A greve na Universidade do Estado do RN (UERN) divide a equipe do Governo Rosalba Ciarlini (DEM). Ao mesmo tempo mostra como a gestão está confusa, andando em cÃrculos.
A decisão pela greve, tomada hoje (veja postagem mais abaixo), esconde o que na verdade está acontecendo nos bastidores do poder.
A secretária da Educação, professora Betânia Ramalho, foi voto vencido nas conversas no governo. O titular da pasta da Administração e Recursos Humanos, Anselmo Carvalho, que está no cargo há poucos dias, não tem ainda noção dos problemas em que se meteu. Segue a vontade de quem manda.
A voz reinante é do que se pode chamar de "núcleo duro" do governo: Paulo de Tarso Fernandes (Gabinete Civil) e Obery Rodrigues (Planejamento). A governadora Rosalba Ciarlini (DEM) segue-os.
A governadora chegou a concordar com ponderações feitas na sexta-feira (27) em Natal, na Governadoria, pelo reitor Milton Marques. Assinalou que deveria seguir seus conselhos, quanto a três pontos básicos da reivindicação, para se estancar a greve iminente.
Na segunda-feira (30), os secretários Anselmo Carvalho e Betânia desembarcaram em Mossoró com outro enredo. Passaram uma borracha no que fora conversado em Natal, na Governadoria.
A reunião foi convocada pelo próprio Governo, através do reitor da Uern, Milton Marques. Contou com a participação do pró-reitor de Administração, Severino Neto, da pró-reitora de Recursos Humanos, Joana D’arc Lacerda, da Pró-reitora Adjunta, Lúcia Pedrosa de Lima.
Pela Associação dos Docentes da UERN (ADUERN) esteve presente o seu presidente, Flaubert Torquato Lopes, além de representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (SINTE/Mossoró)
O Governo até admitiu pagar reajuste de 23,98% feita pela categoria, mas num escalonamento em quatro anos, sem data para começar.
Na pauta ainda existem pleitos como descontingenciamento dos recursos orçamentários da Uern; autonomia financeira; ampliação dos recursos orçamentários; universalização do regime de trabalho de dedicação exclusiva; criação de creches para servidores, entre outras.
Quer dizer que a “Escola Superior de Guerra” do Estado venceu a “Sorbonne”?