quarta-feira - 04/01/2023 - 10:32h
Poder e submundo

Ministra tem apoiador, preso, que é miliciano no Rio de Janeiro

Canal Meio, Folha, Extra e outras fontes

Com apenas três dias, o governo do presidente Lula (PT) já teve de lidar, se não com uma crise, com um constrangimento após a revelação de que a ministra do Turismo, Daniela Carneiro, deputada pelo União Brasil do Rio, mantém vínculos há pelo menos quatro anos com o ex-PM Juracy Alves Prudêncio, o Jura. Ele é acusado de comandar uma milícia na Baixada Fluminense, reduto eleitoral da ministra e de seu marido Wagner dos Santos Carneiro, o Waguinho, prefeito de Belford Roxo.

Daliela e Jura, uma amizade política explosiva (Foto: jornal Extra)

Daliela e Jura, uma amizade política explosiva (Foto: jornal Extra)

Jura participou de atos de campanha de Daniela em 2018, quando já cumpria pena em regime semiaberto por homicídio e associação criminosa. Ela chegou a se referir ao ex-PM na época como “uma liderança”. A ministra também contou com o apoio da ex-vereadora Giane Prudêncio, casada com o criminoso, nas campanhas de 2018 e do ano passado.

Em nota, Daniela alegou que o recebimento de apoio político não significa que compactue com os crimes pelos quais o ex-PM foi condenado. Já o ministro da Justiça, Flávio Dino, botou panos quentes, alegando que “político tira foto com qualquer pessoa”. Daniela Carneiro se tornou ministra na cota do União Brasil e por ter sido, junto do marido, uma das poucas lideranças da Baixada Fluminense a apoiar Lula ano passado.

O PT apoiou Waguinho na eleição municipal de 2020. Em 2018, o marido da ministra pediu votos à presidência para Jair Bolsonaro (PSL, hoje no PL).

Perfil

Juracy Alves Prudêncio é figura conhecida de quem investiga a atuação de milícias no Estado do Rio, o que envolve um constrangimento extra no governo.

Segundo as sentenças que condenaram o ex-sargento da PM entre 2010 e 2014, Prudêncio era chefe do Bonde do Jura, uma milícia acusada de uma série de homicídios na Baixada Fluminense. Ele está preso desde 2009, quando foi o principal alvo da Operação Descarrilamento, da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), que levou para trás das grades nove PMs acusados de integrar a milícia que ele chefiava.

Responsável na Assembleia Legislativa do RJ (ALERJ) pela CPI que apurou a ação desses grupos criminosos, o deputado eleito Marcelo Freixo (PSB-RJ) será o novo presidente da Embratur, subordinado a Daniela Carneiro.

Prudêncio foi citado no relatório final da CPI como líder de uma quadrilha de 70 pessoas em bairros e municípios da Baixada, ameaçando moradores e comerciantes em troca de pagamentos mensais e controlando a venda de botijões de gás e serviços clandestinos de TV a cabo.

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Categoria(s): Política

Comentários

  1. Amorim diz:

    Começou cedo hein?
    O problema não é Lulla, é o PT.
    Bom dia

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