Jornalista de longo curso, com atuação e passagem por importantes veículos de comunicação no Rio Grande do Norte e país, Roberto Guedes cientificou diversas autoridades e representantes de entidades importantes, do perigo de morte que sofre.
Ele fez esse comunicado oficial à noite dessa quarta-feira (28). Vale ser salientado que ano passado, chegou a sofrer perseguição física de um grupo que teria a intenção de executá-lo em Caiçara do Rio dos Ventos.
Veja abaixo a correspondência enviada por Roberto Guedes. Seu relato nos remete aos primórdios do coronelismo caboclo, onde a lei é realmente de quem tem um “trabuco” na cintura e manda em tudo:
Excelentíssimos senhores Dra. ROSALBA CIARLINI, MD Governadora do Estado; Desembargador ADERSON SILVINO, MD Presidente do Tribunal de Justiça; Desembargador JOÃO BATISTA REBOUÇAS, MD Presidente do Tribunal Regional Eleitoral; Promotor público MANOEL ONOFRE NETO, MD. Procurador Geral de Justiça; Procurador da República PAULO SÉRGIO DUARTE DA ROCHA JÚNIOR, MD Procurador Regional Eleitoral; Coronel PM FRANCISCO CANINDÉ DE ARAÚJO SILVA, MD Comandante Geral da Polícia Militar; Advogado SÉRGIO FREIRE, MD Presidente da seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Rio Grande do Norte, e Jornalista NELLY CARLOS, MD Presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio Grande do Norte (SINDJORN).
Prezados Senhores:
Comunico a Vossas Excelências que estou sendo ameaçado de receber agressão física, cadeia e mesmo morte violenta para não viajar nesta noite ou na manhã desta quinta-feira, 28, amanhã, para a cidade de CAIÇARA DO RIO DO VENTO, a bela terra que adotei como meu lar, e entrego-vos a responsabilidade por minha incolumidade.
Ameaçam-me por diferentes meios os mesmos autores do atentado à minha vida perpetrado a 15 de setembro do ano passado, e desta feita acrescenta-se um Sargento PM atrabiliário e comprometido politicamente, do qual recebi nesta quarta-feira a informação de que serei preso, pela prática de crime hediondo, algo impensável a meu respeito, se pisasse em Caiçara do Rio do Vento esta semana.
As ameaças não vêm de hoje; apenas elevam o tom, e não mais adotam apenas a mim como alvo. Na última segunda-feira, 25, anteontem, um dos organizadores do atentado de setembro perseguiu um carro que transportava familiares meus, de Caiçara do Rio do Vento para Natal, até alguns quilômetros depois de Santa Maria, agindo intimidadoramente, para de repente fazer o retorno na direção oeste.
Marginais mobilizados por um dos grupos que disputam a prefeitura de Caiçara do Rio do Vento somaram-se à tendenciosidade de um agente do estamento fardado de segurança naquela ocasião e repetem o conluio agora, contando em ambas ocasiões com a omissão conivente dos agentes locais da Justiça estadual e da Justiça Eleitoral e do Ministério Público – estadual e Eleitoral. Não mais tenho a quem pedir a proteção que o Estado deveria proporcionar a mim e a meus familiares.
Em setembro, recorri à agente do Ministério Público em Caiçara do Rio do Vento, a promotora JULIANA ALCOFORADO, S. Excelência confirmou, por escrito, já saber que eu estava recebendo ameaça de ser esquartejado e salgado na via publiça, nominando o autor da ameaça, e deixou-me na mesma.
Ataque
Horas depois, como amplamente divulgado, fui atacado e não morri porque Deus conseguiu me guiar enquanto era perseguido por oito veículos cheios de marginais que prometiam me linchar.
Consegui chegar ao posto da Polícia Rodoviária Federal em Macaíba, onde pedi proteção, e nunca, desde então, vi algum dos agressores ser presos, apesar de em Natal mostrá-los, um a um, a um delegado de polícia civil que, adredemente orientado pelo grupo político de Caiçara do Rio do Vento, recebeu-me acusando-me de atentar contra vidas alheias.
