Até o final da primeira quinzena de dezembro a Prefeitura de Mossoró lançará edital para o que denomina de “privatização” do “Cidade Junina”. É algo muito aguardado.
O cidadão-contribuinte deve ficar atento à iniciativa.
Em essência ela é sadia, mas pode vir carregada de vÃcios comuns à gestão da prefeita Fafá Rosado (DEM). Transparência administrativa não passa de retórica, pura alegoria disseminada pela mÃdia aparelhada.
Meu temor é que terminem privatizando os lucros e estatizando os gastos. Uma promoção dessa natureza deve ser preservada, mas não pode continuar sendo prioridade dos cofres públicos, quando por aqui serviços básicos são precários.
Em outros centros que apostam no turismo de eventos, com investimento maciço nos festejos juninos, há uma conjunção de interesses de empreendedores com governos. Podemos citar Caruaru (PE) e Campina Grande (PB) como os mais notórios êxitos, com aumento no meio circulante.
Mossoró até hoje não atingiu esse estágio, pois vive mais do uso da festa para potencializar a imagem do ocupante da prefeitura. Somos vÃtimas permanentes dessa luxúria com o dinheiro público.
O máximo que se conseguiu até o momento foi atrair pequenas caravanas de fãs de artistas, advindas de municÃpios próximos. Não esqueçamos, também, de assinalar que diversos serviços precisam estar em pleno funcionamento.
Para garantir o interesse do turista, é significativo termos aeroporto com linhas em funcionamento, rede hoteleira, restaurantes, transporte e saúde de qualidade. Deve ser apavorante aportar numa cidade onde uma simples fratura no pulso precisa ser reparada a mais de 120km; água potável começa a escassear e a segurança pública é um deus-nos-acuda.
A privatização não é uma panacéia. Talvez, sim, termine sendo um ótimo negócio para poucos.
Abra o olho.
Caro Carlos Santos,
A alguns dias você publicou em seu blog um artigo que assinei falando exatamente dessa “privatização” que logo depois em entrevista ao jornal do meio-dia (FM95) me informaram que seria uma terceirização Não vejo muita diferença! Naquela ocasião reafirmei que considero a iniciativa boa e a defendo, mas muito me preocupa como ocorrerá, pois é notória a falta de transparência dessa administração com o dinheiro público. Como você diz: tem coisas que só ocorre em Mossoró! E uma dessas coisas vem ocorrendo em todos os eventos que são realizados na Estação das Artes, um espaço público, que é privatizado por poucos que se aporderam do espaço do povo para vender camarotes para poucos privilegiados, se aproveitando das bandas, espetáculos, shows entre outros, pagos com o nosso dinheiro. Imagino que esses esapaços são vendidos, mas como é feita essa negociação para não dizer negociata; será que existe uma troca do espaço por camarotes para atender os inquilinos do Palácio da Resistência, pois se for, só o grupo da Mossoró DA GENTE está se beneficiando. É isso Carlos, o povo precisa entender que o dinheiro público é dele e começar a zelá-lo, pois depois não adianta chorar o leite derramado. Será que nós, o povo, um dia poderemos utilizar o slogan de campanha de Barak Obama, NÓS PODEMOS MUDAR e, realmente fazer uma Mossoró diferente?