segunda-feira - 07/01/2013 - 10:05h
Para reflexão

Marco Aurélio, o sábio e o rei

Conta-se, sem uma comprovação histórica, mas em forma de lenda, que o último dos grandes imperadores romanos, Marco Aurélio Antonino Augusto (Marco Aurélio), tinha o hábito de falar ao seu povo com o cuidado de não assumir a condição de um deus.

Os imperadores romanos eram tratados como tal. Ele, ao contrário, seria moderado em relação a essa deificação terrena.

Culto e querido pelos romanos, Marco Aurélio sempre tinha um cortesão ao seu lado para lembrá-lo: “O senhor é humano!”

Na cultura oriental, é célebre a parábola que envolve um sábio e um rei.

Jovem, entronizado no poder com a morte do seu pai, o novo rei chama um velho filósofo que servia ao reino há décadas e lhe pede um conselho para bem administrar seu povo.

O sábio dá o primeiro parecer. Recomenda-o a aproveitar bem a festa de sua ascensão ao trono. É um momento de profunda alegria.

Assinala que quando for dormir, após a festança, o rei encontrará em sua cama um papiro com sua única instrução. Servirá para as ocasiões distintas que o monarca viverá.

Sem questioná-lo, o rei retorna ao burburinho de cores, música e comilança com sua corte, cercado por serviçais.

Ao chegar ao seu quarto, após horas de êxtase, resolve abrir logo o papiro e lê:

– Tudo passa!

* Na vida dos comuns e dos poderosos é sempre assim: alegrias e tristezas passam. Tudo é fugaz, sobretudo no poder.

 

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Categoria(s): Crônica / Política

Comentários

  1. chagas nascimento diz:

    Muito oportuna a sua reflexão para este momento.

  2. Marcos Pinto. diz:

    O pior é a constatação de que existem uns bocós metidos à vestais gregas. Lembrei-me agora de um famoso bordão do Barman CHICO, dono do famoso “BAR DO CHICO”: “São uns bostíferos!”.

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