIÇÕES GERAIS JÁ!
A continuar a política brasileira desta maneira caminhamos para uma grande convulsão social.
O povo já não suporta tanta enganação, tanto jogo de palavras.
O povo está cansado de uma carga de impostos desumana para sustentar privilégios descabidos de uma elite que nos domina há séculos.
Basta ver que TODOS estes que aí estão nos mantendo na miséria são filhos de políticos que ontem mantiveram o Brasil no atraso.
Procedem da mesma maneira que seus ancestrais. É tudo uma repetição que apenas mantém o hoje igual ao ontem.
Somente com eleições gerais este quadro poderá ser mudado. Jamais este esquema será quebrado sem que eleições em todos os níveis sejam realizadas.
ELEIÇÕES GERAIS JÁ!
De vereador a presidente, sem permitir que nenhum ocupante de cargo eletivo, ou que já tenha ocupado cargo eletivo, possa ser candidato. Mudanças na Lei Eleitoral permitindo candidaturas independentes para acabar com a ditadura dos partidos e fim do coeficiente eleitoral, sendo eleitos e empossados os mais votados.
Feito isto surgirá um novo Brasil.
Já me manifestei varias vezes sobre o caso de Baraúna, inclusive em Artigo onde tratei dessa “cachorrada” das liminares.
Concordo que, entre Isoares, primeiro colocado no pleito de 2012, e Luciana, segunda e atual prefeita, muito mais deveria estar o primeiro que a segunda, contudo, o mais correto era que nem um nem outro.
Acompanhei os dois casos (os vários processos) e não dá pra negar que nos dois existem fortes elementos favoráveis às decisões de 1º e 2º graus, contudo, as liminares que beneficiaram Luciana fugiram, em nosso sentir, do entendimento do próprio TSE e do sentido da Lei da Ficha limpa que procurou impedir a manutenção de mandatários que alcançaram o poder ilegitimamente, através da farra de liminares.
Com o devido respeito, não há que se falar em soberania popular para defender mandatos conquistados através de abuso de poder político, econômico, midiático e toda sorte de fraude eleitoral, o que foi reconhecido pela justiça eleitoral em ambos os casos.
Sendo assim, quem deveria estar no comando municipal era o presidente da Câmara de Vereadores, ou pelo menos era, pois deveríamos ter tido nova eleição, esta indireta, a muito tempo.