terça-feira - 15/04/2025 - 06:28h
Bastidores fervem

PL tenta votação de anistia a denunciados por tentativa de golpe

Câmara Federal e Senado seguem uma rotina que contraria a esperança depositada nas urnas eletrônicas (Foto: arquivo)

Parlamento brasileiro vive momento controvertido  (Foto: arquivo)

Do Canal Meio e outras fontes

O PL protocolou na Câmara dos Deputados um requerimento de urgência pedindo a votação do projeto de lei que pretende anistiar denunciados por tentativa de golpe no dia 8 de janeiro de 2023. O partido conseguiu 262 assinaturas válidas, cinco a mais do que o necessário para que o pedido se tornasse elegível para votação. Apesar disso, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), não é obrigado a pautá-lo. As assinaturas são apenas uma forma de demonstrar apoio à matéria.

Na semana passada, Motta afirmou que não pautaria propostas que pudessem gerar “crises institucionais”. Aos líderes mais próximos, disse que “não é o momento” para avançar com essa ideia.

O requerimento de urgência, depois de aprovado em plenário, acelera a análise de propostas na Casa. Neste caso, o projeto deixaria para trás a tramitação em seis comissões, passando diretamente ao plenário, onde precisaria ser analisado em até 45 dias. Motta está de férias até 22 de abril, e quem está no comando até sua volta é Altineu Côrtes (PL-RJ), vice-presidente da Câmara e aliado de Jair Bolsonaro. Mais da metade (146) das assinaturas a favor da urgência veio de partidos da base do governo Lula. (Globo)

Líder do PL, o deputado Sóstenes Cavalcante (RJ) disse que protocolou o requerimento porque, ao monitorar a lista de adesões, observou que havia parlamentares retirando assinaturas. “Deputados me ligaram para avisar que foram cobrados pelo governo. Entendi que o governo poderia fazê-los tirar a assinatura, fazendo chantagem”, alegou.

Jogo pesado

Após protocolada, a urgência só pode ser retirada se mais da metade dos deputados desistir do apoio. “Dei um xeque-mate dentro do regimento. Duvido o governo conseguir tirar 133 assinaturas”, desafiou. Segundo o líder, ele não esperou Motta voltar ao trabalho para protocolar o pedido porque o Palácio do Planalto está “jogando pesado”. (CNN Brasil)

O governo sabe que, cedo ou tarde, o projeto chegará ao plenário da Câmara. E um mapa de cargos é a aposta para frear a adesão do Centrão à anistia. A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, pediu a elaboração do mapa (o que já foi feito) assim que assumiu a pasta.

A constatação no Planalto é que há deputados com indicações nos órgãos federais que estão muito “soltos” e deixando de votar com o governo. Haverá cobranças em Brasília e, quem não se dobrar, perderá as indicações. (g1)

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Categoria(s): Política

Comentários

  1. Pedro Rodrigues diz:

    Mas nao eram infiltrados do MST?

  2. Raimunda diz:

    Apenas imagino se fosse a esquerda que tivesse tentado dar um golpe de estado! Quantas pessoas estariam presas e quantas teriam morrido ou desaparecido para nunca mais serem encontradas! Agora, o que se vê são covardes que não assumem sua atitudes criminosas perante o Estado, as instituições e autoridades públicas. Um bando de arregões que vivia destilando valentia nas redes sociais e manifestações, afrontando, desafiando e ameaçando os ministros do STF (especialmente Alexandre de Moraes). Quem não se lembra de certo sujeito com o celular em punho intimando Alexandre de Moraes a apreender o tal objeto?
    O ex presidente reinava absoluto porque achava que permaneceria no poder para sempre, ganhando ou perdendo as eleições, mas como o seu plano não deu certo, fica se fingindo de vítima e achando que o que fizeram foi liberdade de expressão. O que aconteceu não é algo de ouvir dizer, está tudo gravado em imagens de câmeras, em conversas de whatsap, depoimentos e delação premiada. Aliás, a delação é só para reforçar, porque o conjunto probatório já é muito forte contra os golpistas.

  3. marcelo silva diz:

    E o pior, bolsonaro pede anistia somente para ele, para quem foi a brasília destruir os prédios e patrimônio público ele não está nem ai para a anistia desse pessoal, e os bobos ainda defendem este genocida, que faz da política um meio de vida para ele e toda a sua família (já tem os 4 filhos políticos, dois vereadores, um deputado federal e um senador e, agora pretende colocar michele de vice presidente ou senadora), dá para acreditar num crápula desse?

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