Por Clauder Arcanjo
O palhaço partiu,
os balões ficaram flácidos,
o bolo carcomido, e
as crianças despedem-se sem graça.
Na rua em frente, um balão a quicar,
com o vento trigueiro a levá-lo…
Preguiçoso, a rolar pelas pedras,
cabreiro, a acenar para a noite da favela.
De repente, uma luz dúbia na janela,
um olho na fresta, e um coração,
infante, a rezar pelo atraso do lixeiro,
para reinar cedo nos despojos da alegria.
Clauder Arcanjo é escritor e poeta cearense
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