Um crime que abalou o paÃs e tem feito a alegria de uma parte da mÃdia, continua provocando efeitos nefastos. A morte de Isabella Nardoni gera mal-estar.
Ouço reprodução de diálogo entre duas crianças (dez e 11 anos), repassada pelo pai de uma delas, que chega a me causar perplexidade. Mostra o poder da imprensa no caso.
Um garoto explica para a amiguinha que passa o final de semana no apartamento do pai, com a madrasta, mas apavorado. Por segurança, arma-se com uma faca de mesa quando sai da casa da mãe.
O temor da criança é que a madrastra seja outra Anna Jatobá. Uma coincidência o faz ficar com pânico ainda maior: o apartamento fica no sexto andar, mesmo piso de onde Isabella Nardoni teria sido jogada à morte.
Há poucos dias vi uma matéria onde a repórter entrevistava um dono de um boteco próximo ao prédio de onde aconteceu a tragédia. O assunto principal era o quanto tinha aumentado as vendas no estabelecimento comercial devido ao grande movimento de pessoas nas proximidades. Alguns repórteres mais parecem urubus em cima da carniça. TerrÃvel.
Enquanto isso na mesma capital, um casal espera há 8 meses pela elucidação da morte de sua filha de menor encontrada morta em casa. Segundo o pai, a polÃcia foi ate o local apenas no dia do crime e até hoje não fez qualquer perÃcia no local, que inclusive encontra-se da mesma forma (inclusive sangue) como no dia do crime, estando a famÃlia morando de favor com familiares para preservar o local, na esperança que a polÃcia solucione a morte da filha, que tem o vizinho como suspeito. sem comentários.