Hoje, o mesmo Sargento então envolvido com os autores do atentado age abertamente como cabo eleitoral em Caiçara do Rio do Vento, intimidando eleitores do PMDB e prometendo me desmoralizar porque, mesmo sem ser eleitor na cidade, mesmo sem tomar partido na presente campanha eleitoral, venho, como Jornalista e como Advogado, noticiando irregularidades que desnudam a moral de muita gente que empalma os três poderes em Caiçara do Rio do Vento.
Minha família torce para que eu não viaje, mas o que seria de mim se me curvasse agora diante desta intimidação? Se esta me alcança, sem contudo recomendar-me uma atitude de fuga, Vossas Excelências podem fazer idéia do que outras pessoas em Caiçara do Rio do Vento estão sofrendo nas mãos desses agressores fardados e protegidos pela Justiça e pelo Ministério Público.
Para que Vossas Excelências tenham idéia do quanto a situação é complicada, um Ministro de Estado, o senador GARIBALDI ALVES FILHO (PMDB), titular da pasta da Previdência, impressionou-se tanto ao tomar conhecimento da violência instalada por esta gangue em Caiçara do Rio do Vento que, para ir participar de um ato público na noite do último sábado passou alguns dias pedindo ao Exmº Sr. Comandante da Polícia Militar que reforçasse e despartidarizasse o policiamento na cidade, porque não gostaria nem aceitaria sofrer os constrangimentos que o sargento em tela, que se gaba de ser vinculado ao Dem, vinha impondo a peemedebistas locais, quando estivesse na cidade, na companhia da terceira pessoa da linha sucessória da Presidência da República, o Exmo. Deputado Federal HENRIQUE EDUARDO ALVES, MD Presidente da Câmara Federal.
O Coronel Araújo até procurou melhorar a situação descrita pelo Ministro, enviando uma equipe do Grupamento Tático Operacional (GTO) da Polícia Militar para Caiçara do Rio do Vento. Mas esbarrou, porém, numa inédita e descabida exigência apresentada em uníssono pelas representações locais da Justiça e do “Parquet”, no sentido de que adotasse as providências que considerasse necessárias, mas de forma agora aceitariam que retirasse o comando do policiamento em Caiçara do Rio do Vento das mãos do referido sargento.
Nos blogs que edito, BLOG DE ROBERTO GUEDES e DIARIO DE CAIÇARA DO RIO DO VENTO, Vossas Excelências encontrarão as razões de tal interesse, assim como no blog oficioso da campanha do Dem, o DIÁRIO CAIÇARENSE, editado por um marginal foragido que se acoita em nossa cidade com o respaldo do Ministério Público e do Sargento em questão, farão idéia da campanha difamatória que promovem contra mim a fim de gerar o clima de violência de que necessitam para atentar contra minha integridade, se possível através da minha extinção.
Diante do que viu nesse blog marginal e das ameaças que documentei e lhe mostrei, uma autoridade do estamento estadual de Segurança me perguntou por que eu insistia em enfrentar “esta gente”, e eu só encontrei uma resposta: se é para o mal, a maledicência, a violência, a chantagem e o suborno vencerem a moral, a ética e a honestidade, melhor seria a sociedade não custear polícia, ministério público, justiça ou qualquer braço de governo.
Quem seria eu se, diante de tanta ilegalidade, preferisse ficar calado, receando represálias e deixando que a comunidade que integro permaneça a mercê da marginalia? É por isto, Senhoras e Senhores, que viajarei em questão de horas.
É por isto que Vos peço que façam o possível para frear a Besta, sob pena de serem responsabilizados depois pelo que de trágico me ocorrer.
Roberto Guedes
Essa é prova cabal do aparelhamento político partidário da PM,isso é estado democrático de direito? Isso é estado laico? Onde está nossa constituição? Que as autoridades vejam o caso do nobre Jornalista com muito zelo! Isso não é admissível em uma Democracia! A prórpria corporação tem uma reputação a zelar,que a própria tome as providências em relação a esse senhor!É só!
