A partir de Ação Civil Pública (ACP) provocada pelo Ministério Público do RN (MPRN), o juiz Bruno Montenegro Ribeiro Dantas, titular da 3ª Vara da Fazenda Pública na Comarca de Natal, determinou a indisponibilidade dos bens do ex-presidente da Assembleia Legislativa do RN Ricardo Motta (PSB) “até o montante de R$ 372 mil”.
O magistrado alcança mais duas pessoas. Ele estende sua decisão para o ex-gerente da agência do Banco Santander que funcionava na própria sede da Assembleia Legislativa – Oswaldo Ananias Pereira Júnior – e sua filha Bruna Torres Pereira, que terão de cobrir esse montante ao lado de Motta.
Nos autos, segundo denúncia do MPRN, “Bruna Torres Pereira manteve vínculo com a Casa Legislativa mencionada, na função de Assessor Técnico da Presidência 2, com lotação na Presidência da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, durante a gestão do Deputado Ricardo José Meirelles da Motta, especificamente no período compreendido entre janeiro do ano de 2014 e novembro do ano de 2015, tendo recebido regularmente a remuneração do cargo”.
“Ritinha” delatora
O caso é um dos muitas derivações da denominada “Operação Dama de Espadas”, que eclodiu nesse poder em 2015, tendo como personagem estratégico a então procuradora da AL, Rita das Mercês Reinaldo.
É de “Ritinha” o depoimento crucial para desfiar essa situação. Em delação premiada, a ex-procuradora da AL informou que o emprego de Bruna Torres Pereira era “contrapartida ao auxílio prestado por seu pai em esquema de corrupção que visava o desvio de recursos públicos, mediante facilitação na resolução de procedimentos bancários, os quais possibilitaram saques dos cheques salário sem a presença do beneficiário registrado no título”.
A filha do gerente recebia – sem precisar trabalhar – remuneração mensal de R$ 10.481,18 (dez mil, quatrocentos e oitenta e um reais e dezoito centavos), durante todo o período em que subsistiu o seu vínculo público”.
Conforme o que foi apurado, “somando-se todos os valores recebidos, inclusive àqueles referentes às férias e ao décimo terceiro, houve soma de R$ 256.070,81 (duzentos e cinquenta e seis mil e setenta reais e oitenta e um centavos), o qual, após as atualizações ordinárias, totaliza R$ 372.020,57 (trezentos e setenta e dois mil e vinte reais e cinquenta e sete centavos)”.
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Se ele fô preso eu cégui.
Essa é um tipo de notícia que o jornalista não deveria dar pois sabemos que indisponibilidade de bens de políticos não existe, vamos ver se têm pelo menos 10,00 reais nas contas dele , esse filme é antigo sempre se repete.