Eu não entendo o porquê de todo cantor de banda de forró cantar com o polegar no bolso da frente da calça. Parece uma xícara.
Também não compreendo por que toda banda de forró precisa dizer seu nome durante cada música. É para não se perder ou para não ser confundida com as demais?
Ainda não vislumbrei por que em quase todas as músicas de bandas de forró, homem tem que ser cachaceiro e mulher, puta.
E por que toda vocalista de banda de forró solta trinado da mesma forma, como se tivesse querendo ser uma cantora lírica ‘paraguaia’, em pleno semi-árido? Todas sonham em ser Maria Callas, mesmo que não saibam quem foi Maria Callas?
A insistência em se colocar nomes de artistas e bandas, com escrita incorreta, é para ficar mais “bacana” ou por analfabetismo?
Caro Carlos Santos
Vamos por parte.
A) Por desconhecer o que é postura no palco procedem de uma forma totalmente errada, passando à plateia a idéia de desleixo. Não sabem que a linguagem corporal é da maior importância na comunicação com as massas.
Não observam como cantores como Roberto Carlos, naturalidade, Cauby Peixoto, total domínio do palco, e outros se comportam quando em cena.
B) Eles acreditam que assim os assistentes gravarão o nome da banda. Mas se esquecem que isto irrita os que estão assistindo ao show. Como se utilizam deste mesmo recurso pouco inteligente nas gravações perdem possíveis compradores dos seus CDs.
C) Por estarem convencidos de que o seu público é quase todo formado pelas classes D e E, tentam fazer o que Waldick Soriano, por intuição, fez no passado e deu certo.
Vivem atrelados a um mundo que não mais existe.
D) Querem mostrar que possuem voz. Como se fosse possível sem ter voz fazer o que faz um Cauby Peixoto ou uma Ângela Maria.
E terminam fazendo arremedos de provocar risos nos que entendem de canto.
E) Esta é a mais fácil de responder:
São na sua quase totalidade jovens totalmente despreparados intelectualmente. Simples joguetes nas mãos de empresários na sua grande maioria inescrupulosos e também semi-analfabetos.
E quando se junta o que não sabe com o que pensa saber dá no que dá.
Claro que nem todas as minhas respostas estão corretas.
Mas que tentei explicar estas doideiras que por incrível que possa parecer chegam a empolgar determinados públicos, tentei.
Felizmente estas bandas lembram os
meteoros.
Vou aproveitar para lhe agradecer a publicação da crônica Mossoró Ontem e Hoje.
Muito obrigado e um forte abraço.
A da xícara foi demais.
A resposta, acredito eu, é pq a falta de estilo e criatividade é generalizado neste segmento musical, o que só reflete o baixo q.i. da turma do setor.
Falta de cadeia nesses larápios. O povo não liga mesmo, então não dá em nada.
Hoje um homem foi morto dentro de uma ambulancia do SAMU em Mossoró. Ja mataram um numa maca do HRTM. Os profissionais da saúde deviam protestar tambem e a imprensa que naõ tem rabo preso poderia ajudar.
Compreendo seu ponto de vista.
Más não devemos esquecer que isto é cultura, e se tratando disso não podemos discutir.
NOTA DO BLOG – Meu caro Aílton, boa tarde. Acho que há um equívoco de sua parte. Cultural é também objeto de discussão. Eu não discuto é o legítimo sucesso desses artistas, que trabalham duro, têm uma vida sacrificada e muitas vezes sofrem tratamento desumano. A enorme maioria ganha muito pouco e tem carreia curta em termos de sucesso. Eles merecem aplausos por ganharem dinheiro com o próprio suor, com trabalho, em vez de rapinagem ou qualquer deslize criminal. Um abraço, saúde e paz
e impressionante sua capacidade de ser babão e critico sr carlos santos
que so fala bobagens e ninguem gosta de vc por vc ser um imbecil
vai se fu…………
NOTA DO BLOG – Obrigado, Bebeto. Seu comentário é muito significativo para nosso debate e sua capacidade intelectual e rico vocabulário tornam o assunto ainda mais empolgante. Só um pequeno reparo: não tenho como ser crítico e babão ao mesmo tempo. Uma coisa ou outra. ABração, querido. Saúde e paz e obrigado pela leitura fiel deste Blog.
Boa descrição das performances das bandas de forró atuais, é nesse formato. Ainda tem os constantes “alôs” e coisas como gritar o nome do baterista a festa inteira.
O pior é que tem tanta coisa igual, que recorrer a esses cacoetes é a saída para se diferenciar.
Caro amigo/jornalista/beatlemaníaco Carlos Santos. Você está sendo muito benevolente ao afirmar que essas bundas, ops! bandas de forruim, tocam música. Menos Carlos, menos. O material que elas cospem é de bostíssima qualidade, é de uma agressão imensa aos nossos ouvidos, que o meu, pelo menos, não é pinico e, como você mesmo afirmou, é muita pretensão de alguns desses ‘músicos’ (???) conhecer a obra de Maria Callas. A cultura, principalmente das ‘vocalistas’, está entre as pernas. Rarará!
Grande misterio…srsrsr
Nesse carnaval estamos propondo o bloco “ouvido de penico”, pra queles que cultuam o axé baiano,do tipo carro de mão, agua mineral,rebolation.etc.
Num país em que estufam o peito e afirmam que o BIG BOSTA BRASIL tem teor cultural, só nos resta mesmo considerarmos que alguns bocós tem sim o direito de gostar de coliformes fecais auditivos e visuais – os ditos participantes do BBB e os que usam os olhos e os ouvidos como se penicos fossem. Uma lástima, pois.
AH CARLOS NÃO FAZ MAIS ESSAS ANÁLISES. VAI QUE VOCÊ CONSEGUE O SEU OBJETIVO DE CONSCIENTIZAR O PÚBLICO. DAÍ O QUE SERÁ DE NÓS QUE ESTUDAMOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS. JÁ NÃO BASTA A CONCORRÊNCIA DOS QUE ESTUDAM? DEIXEM A RAPAZIADA SE DIVERTIREM AÍ COM ESSAS BELAS MÚSICAS QUE “BI-MATAM” DE INVEJA LUIZ GONZAGA. GOSTO MUITO DESSE PESSOAL QUE CURTEM ESSAS BANDAS, POIS É UMA CONCORRÊNCIA A MENOS. É LEGAL QUANDO CHEGAMOS PARA FAZER UMA PROVA DE CONCURSO E OUVIMOS O PESSOAL FALANDO DAS BANDAS COM SUAS CARAS DE RESSACA E O MELHOR: CHEIOS DE SONHOS DE PASSAREM. KKKKKKK. PELO AMOR DE DEUS CARLOS, FALO EM NOME DOS “CONCURSEIROS”, DEIXE ISSO QUIETO.
O mais preocupante e triste é que essas baboseira são quase que injetadas nas mentes dos nossos jovens e crianças e muitas vezes pelos próprios pais. Que sociedade, que seres teremos num futuro próximo? como serão nosos profissionais da educação daqui há algumas décadas? como serão nossos políticos, como serão os futuros pais e mães? Prezado Ailton penso que devemos nos preocupar sim, devemos discutir sim. Temos que divulgar, apoiar e mostrar o que há de bom, de maravilhoso na nossa música, na nossa cultura.