Foi-se o historiador e pesquisador Raimundo Soares de Brito, o caraubense-mossoroense “Raibrito”.
Morreu agora à tarde.
Que descanse em paz.
Veja no link abaixo, o que escreveu o pesquisador e escritor David De Medeiros Leite sobre o trabalho de Raibrito, ignorado por nosso poder público. O texto foi publicado em meu Blog em março deste ano.
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Acredito que o professor José Gandhi Ferreira Soares, sobrinho do mesmo, está muito sentido.
Meus sentimentos a todos da famÃlia de seu Raimundo.
Lembrar e relembrar Raibrito é sentir a ação do fermento comovedor em todo o potencial criador das sublimes emoções. Tive o privilégio e a honra de ter privado de sua amizade durante quatro décadas,
A recordação incide deliciosamente sobre pormenores de pesquisas várias que efetuei em seu vasto acervo, pormenorizando uma empatia recÃproca. Toda a sua história de vida revela a sobriedade do exemplo e a experiência dos ensinamentos. Na compilação de seus alfarrábios se consumia na labuta, desenvolvendo um trabalho paciencioso, sofrido, pensado,lento, profÃcuo, mas incessante em sua marcha ascensional.
Nunca se deixou abalar quando batido pelos ventos da adversidade. Na orientação aos frequentes pesquisadores, evidenciava fidalguia e presteza, tarefa a qual se entregava com alegria e espÃrito despreocupado. Envelheceu com dignidade espiritual e sabedoria filosófica. Mesmo sentindo a proximidade do ocaso da vida, continuou a sua faina de incansável e abnegado pesquisador e Historidador. Encarnava o exemplo exato da paciência humana aplicada aos trabalhos de pesquisa da história Norteriograndense. Lamentavelmente faleceu sem ver realizado o sonho de ter o seu acervo sob a tutela, proteção e guarda de um órgão tutorial público. Que o magnÃfico Reitor da UERN envide meios e esforços para adquirir, por compra, o vasto acervo do Raibrito, acondicionando-o em lugar propÃcio à pesquisa e consulta. Que o Supremo Arquiteto do Universo o receba e mantenha sob o seu manto protetor.
A vida já me proporcionou momentos marcantes e inesquecÃveis. Um desses momentos, foi o meu primeiro encontro com o Senhor Raimundo Soares de Brito, o nosso querido Raibrito. Esse encontro aconteceu em sua residência e eu fui levado pelo amigo Wilson Bezerra de Moura. Ao chegarmos, ele estava sentado em uma cadeira de balanço contemplando os pássaros que criava em gaiolas. Wilson se encarregou de fazer a minha apresentação, no que ele já foi dizendo: “Eu lhe conheço muito dos jornais e por isso passei a guardar tudo que sai falando em você. Chamou o seu sobrinho e pediu para o mesmo trazer a pasta com os recortes de jornais. Fiquei impressionado com o trabalho que aquele homem estava fazendo a meu respeito. Nem eu me interessei em guardar aqueles recortes de jornais, mas ele sim. Engrandeceu-me, o seu agradecimento em uma de suas obras, por tão pequena colaboração minha.
A partida de Raibrito deixa o meu coração triste.
Igual a ele, nunca mais teremos outro.
Que Deus o tenha no melhor lugar do céu.