Eis o nível que o aparelho do estado chegou, só tenho uma coisa a dizer: muito obrigado governadora Rosalba Ciarline e todos os outros coroneis que se vestiram de políticos para poderem perpetuar seu poder sobre o povo até hoje.
“Hoje, o mesmo Sargento então envolvido com os autores do atentado age abertamente como cabo eleitoral em Caiçara do Rio do Vento.”
O uso de PMs como capangas de prefeitinhos destas corrutelas acontece não só no RN, mas em todo o Nordeste.
Isto já foi denunciado por mim neste blog e em vários jornais.
Mandei e-mails para todos os órgãos possíveis e imagináveis.
Mas este cancro não tem quem extirpe.
Enquanto os governadores permitirem que a PM receba gratificação de prefeitos a título de ajuda disto e daquilo, PM vai se prestar a capanga de prefeito.
O que este blogueiro está sentindo na pele eu já senti.
Casa invadida, vagabundos a mando do prefeito provocando briga, enfim, passei exatamente o que este moço está passando.
Há no relato deste blogueiro uma denúncia que não pode deixar de ser apurada.
“o DIÁRIO CAIÇARENSE, editado por um marginal foragido que se acoita em nossa cidade com o respaldo do Ministério Público”
Respaldar, pelo que eu sei, é DAR APOIAR.
Ele afirma com todas as letras que o MINISTÉRIO PÚBLICO dá respaldo a um MARGINAL FORAGIDO que está ACOITADO naquela cidade.
Caso para o Tribunal de Justiça, OAB, CNJ, AMB. Ministério da Justiça.
Isto tem que ser apurado.
Que Deus nos abençoe.
O PROFESSORADO DE MOSSORÓ RECEBE O PISO NACIONAL QUE É DE 1.567 REAIS?
HOJE, DIA 28 DE MARÇO E O FARDAMENTO ESCOLAR AINDA NÃO FOI DISTRIBUÍDO EM MOSSORÓ
Caro Carlos Santos, o nosso altivo jornalista Roberto Guedes está a sofrer do que eu chamo de endemia autoritaria tupiniquim. A sobredita endemia persite e subisite, sobretudo nos rincões interioranos do nosso país, onde grupos políticos com agudas caracteristicas coronelisticas e com fina sintonia com o poder oligarca, mais ainda qaundo vinculados ao grupos de poder e mando quer estaram oriundos da gloriosad e 1964.
Ná é a toa que o grupo que está a perseguir o JoRNALISTA ROBERTO GUEDES, faz parte de um clã pol´tico interiorano filiado AO DEMO… Ora, Ora se não é o emso grupo pol´tico da gvrnadora RSALBA CIALIRNE AUGUSTUS RAOSADUS, nenhuma novidade no front , mesmo por que para essa figuras que se dizem democratas…liberdade de expresão existe na exata medida dos seus interesses patrimoniais e políticos, porqaunto a partir do momento que essa liberdade passa dde alguma maneira a desnudar interese obscuros ea ferir os sobreditos interesses ora nominados, deixa de ser liberdade de expressão e automaticamente passa a ser terrorrismo, baixaria, jornalismo marrom e outras figuras do epiteto jornalistico.
A esse respeito cabe lembrar e sublinhar o que ocrreu no periodo mais negro da nossa hístória política repúblicana, onde artistas, jornalistas e intelectauais de uma maneira geral tiveram que se reinventar para, através de uma nova linguagem fugir aos censores e o seu atrabiliário modus operandi, através do qual tentavam silenciar àqueles que discordavam do moment pol[ítco e do regime que os era imposto, se não vejamos:
O medo silenciou muitos, tornou inaudível a voz de outros tantos, destruiu argumentos, desordenou idéias, maculou de vergonha o pensamento. Foi o medo que criou códigos, que transformou a escrita, estabeleceu novas regras sobre o que devia ser dito e como devia ser dito. Mas o medo não foi o único legado às novas gerações; como herança àqueles que ainda não estavam lá restou uma incrível, uma inestimável capacidade de resistência diante dos que apostavam no acovardamento das idéias, na mediocrização da arte. (…) Estão aí,também, os romances, íntegros e firmes, a repetir incessantemente a história de um tempo em que o homem teve medo.
