O lengalenga em torno da criação de novos partidos, no Congresso Nacional, esconde uma razão mais forte do que o aparente zelo por nosso sistema partidário. É fácil de ser entendido.
Os grandes partidos não querem evitar o surgimento de siglas de aluguel, até porque eles se beneficiam desse negócio a cada eleição. A motivação é outra.
O esforço é para que seja mantida uma espécie de “reserva de mercado” partidário.
Ao contrário do que ocorre em democracias avançadas, em que os partidos são fundamentais ao sistema, aglomerando pessoas com a mesma identificação ideológica, interesses, perfís etc., na pátria amada é diferente.
Partido tem dono.
Há algumas décadas, o comum era se proclamar que “fulano pertence a partido tal”. De uns tempos para cá, a regência é outra: “Sicrano é dono do partido.”
Por isso não temos avanço algum no modelo partidário e nossa democracia continua frágil, com poucos personagens pontificando e quase nenhuma boa novidade.
Os donos dos partidos, os grandes partidos, não querem mais concorrência.
“Partido tem dono.”
Em Mossoró mais ainda.
Aqui não se fala nem no nome do partido.
Aqui se diz o nome do dono do partido.
Que Deus nos abençoe.
HOJE, DIA 19 DE ABRIL E O FARDAMENTO ESCOLAR AINDA NÃO FOI DISTRIBUÍDO EM MOSSORÓ.
O PROFESSORADO DE MOSSORÓ RECEBE O PISO NACIONAL QUE É DE 1.567 REAIS?