quinta-feira - 08/08/2013 - 06:49h
Crise

Presidente da Assembleia Legislativa não aceita cortes

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ricardo Motta (PMN), rompeu a discrição dos últimos dias e resolveu desabafar nessa quarta-feira (7), em plenário, sobre a conflituosa relação entre os poderes e a “crise financeira” no Estado.

Motta: à beira do confronto

Em sua fala, ele textualmente avisa que o legislativo não aceita imposições financeiras do Executivo: “O Poder Legislativo não pode concordar com o decreto que estabeleceu corte linear no orçamento dos poderes. Falo em nome da Assembleia acima das minhas posições políticas que não estão sendo colocadas nesta hora. Falo em nome da Casa. Da responsabilidade que tenho,” declarou.

Veja alguns trechos do discurso em parágrafos abaixo:

Um momento grave, de crise financeira, de chamamento às responsabilidades dos poderes e de grito cada vez maior da população pelos serviços básicos de responsabilidade do Estado. Não posso, neste momento, de forma alguma, me calar.

Nós, todos nós aqui, neste plenário, somos representantes do povo, eleitos para cumprir o que deseja a sociedade. Esta casa representa a sociedade que é, na essência democrática um painel de pensamentos, sonhos, ideias, tendências das mais diversas. Aqui há correligionários e adversários, não existem inimigos.Aqui se exercita a atividade política na plenitude. É a Casa do Povo.

Todas e todos aqui presentes e os que nos assistem pela TV Assembleia são testemunhas: No nosso mandato sempre buscamos trilhar pelos caminhos do entendimento, do debate, do desarmamento de espíritos.

A Assembleia Legislativa sempre se colocou como mediadora e interlocutora nas discussões entre o Executivo e o Judiciário, o Ministério Público, o Tribunal de Contas, o funcionalismo, os segmentos atuantes da nossa coletividade. Nesse momento atual de corte de gastos, não foi diferente. Procuramos adotar a moderação costumeira em nome não apenas do bom-senso, mas do bem do Rio Grande do Norte.

Diálogo

O Poder Legislativo não pode concordar com o decreto que estabeleceu corte linear no orçamento dos poderes. Falo em nome da Assembleia acima das minhas posições políticas que não estão sendo colocadas nesta hora. Falo em nome da Casa. Da responsabilidade que tenho.

Nossos técnicos examinaram cuidadosamente os efeitos desse corte, mas já é possível afirmar que é o percentual aplicado deveria ter sido com a base da proporcionalidade. Também se pode informar que a Lei de Diretrizes Orçamentárias, a LDO, exclui, para fins de empenho as despesas com pagamento de pessoal. São detalhes técnicos, não vou me ater excessivamente a eles.

Quero ressaltar a disposição pelo diálogo, mas este só acontece quando todos estão dispostos a interagir. É este o gesto que devo à Assembleia Legislativa, que, quero reafirmar, está acima de homens e mulheres passageiros. É um poder soberano e livre porque pertence à sociedade. É do povo. Com essas palavras, reafirmo aos meus pares, aos servidores, à sociedade, aos poderes, que nós vamos exercer até a exaustão o diálogo, para que possamos construir o consenso que se aproxime do ideal.

Sabemos das dificuldades por que passa o nosso Estado, sabemos das dificuldades das transferências dos repasses constitucionais, mas os poderes precisam funcionar.

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Categoria(s): Política

Comentários

  1. Elves Alves diz:

    Deveria haver uma lei específica determinando redução de recursos repassados à Assembleia Legislativa. Aquilo lá constitui um verdadeiro escândalo consentido às custas do espoliado contribuinte. Todo presidente da AL aproveita a mamata para presentear seus filhos com mandatos graciosos ou transforma a sua estrutura para trampolinar projetos políticos próprios mais audaciosos. A Praça Sete de Setembro abriga os podres poderes mais dispendiosos e ineficientes do Rio Pequeno sem Norte. Até quando?

  2. Inácio Augusto de Almeida diz:

    Então ele não aceita cortes?
    Vai fazer o quê?
    O que pode fazer o Presidente da Assembleia?
    Chega a ser engraçada a argumentação para defender o não corte de verbas.
    “Um momento grave, de crise financeira, de chamamento às responsabilidades dos poderes e de grito cada vez maior da população pelos serviços básicos de responsabilidade do Estado. Não posso, neste momento, de forma alguma, me calar.”
    Se o momento é de crise financeira, por que a Assembleia não pode participar do esforço que está sendo feito em todos os setores?
    A Governadora tem que continuar firme na sua disposição de reduzir os repasses de verba para essa casa.
    O Presidente da Assembleia, ao invés de ficar batendo pé e fazendo beicinho, deveria determinar imediatamente uma redução no número de assessores, de gastos com viagens e mordomias.
    Presidente, dê a conhecer o salário dos servidores de cafezinho da Assembleia.
    Presidente, dê a conhecer o número de assessores e os respectivos salários.
    Há realmente necessidade de tantos funcionários?
    Duvido que ele faça isto.
    DUVIDO!
    ///
    CUSCUZ COM OVO SEM CAFÉ É SERVIDO NA MERENDA ESCOLAR
    O UNIFORME ESCOLAR AINDA NÃO FOI DISTRIBUÍDO EM MOSSORÓ

  3. Marcos Pinto. diz:

    Pelo que conheço, atinente ao histórico de aptidão do Ricardo Mota às tentadoras e per$ua$iva$ capitulaçõe$ cifrônica$-acomodatícia$, estas falam mais alto. O certo é que as arguições do Ricardo Mota não passam de manobras maquiavélicas, adrede arquitetadas em encontros secretos com o ciclotímico e PMD de Livro Carlus Augustus ROSADUS, para, em consonância com os ditames do bruxo mossoroense, passar para o público a impressão de que o Ricardo Mota está isento da rubrica da suspeição quanto à existência de caixa-preta no orçamento da Assembléia Legislativa. Mistérios da meia noite, que só o Professor Astromar é capaz de decifrá-los.

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