Ora carlos, infelizmente o que está a sofrer o nosso Roberto Guedes, nenhuma…nenhuma novidade se fez e se presta, mesmo porque aqui no país de MOSSORÓ, a MONARQUIA ROSADUS tentaram-no calar através da velha e manjada judicialização da librdade de expresaão, quando não esqueçamos, com uso do dinheiro público, instrumentalizaram inúmeros advogados, o poder judiciário e a mída no afã e no desiderato de calar sua voz e seu blog.
O assunto me faz lembrar do grande sociólogo Francisco José de Oliveira Vianna, para quem o autoritarismo brasileito, tinha e Têm caracteristas intrumentais, em virtude da nossa origem, da nossa formação cultural e pol´tica, sobrtetudo a partir do advento da república, quando o estado brasileiro tomou corpo, vez e voz, para no âmbito interno perfectibilizar e amalgamar instituições de cunho intrinsecamente autoritárias, as quais até os dias atuais ainda hoje existem e subsistem, tal e qualo fantasmas a obstaculizar o processo de democratização do brasil para os brasielros e com os brasileros, mormente a grande massa que ainda continua excluida da maioria dos contextos políticos decisórios no âmbito das politicas públicas e fazimento das leis.
Caro Carlos Santos, com a devida vênia transcrevo impouco do epnsamento de Oliveira Atarvés da pena do Professor HUGO MACEDO ARRUDA, vejmaos:
Na busca pela sociologia real do Brasil, Vianna encontra um homem dominado pelo que chama de clã parental. A organização política brasileira se dava na dominação local, por interesses próprios, de clãs sobre indivíduos que se tornaram incapazes de fazer surgir qualquer tipo de autonomia política. Vianna afirma, quando da crítica ao que chamou, evocando Justiniano da Rocha, de “fascínio pelo prodigioso encantamento da prosperidade dos Estados Unidos”, que “nada, realmente, na sua história [a do povo brasileiro] e na sua cultura o havia preparado para tamanha função com tão graves deveres.” “Faltavam as habilitações adquiridas para as grandes funções sociais”.
A inexistência de instituições democráticas no Brasil se dá, segundo ele, devido ao “valor negativo do grande domínio rural como ‘escola de cidadãos’”. Os costumes e tradições surgidos da tirania local superariam as ideias aprendidas nos livros. A escola mais eficiente é a escola dos costumes. Para não deixar tanto o nosso querido autor florentino nesse momento, cabe uma citação que indica a relação que tento propor. Diz ele, Maquiavel: “Mesmo as leis mais bem ordenadas são impotentes diante dos costumes”.
O idealismo que poderia ser orgânico na Europa, não cabia, portanto, no Brasil. Vianna busca, em Instituições Políticas Brasileiras, como efeito comparativo e argumentativo, as origens da psicologia política que possibilitou o surgimento da ideia de autogoverno. Encontra uma espécie quase embrionária de autogoverno feudal. Contexto no qual embora a servidão fosse explicita, havia uma clareza maior nos seres dominados sobre a sua condição. O que os possibilitava algum tipo de organização e negociação com o seu Senhor, que segundo Vianna era uma espécie de “rei constitucional”. As habilitações europeias foram adquiridas em um contexto europeu, que fez surgir um idealismo deles, que funcionaria para eles.
No Brasil, Vianna contrasta o que chamou de “rei constitucional” europeu com o senhor de engenho. O domínio rural brasileiro foi marcado pela tirania de uma organização autoritária e unipessoal, que impossibilitou o surgimento de qualquer tipo de organização política servil e fez do brasileiro um ente marcado sociologicamente pelo “insolidarismo”. A organização antidemocrática, e sua maior expressão no autoritarismo da fazenda, não permitiu a comparação dos nossos dentrófilos com o cidadão de Rousseau.
