Atribui-se ao então governador do Ceará no início dos anos 80, Luiz Gonzaga Mota, o “Totó”, uma frase que virou lugar-comum na atividade pública do país: “A política é dinâmica”.
Com essa sentença, desde Totó, se explica e se justifica praticamente tudo em política. De Norte a Sul, de Leste a Oeste, da esquerda à direita.
Ela serve para dar um ar de legitimidade a acordos espúrios e mudanças improváveis. Contudo não é, necessariamente, um conceito pejorativo. Na maioria das vezes, sim, acaba tendo essa conotação.
É ainda uma espécie de atualização do conceito da própria política, mas com fachada moral suspeita, que o mineiro Magalhães Pinto definiu há algumas décadas:
– A política é como nuvem. Você olha e ela está de um jeito. Olha de novo e ela já mudou.
Amplia até a margem de ‘segurança’ àqueles que cobrem o métier (ofício) político na imprensa, obrigados a fazerem previsões como se fora um oráculo.
Mas em relação a 2016 e aos anos que estão por vir, não está fácil preconizar nada. Tudo muda como uma nuvem e fica mais dinâmico do que o normal. Os fatos estão exagerando nas piruetas e nos contorcionismos.
É assim na política nacional, tem sido assim no âmbito estadual e na maioria dos nossos municípios.
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Os acontecimentos que não param de ser produzidos em Brasília e em Curitiba-PR, foro da Operação Lava Jato, ganham dimensão sem precedentes nos estados e no microcosmo da federação nacional: o município.
Prever o que ocorrerá daqui a alguns meses é exercício de enorme dificuldade, haja vista que tudo parece nebuloso para anteciparmos o simples dia seguinte.
Ficamos com o líder Otto von Bismarck, pai da unificação alemã no século XIX, nesses tempos assombrosos: “A política não é uma ciência, mas uma arte!”
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