Em sua última agenda administrativa em Mossoró, no dia 10 de março de 2016, há dez meses, o governador Robinson Faria (PSD) tinha ainda como aliado o então prefeito Francisco José Júnior (PSD).
Passado todo esse tempo, não é apenas “Francisco” que ficou para trás. Houve um vácuo em suas relações com a própria cidade, além de dispersão de pauta reivindicatória que lhe foi entregue pela Câmara Municipal, presidida pelo então vereador e também aliado Jório Nogueira (PSD).
Veja abaixo a íntegra do documento. Dos 15 pontos, quase nada foi atendido ou sequer obteve resposta:
Excelentíssimo Senhor Governador,
Governador do Estado do Rio Grande do Norte.
Os vereadores que compõem a Câmara Municipal de Mossoró vêm muito respeitosamente à presença de Vossa Excelência, apresentar uma pauta de reivindicações construída a partir de acaloradas discussões no plenário da Casa Legislativa, nas associações de classe, na imprensa em geral e na sociedade como um todo.
Ressaltamos senhor Governador, que a cidade de Mossoró sofre com as restrições e limitações impostas pela conjuntura nacional, que é agravada pelo tratamento dispensado pelo Governo do Estado, que impõe substantivo ônus financeiro à cidade, especialmente nas áreas de Segurança e Saúde Pública.
A cidade não suporta mais receber tratamento diferente daquele dispensado as cidades do Natal e Caicó, por exemplo. Também não suporta o constante adiamento das soluções esperadas, por meio de sucessivas e injustificadas desculpas.
Segue a PAUTA DE REINVINDICAÇÕES ASSINADA POR TODOS OS VEREADORES DE MOSSORÓ, para a qual esperamos ter resposta rápida e eficaz.
1 – Pagar o PLUS referente aos serviços prestados pela rede credenciada de Mossoró nos mesmos moldes em que é pago ao Município do Natal;
2 – Apoiar financeiramente a Maternidade Almeida Castro-APAMIM, nos mesmos percentuais concedidos à APAMIM de Caicó. Esse apoio deve ser estendido à UTI Pediátrica, cuja taxa de ocupação é 70% oriunda de crianças de outros Municípios;
3 – Ressarcir o déficit resultante da Programação Pactuada Integrada (PPI), que já alcança cerca de R$ 18 milhões. É imprescindível que a PPI seja revisada, estancando o crescente prejuízo à Mossoró;
4 – Regularizar o fornecimento de remédios de alta complexidade;
5 – Reforma do Hospital Regional Tarcísio Maia, priorizando o aumento de leitos de UTI adulto e a instalação de UTI pediátrica;
6 – Disponibilizar transporte para os renais crônicos que fazem tratamento pós transplante em Fortaleza/CE;
7 – Revitalizar o Hospital da Mulher Maria Correia;
8 – Retomar reforma do Teatro Lauro Monte;
9 – Dotar o ITEP Mossoró de peritos e médicos legistas de tal forma que em qualquer dia e horário os serviço estejam disponíveis;
10 – Reformar o Aeroporto Dix-sept Rosado, dotando-o de voos regulares. Essa deficiência tem impactado sobre maneira no desenvolvimento econômico de Mossoró;
11- Aparelhar e ampliar o efetivo da DEFUR e da DEHOM visando coibir dois dos principais delitos que tem assolado a nossa população, crimes contra patrimônio e os CVLI (crimes violentos letais intencionais);
12 – Assumir o custeio das BIC’S de Mossoró, conforme preceitua o Art. 144 da CF, que diz que o Estado é o responsável pela segurança do cidadão;
13 – Concluir a Escola Técnica Estadual;
14- Equipar e aparelhar o CIOSP;
15 – Assegurar o custeio, sem contingenciamento orçamentário, da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, tida como o maior patrimônio de Mossoró.
Mossoró, 10 de março de 2016.
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A foto e o fato.
Advinha quem está sentado à esquerda da ”traíra”? Quem? Quem? Quem?
Acertou quem respondeu ”Papagaio de Traíra” (não confundir com Papagaio de Pirata).
– Currupac! Currupac! Currupac! Tô doidin para sentar no seu ombro? Posso? Currupac! Currupac!
Dá-nos Carlos Santos, mais uma vez, exemplo soberbo de real jornalismo político.
A faustosa classe política potiguar, reduzida a negócio próspero de pai para filho, precisa ser cobrada de seus haveres e deveres mais frequentemente, e de maneira clara.
Do contrário não será jornalismo, mas uma barganha política inconfessável, como outra qualquer.