A crítica de Vianna antecede à independência, mas é a partir dela que a responsabilidade pela formação política brasileira recai sobre ombros brasileiros. Da primeira constituição surgem os primeiros idealistas utópicos, que batalhavam pela utilização de modelos já conhecidos ao invés de pensar a experiência política brasileira. O descompasso parecia ser tanto que a necessidade de inventar um mecanismo que permitisse essa ligação era quase imanente. Os embates entre idealismos utópicos e a sua própria incompatibilidade com a realidade fez surgir o Poder Moderador.
Há várias formas de pensar tal invenção, o advento do quarto poder brasileiro pode ainda ser objeto de várias discussões; entretanto, por ora nos importa a visão de Vianna dentro da linearidade que tento construir. O Poder Moderador no Brasil, definitivamente diferente do neutro proposto por Benjamin Constant, seria para Oliveira Vianna uma das formas políticas que mais se aproximava de um idealismo orgânico, pois era uma estrutura política criada para atender a uma demanda real. Se voltarmos ao argumento da liberdade, perceberemos a aposta em uma forma de poder tem como função principal a adequação da estrutura em momentos de instabilidade – entendida aqui como a gerada pelo descompasso entre o sistema político e a condição humana. O Poder moderador era, para Vianna, a salvaguarda instrumental que evitava a imposição tirânica de qualquer forma de idealismo utópico.
O advento republicano e as suas conjunturas específicas se tornaram parte importante do argumento de Oliveira Vianna ao passo que a forma de dominação oligárquica se havia dado de modo muito semelhante ao da vista no Império. Foram incorporadas, entretanto, novas modalidades que podem ser vistas como desvios gerados pelo descompasso proveniente da utilização de um sistema político alienígena. O voto de cabresto, a compra de votos, os currais eleitorais, e outras mazelas do Brasil de Vianna; eram o espectro do descompasso entre as demandas da população e o sistema escolhido por aqueles que podiam escolher.
Era necessária a construção de um Estado condizente com a realidade política. No entanto, sua sociologia realista apontava para incapacidade dos insolidários brasileiros para a realização de tal tarefa. As constituições políticas brasileiras não deixariam de ser tentativas mobilizadas por uma elite que pautava suas alucinações políticas em experiências outras. A solução de Vianna é a feitura de uma nação através de um Estado forte. Se o povo não é capaz de construir uma nação, é necessário que um Estado forte o faça. Para melhor compreender a aposta de Oliveira Vianna, cito Wanderley Guilherme dos Santos: “Oliveira Viana expressou pela primeira vez, tão clara e completamente quanto possível, o dilema do liberalismo no Brasil. Não existe um sistema político liberal, dirá ele, sem uma sociedade liberal. O Brasil, continua, não possui uma sociedade liberal, mas, ao contrário, parental, clânica e autoritária. Em consequência, um sistema político liberal não apresentará desempenho apropriado, produzindo resultados sempre opostos aos pretendidos pela doutrina. Além do mais, não há caminho natural pelo qual a sociedade brasileira possa progredir do estágio em que se encontra até tornar-se liberal. Assim, concluiria Oliveira Viana, o Brasil precisa de um sistema político autoritário cujo programa econômico e político seja capaz de demolir as condições que impedem o sistema social de se transformar em liberal. Em outras palavras, seria necessário um sistema politico autoritário para que se pudesse construir uma sociedade liberal. Este diagnóstico das dificuldades do liberalismo no Brasil, apresentado por Oliveira Viana, fornece um ponto de referência para a reconsideração de duas das mais importantes tradições do pensamento político brasileiro: a tradição do liberalismo doutrinário e a do autoritarismo instrumental.”
A influência do corporativismo italiano somado à conjuntura da crise do liberalismo, talvez tenham despertado a crença de melhor sistema em Vianna, o que pode nos induzir a existência de um espírito autoritário em sua obra. Acredito, entretanto, que a escolha por um melhor sistema, centralizado ou não, poria em cheque contraditório grande parte do seu pensamento. A defesa da existência de um idealismo orgânico exige a supremacia das demandas da realidade brasileira sobre qualquer influência possível, o que nos leva a crer na momentaneidade de sua proposta autoritária. E, consequentemente, possibilita a comparação com o pensamento maquiaveliano.
