Entre muitas semelhanças, há uma profunda diferença entre Itália e Brasil na luta contra o coronavírus: eles estão unidos.
Nós, em guerra.
Somos um país fragmentado, rachado pelo ódio e em disputa pelo poder.
Saúde é assunto subalterno para alguns dos principais atores.
A Itália lembra-me campanhas de César na Gália, líder personalista.
Mas hoje, sua gente é guia do próprio destino. Em vez de Vercingetórix e gauleses, derrotarão o Covid-19, mesmo com sérias baixas.
E nós?
Não somos uma nação, seremos estatística.
Morrer gente é normal.
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É lamentável essa polarização que pode ocasionar a
morte de milhares de pessoas.
Que Deus nos proteja.
Vendo o Mandetta falar durante as suas apariçôes na TV, e vendo o Bocão Doidão na outra ponta cuspindo bosta, me leva de volta ao passado, vejo o clássico do cinema ‘Os 10 Mandamentos’, de Cecil B. DeMille, e faço as seguintes comparações:
Mandetta é Moisés no alto do Monte Sinai (Brasília) recebendo de Deus (OMS) a tábua com os 10 mandamentos (instruções) que, ao descer do Monte, informará a sua importância a todos os pecadores (brasileiros).
Bolsonaro é o Rei louco e profano de Sodoma e Gomorra (brasil), que insiste diariamente em jogar os pecadores numa vala em chamas (vírus).
Os pecadores estão se lixando para Moisés. A palavra do Rei é o que interessa, e o grito é um só: ‘Mito Tô, Mito Tô.’
Saindo da tela, a preocupação dos sãos é que,
revoltado, Mandetta quebre a tábua na cabeça de Bolsonaro, e rume em sentido ignorado.
Epílogo:
A prevalecer a palavra do Rei, os pecadores estão
Phudidus. PHU-DI-DOS.
A lógica impõe que os pecadores ’empacotem’ antes dos sãos.
The End
Escrevi esse médio comentário ouvindo Elmer Bernstein, maestro e autor do tema do filme ‘The Ten Commandments’, 1956.
Eu volto a qualquer momento para dar uma palhinha’ aos sãos e encher o saco dos pecadores.
Voltamos aos nossos estúdios. É com você, Naju.
– Obrigada, João, e agora vamos saber a previsão do tempo para o país de Mossoró.
Para prosseguir, preciso distanciar a ganância pelo poder. Essa, sim, precisa morrer. Não, nós o povo brasileiro.
Volta, sempre, o poder, até em hora de morte. Que disputa satânica Poder X Morte!
No Brasil, quem conduz a divisão é Bolsonaro e Paulo Guedes. Mandetta poderia ter sido o ponto de encontro entre os divergentes, se aqueles outros dois não tivessem jogado gasolina na fogueira.