Oliveira Vianna pretendia-se um realista, entretanto, suas frases sobre pautadas pela eugenia e seu racismo persistente nos fazem imaginar os perigos da tentativa de implementação de um sistema político autoritário condizente com a realidade vislumbrada por certo grupo de intelectuais. Ainda que concordemos com a concepção maquiaveliana, que afirma que a fortuna deve ser domada por uma virtude consciente da realidade; não conseguiríamos pensar em realidade sem trazer com ela tanta multiplicidade quanto há indivíduos que a pensam ver.
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Hugo Macedo Arruda.
Um abraço
FRANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO.
OAB/RN. 7318.
É totalmente inconcebível que em pleno Séc. XXI ainda existam situações como esta, que beiram o ridículo e se constituem em ato atentatório à dignidade da Justiça. Se algo acontecer ao ilustre Jornalista, que sejam imputados da culpa a Sra. Governadora do Estado, o Sr. Secretário de Justiça, O Sr. Comandante de Polícia Militar e todos os demais responsáveis pela tutela ao direito à integridade física e psicológica, constitucionalmente garantidos. Resta a triste constatação de que o governo ROSADUS está exorcizando os truculentos dias da nefasta e asquerosa DITADURA MILITAR. Deixo aqui consignada minha irrestrita e total solidariedade ao colega advogado Roberto Guedes. Fico Profundamente decepcionado pelo fato de que a Secção da ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL no RN não ter se manifestado em defesa pelas inexpugnáveis prerrogativas de um dos seus ínclitos componentes. Tal omissão beira as raias do inconcebível, da ausência de racionalidade e razoabilidade. Chega! Acorda SECCIONAL OAB/RN. ! Até quando dormirás em berço esplêndido ?.
Ou CS o que tem a ver chefe da casa civil visitar adutora? Metido.Ele ne secretario por..nenhuma ue!.Metindo.
Por falar em falta de liberdade de expressão.
Isto é próprio de quem detém o poder, seja de que partido for.
O PT quer atualmente colocar uma mordaça na imprensa através da criação de uma lei para regulamentar a mídia, eufemismo criado pelos PTralhas para amordaçar a imprensa.
Outro dia, vendo na internet um antigo programa do Antônio Abujamra, questionamentos, onde ele entrevistava o polêmico deputado Clodovil, já falecido, fiquei sabendo através das declarações do Clodovil que ele tinha sido demitido da TV Manchete por exigência do Ulisses Guimarães.
Clodovil afirmou que durante o seu programa, pegando um exemplar da Constituição Federal perguntou se aquilo era uma Prostituinte ou uma Constituinte.
No intervalo foi informado que o programa estava encerrado porque o paladino da democracia, Ulisses Guimarães, tinha exigido a sua demissão através de um telefonema onde dizia que EXIGIA A DEMISSÃO DESTE VIADO.
A expressão viado foi usada pelo Ulisses Guimarães, segundo Clodovil.
Quem quiser confirmar a veracidade do que estou informando é só acessar na internet e ver o programa.
Todos os que seguram o chicote pelo cabo se comportam da mesma maneira.
Para eles só importa a manutenção do poder.
O resto é posar de bonzinho, de defensor da democracia e ficar levando mala com 25 milhões de euros para Portugal, além de levar a amante no avião presidencial.
Que Deus nos proteja.
Por falar em Ulisses Guimarães:
“Lei institucional sai da próprio Congresso.
Ato Institucional N 1
Comissão redige, lideres aprovam
O projeto ultimado ontem foi redigido por uma comissão parlamentar constituída pelos Deputados Pedro Aleixo, Ulisses Guimarães e Arnaldo Cerdeira, que trabalharam sobre sugestões básicas oferecidas pelo jurista Francisco Campos e pelo Senador Afonso Arinos de Melo Franco.
Fonte: Acervo Jornal do Brasil, 09/04/64.”
Como a história registra, ULISSES GUIMARÃES foi um dos que redigiram o Ato Institucional número 1.
Em política não existem anjos nem demônios.
Apenas seres humanos.
Que Deus nos proteja.